Adão Negro | Os principais easter eggs do filme

Adão Negro finalmente chegou aos cinemas e, com ele, veio uma bela enchurrada de easter eggs. Conectando-se bem menos ao DCEU do que o esperado por alguns fãs, o filme reserva grande parte de suas referências à mitologia do vilão nos quadrinhos.

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Abaixo, você confere os principais easter eggs do longa (acompanhados de bastantes spoilers, claro):

Usado em Adão Negro como uma versão da DC para o vibranium de Pantera Negra, o eternium no filme é um poderoso mineral encontrado em Kahndaq, usado como fonte de energia mágica para armas e veículos. É por causa dele, aliás, que a Intergangue invade o país natal de Teth-Adam e o governa na base da opressão durante mais de duas décadas.

Nos quadrinhos, o eternium é criado a partir da Rocha da Eternidade, lar do Mago Shazam e ponto de origem dos poderes de seus campeões, que explodiu e teve seus fragmentos espalhados pelo planeta. O mineral também serve como uma espécie de kriptonita para Shazam e Adão Negro, que perdem seus poderes quando chegam perto demais de eternium.

Vivida por Sarah Shahi em Adão Negro, Adrianna Tomaz é uma revoluionária kahndaquiana que busca livrar seu país do controle da Intergangue. Logo no começo do filme, ela revela um amuleto de eternium, passado de geração a geração em sua família.

Nos quadrinhos, Adrianna é esposa de Adão Negro e também leva uma relíquia no pescoço, mas, ao contrário do que acontece no longa, o colar lhe dá poderes. Chamado de Amuleto de Ísis, ele permite que a rainha de Kahndaq incorpore a deusa egípcia e exerça controle sobre os elementos da natureza.

A Intergangue é um grupo paramilitar formado por soldados e criminosos do mundo todo que domina Kahndaq para extrair eternium de seu solo. Lá, eles estabelecem um governo ditatorial e ilegítimo, derrubado por Adão Negro e pela resistência popular liderada por Adrianna e sua família.

Nos gibis, a Intergangue é ainda mais perigosa. Formada por supervilões, o grupo é, na realidade, comandada por Darkseid e Apokolips, que fornece tecnologia alienígena para o grupo criminoso em troca de favores.

Três anos após sua última aparição na franquia, Djimon Hounsou retornou ao DCEU em uma curta cena que mostra o Mago Shazam e outros feiticeiros usando seus poderes para aprisionar Teth-Adam após ele quase destruir Kahndaq ao perder o controle de sua raiva. Esses “colegas” de Shazam eram representantes de várias culturas mágicas e ficaram conhecidos como Conselho da Eternidade.

Assim como em Adão Negro, o Conselho é destruído nos gibis por Teth-Adam, e apenas Shazam sobrevive. Eventualmente, o mago escolhe Billy Batson para se tornar seu novo campeão.

Uma das novatas da Sociedade da Justiça, Ciclone (Quintessa Swindell) fala sobre os experimentos a que foi submetida e que lhe deram poderes. A jovem também comenta sobre sua avó, Abigail. Ambas as falas têm relação direta com a contraparte da heroína nas páginas.

Originalmente, Maxine foi sequestrada e usada como cobaia pelo vilão F.U. Turo, que lhe deu poderes de controle de correntes de ar. Já Abigail é uma referência a Ma Hunkel, primeira heroína a usar o codinome Tornado Vermelho.

Um dos atores mais queridos dos Estados Unidos, Henry Winkler faz uma pequena ponta em Adão Negro como “tio Al”, tio do novo Esmaga-Átomo e dono do traje que ele usa durante o filme.

Al, no caso, pode referenciar tanto Al Pratt, o Átomo da Era de Ouro dos quadrinhos e padrinho do Esmaga-Átomo, ou Al Rothstein, mesmo nome do herói inexperiente. Considerando sua proximidade com o tio, não seria de se espantar que eles sejam homônimos, com o sobrinho tendo sido batizado em homenagem ao cofundador da SJA.

A Pedra da Eternidade é citada só por cima durante Adão Negro, mas sua contraparte, a Pedra da Finalidade, é mais destacada. Primeiro porque é a partir dela que Ishmael (Marwan Kenzari) se conecta aos poderes do demônio Sabbac e sua Legião do Inferno; segundo porque o filme inclusive visita o interior da Pedra e mostra os seres demoníacos que lá vivem.

Alheio a quase todo o resto do DCEU, Adão Negro mantém algumas pequenas ligações com o restante da franquia. A principal delas é a presença de duas importantes figuras de O Esquadrão Suicida, de 2021: Amanda Waller e agente Harcourt (Jennifer Holland). As duas têm participações pequenas, mas suas cenas ajudam a contextualizar um pouco o lugar do novo longa na linha do tempo da série cinematográfica e mostra que a A.R.G.U.S. está mais forte do que nunca no universo da DC nos cinemas.

Filho de Adrianna e protegido de Teth-Adam, Amon (Bodhi Sabongui) é o grande representante da comunidade nerd em Adão Negro. Além de levar diversos gibis da época do Renascimento DC em sua mochila, incluindo Mulher-Maravilha, Flash e Ciborgue, o garoto ainda tem seu quarto completamente enfeitado por vários pôsteres de heróis da editora, incluindo um do Superman baseado em O Homem de Aço de Brian Michael Bendis, Ivan Reis e Jason Fabok e um do Batman, tirado diretamente da capa de Grandes Astros: Batman & Robin #2, de Frank Miller e Jim Lee.

Em determinado momento do filme, Adão Negro descobre as maravilhas do mundo moderno ao se deparar com um televisor que exibe Três Homens em Conflito, clássico de Sergio Leone com Clint Eastwood, justamente na icônica cena do duelo, que inspira uma sequência parecida em Adão Negro. A diferença no filme de Jaume Collet-Serra, no entanto, é que Teth-Adam não enfrenta apenas um único pistoleiro, mas vários atiradores de elite com equipamentos militares. Ainda assim, o Campeão de Kahndaq sai vitorioso.

Vazada pelo próprio The Rock há dias, a participação de Henry Cavill como Superman é curta, mas mesmo assim cheia de referências para os fãs do Azulão. Para começar, temos o retorno do tradicional topete que o personagem usou por anos nos gibis e em várias interpretações em live action. O Homem de Aço também veste seu uniforme tradicional azul e vermelho bem berrante, de modo que essa é uma das primeiras vezes em que o kryptoniano apareceu com seu visual clássico no DCEU. E quem estava com o ouvido apurado conseguiu perceber as primeiras notas do tema icônico composto por John Williams para Superman, de 1978, sendo tocado quando o Homem do Amanhã aparece.

Para fechar, o Superman ainda diz que ficou um tempo ausente, referência ao tempo em que o próprio Cavill ficou afastado de seu personagem, obrigando a Warner a tapar o rosto do Azulão quando ele apareceu em Shazam! e Pacificador.