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Alec Baldwin: Fabricante diz que ator teve que puxar gatilho para matar diretora

Julgamento do caso está em andamento nos EUA

12.07.2024, às 10H43.

Alec Baldwin sofreu um grande baque no julgamento que analisa a tragédia envolvendo a morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins no set do filme Rust. Em depoimento (via Deadline), o fabricante de armas do filme, Alessandro Pietta, disse que o ator precisou puxar o gatilho para disparar a arma que matou Hutchins.

"Não", disse Pietta sobre a possibilidade de a arma ter disparado sozinho. "Ela só disparará quando você engatilhar o martelo, o gatilho ativará a posição de tiro", continuou. Ele foi o responsável por fabricar a arma usada por Baldwin no set de Rust.

"Se você quiser soltar o martelo, você precisa puxar o gatilho. O gatilho é apenas um item que trava a armadura naquela posição. E se você quiser fazer isso [soltar], você precisa puxar o gatilho."

Enfrentando até 18 meses de prisão se for considerado culpado, Baldwin sempre insistiu que, embora o martelo estivesse engatilhado, ele não puxou o gatilho e a arma de alguma forma disparou sozinha. Embora a arma esteja agora um pouco danificada após várias realizações de testes ao longo dos anos, o FBI e investigadores forenses independentes dizem que não há como a arma ter disparado sem que o gatilho fosse puxado – exatamente o que Pietta disse. O ator é acusado de apontar negligente a arma para Halyna Hutchins e puxar o gatilho enquanto se preparava para filmar uma cena. 

Hannah Gutierrez-Reed, antiga armeira do filme, já está cumprindo uma sentença de 18 meses de prisão após ser condenada por homicídio culposo em março. Os promotores argumentaram que ela foi negligente e não profissional, e que não garantiu que nenhuma munição real chegasse ao set.

Os advogados de Alec Baldwin entraram com dois pedidos adicionais para anular o caso. No primeiro, argumentam que o FBI danificou a arma usada na cena, negando assim à defesa uma chance justa de mostrar que ela não estava funcionando no momento do tiroteio. No segundo, argumentaram que as alegações não atendem ao padrão necessário para homicídio culposo - ambos foram recusados.

Após a tragédia, Rust retomou as gravações em maio do ano passado. Agora, os produtores buscam acordo para a distribuição do filme.