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DOA - Vivo ou Morto | Crítica

DOA - Vivo ou Morto

07.12.2006, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H21

DOA - Vivo ou Morto
DOA: Dead or Alive
EUA/Inglaterra/
Alemanha, 2006
Ação - 87 min

Direção: Corey Yuen
Roteiro: J.F. Lawton, Seth Gross e Adam Gross

Elenco
: Jaime Pressly, Holly Valance, Sarah Carter, Devon Aoki, Natassia Malthe, Eric Roberts, Matthew Marsden, Brian J. White, Collin Chou, Kane Kosugi, Steve Howey, Silvio Simac

DOA - Dead or Alive é um videogame de luta. Como todos os jogos do gênero, fora uma ou outra historinha rasa de personagens pra fingir que existe roteiro, o foco é mesmo na diversão. Quem se importa com o passado desse ou daquele lutador? O interessante é mesmo conhecer os combos ou golpes especiais que ele possui. O resto é perfumaria desnecessária.

Dito isso, DOA - Vivo ou Morto (Dead or Alive, 2006) é uma adaptação quase perfeita. Noventa por cento do tempo é só pancadaria e os dez restantes tentam dar algum sentido à rocambolesca trama. O diretor de ação Corey Yuen (Carga explosiva) deixa claro que gosta mesmo é de wire fu, o kung fu exagerado dos Matrix, Tigre e o dragão e o cinema de porrada chinês. Ah, e aprecia uma mulherada seminua também. Todas as personagens principais são verdadeiros cenários, com tanto relevo a ser explorado pelas câmeras. Tem até partida de voleyball de praia, de biquíni, no espírito do game que dá um tempo na porrada para colocar as competidoras relaxando e balançando os atributos na areia. Verdadeira festa masturbatória.

A historinha acompanha quatro lutadoras competindo no torneio Vivo ou Morto, organizado pelo Dr. Victor Donovan (Eric Roberts, patético) numa ilha deserta (onde mais?) por um prêmio de 10 milhões de dólares. Tina Armstrong (Jaime Pressly) quer provar ao mundo que Luta Livre não é uma farsa, Christie Allen (Holly Valance) está ali pela grana, Helena Douglas (Sarah Carter) deseja honrar a tradição do pai - o criador do torneio - e a ninja renegada Kasumi (Devon Aoki) pretende encontrar seu irmão desaparecido. Cada uma é supostamente a melhor na sua especialidade, mas todos os estilos de luta são totalmente indiscerníveis, uma grande falha do coreógrafo.

E por falar em falha, um dos trailers do filme mostra uma cena em que as quatro preparam-se para encarar trezentos soldados armados até os dentes, numa referência explícita ao Kill Bill de Quentin Tarantino. Sem correr o risco de estragar surpresas - a cena é irrelevante para o filme - vale destacar uma das maiores enganações marqueteiras dos últimos anos. Quem espera o desfecho de tão promissora e grandiosa luta cairá - como eu - do cavalo. A seqüência fecha o filme igualzinho ao trailer, sem mostrar um golpezinho sequer. The End. Nada. Se DOA é uma película onanista, seu desfecho é o equivalente cinematográfico da mãe entrar no quarto na hora H.

Definitivamente um longa a ser conferido apenas por fãs do game.

Nota do Crítico
Ruim