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Crítica

Asterix e o Domínio dos Deuses | Crítica

Gauleses ganham sua melhor adaptação para os cinemas

09.04.2016, às 14H48.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H27

O maior medo dos gauleses é que o céu caia sobre as suas cabeças. O maior medo dos fãs de Asterix, Obelix e companhia são as adaptações da obra de Albert Uderzo e René Goscinny para outras mídias.

Sucesso enorme nos quadrinhos desde que foram publicados pela primeira vez, em 1959 e ganharam seu primeiro álbum, em 1961, Asterix ganha agora a 13ª adaptação para um longa-metragem, entre animações e filmes com atores - a primeira com 3D estereoscópico. E nenhuma delas era digna de nota - até hoje.

A matéria-prima desta vez é o 17º álbum da dupla, também chamado Asterix e o Domínio dos Deuses, publicado originalmente em 1971. Cansado de ver seus legionários apanharem dos irredutíveis gauleses turbinados pela poção mágica do druida Panoramix, o imperador romano Júlio César tem um novo plano: construir condomínios de luxo ao redor da vila liderada por Abracurcix e, assim, tentar seduzir os gauleses para o estilo de vida romano. 

Esta é a adaptação que melhor transporta o espírito das HQs para as telas. Estão lá, além de todos os personagens principais, o humor inteligente, as piadas recorrentes e também uma bela dose de novidades trazidas pelos diretores Louis Clichy e Alexandre Astier, como as referências a King Kong, O Senhor dos Anéis, entre tantas outras.

A animação criada por computação gráfica também parece trazer um certo frescor ao traço já imortalizado de Uderzo. São mantidos os grandes narizes e os corpos arredondados, e os pixels tratam de dar ainda mais volume ao mundo criado pelos dois quadrinistas franceses.

É bom ver que mesmo com o javali cada vez mais raro e no meio de tanta modernidade os gauleses resistem fortes aos romanos. E aqui estamos falando tanto no filme como também, metaforicamente, da concorrência quase desleal de gigantes como Disney/Pixar, DreamWorks e Blue-Sky. São mesmo bravos estes guerreiros.  

Nota do Crítico
Ótimo