Viola Davis em G20 (Reprodução)

Créditos da imagem: Viola Davis em G20 (Reprodução)

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Entrevista

Viola Davis já viveu presidente, rainha e primeira-dama: “É assim que me veem”

Atriz estrela o épico de ação G20, do Prime Video, como chefe de Estado lutando contra terroristas

Omelete
6 min de leitura
10.04.2025, às 06H00.

Viola Davis sabe que o público a vê como uma figura de autoridade. Com décadas de carreira em Hollywood, uma tonelada de prêmios embaixo do braço e um carisma inegável, ela virou uma das poucas unanimidades da sua indústria, e isso levou a convites… digamos, interessantes. Em entrevista ao Omelete para divulgar o seu novo filme, G20, onde interpreta a presidente dos EUA, ela refletiu sobre já ter vivido também uma rainha (em A Mulher Rei), uma primeira-dama (em The First Lady) e outras mulheres em posições de poder durante a carreira.

As pessoas me veem dessa forma, e por isso esses papéis chegam até mim”, comentou, só para emendar em uma reflexão sobre como gosta de mostrar as vulnerabilidades dessas figuras na tela. “Acho que é a minha maneira de dizer às pessoas: você pode pensar que sou muito forte, tenho uma voz profunda, mas na verdade também sou tímida, sou vulnerável”. A seguir, confira a entrevista completa com Davis e Patricia Riggen, diretora de G20, sobre o filme que chegou hoje (10) ao catálogo do Prime Video.

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OMELETE: Olá, Viola e Patricia, bem-vindas ao Brasil!

RIGGEN: Olá, prazer em conhecê-lo!

DAVIS: E muito obrigada!

OMELETE: Viola, você interpreta a presidente dos EUA neste filme, mas também interpretou recentemente uma rainha, uma primeira-dama e a chefe dos Jogos Vorazes. Você acha que se sente atraída por essas mulheres em posição de poder? E o que há de mais interessante sobre elas para você?

DAVIS: [Risos] Sabe, acho que sim, me sinto um pouco atraída por elas. Mas também acho que as pessoas me veem dessa forma, e por isso esses papéis chegam até mim. Elas me veem como rainha, me veem como presidente. Elas me veem pela minha voz, minha estatura. E, se é assim que as pessoas me veem, eu simplesmente aceito o papel.

Eu sempre me interessei em saber como as pessoas de grande força são vistas pelos outros, porque por trás de toda essa fachada existe também alguém extremamente frágil. Por trás dessa fachada existe alguém que ainda é um ser humano. Acho que é esse paradoxo que eu gosto de interpretar, e também acho que é a minha maneira de dizer às pessoas: você pode pensar que sou muito forte, tenho uma voz profunda, mas na verdade sou tímida, sou vulnerável.

Eu sou alguém que vê a vulnerabilidade como força, mas não acho que as pessoas me vejam dessa forma. Então sim, podemos dizer que me sinto atraída por essas personagens.

OMELETE: Uma cúpula do G20 é um cenário muito curioso para um filme de ação. Patricia, que tipo de pesquisa você teve que fazer para simular uma conferência como essa? Quais detalhes você considerou importantes para manter o realismo do filme?

RIGGEN: Quando comecei a desenvolver esse roteiro, percebi: não dá para pesquisar esse tipo de coisa Google. Onde descubro como essas coisas funcionam? Então, primeiro, encontrei um ex-agente da CIA que era especialista em moedas digital, cripto, operações secretas - sabe, todo tipo de coisa muito sombria, da dark web. Através dele, tivemos essa ideia de envolver a criptomoeda na trama, os mercados, tudo isso.

Depois, tive sorte e encontrei um consultor militar que é responsável, na vida real, pela segurança do G7 e da Conferência de Munique. Então imagine: todo ano ele cuida de 100 presidentes ao mesmo tempo. Através dele, entendemos como um hotel organiza sua segurança, como eles rastreiam os presidentes, todos esses detalhes que estão no filme e vêm da realidade. O G20 é um evento real, não estamos na terra da fantasia ou na terra dos super-heróis. Tudo o que mostramos é a forma como é feito na realidade, é tudo perfeitamente possível.

Viola Davis e Antony Starr em G20 (Reprodução)
Viola Davis e Antony Starr em G20 (Reprodução)

OMELETE: Obviamente, todos sabíamos que Viola era incrível como estrela de ação por causa de A Mulher Rei. Mas ainda assim, Patricia, você ficou surpresa com a energia que ela trouxe para o set? Como foi dirigi-la naquelas sequências de ação?

RIGGEN: Sim, eu sabia que ela estava muito em forma, que ela conseguia se portar impecavelmente fazendo aquelas cenas - mas eu não sabia que ela amava tanto ação e armas. Foi um tipo de treinamento muito diferente, o que ela fez para este filme, e ela é simplesmente muito boa com as armas. Tínhamos uma boa equipe na Cidade do Cabo, na África do Sul, onde gravamos todo o filme, e ela se preparou muito. 

Mas acho que, no fim das contas, o que é surpreendente para mim é como Viola consegue combinar sua arte dramática, que já conhecemos, com a ação. Em uma trama que é muito Hollywood, na qual você talvez não acredite à primeira vista, ela consegue tornar aquela personagem muito realista, crível, emocionalmente profunda. Isso é o mais surpreendente para mim.

OMELETE: Nós já vimos o presidente dos EUA como um herói de ação no cinema antes - em Força Aérea Um, por exemplo -, mas não é algo que acontece sempre. O que vocês acham que representa, para o público, ver uma personagem presidente assumir esse papel?

RIGGEN: Acho que o mais importante aqui é que temos uma presidente mulher. Porque sim, você está certo, acho que não vemos um presidente em cenas de ação desde Força Aérea Um - mas o fato de ser uma mulher, e ser uma mulher afro-americana, parte de uma minoria… sinto que é um divisor de águas cultural. Sinto que pode normalizar as coisas para o público americano. E também sinto que, pensando no público feminino ao redor do mundo, isso ajudará mulheres e meninas a se verem nesse tipo de posição de poder.

DAVIS: Por outro lado, acho que, se eu fosse montar um filme de ação divertido, eu iria atrás de conceitos exatamente como o de Força Aérea Um. Eu sou essa garota, amo todos esses filmes. Ter uma mulher interpretando uma presidente, no meio da cúpula do G20… é um papel de heroína perfeito, eu não poderia ter pedido por um setup mais sensacional e divertido. É claro que interpretar uma presidente da minha idade, sendo uma mulher negra, também é inesperado, e as pessoas adoram uma boa surpresa. Adoramos dar uma volta na montanha-russa, e fico feliz que esse papel chegou até mim.

OMELETE: Viola, você disse que é uma grande fã do cinema de ação. Quem é o seu astro de ação favorito, quem te inspira quando você assume esse tipo de papel?

DAVIS: Quem não me inspira? [Risos] Eu diria que a primeira mulher que eu vi nesse papel de estrela de ação foi Sigourney Weaver, em Alien. E, mais uma vez, também era uma questão de você simplesmente não saber o que esperar - no começo do filme, você só vê astronautas, está pensando em ficção científica, espaço… então o alien sai do corpo daquele cara, e de repente você sabe que estava entrando numa aventura. E quem diria que ela, Ripley, seria a última sobrevivente? Aquilo ficou gravado na minha memória, não apenas por ela ser durona, mas por ter me conectado com ela como ser humano. Senti sua vulnerabilidade, senti sua força, senti sua inteligência. Foi o que bastou para mim.

Viola Davis e Anthony Anderson em G20 (Reprodução)
Viola Davis e Anthony Anderson em G20 (Reprodução)

OMELETE: Viola, também quero falar com você rapidamente sobre a DC, e seu envolvimento na série da Amanda Waller. Quão próxima do seu coração é esta personagem, e o que você pode nos contar de novidade sobre a série?

DAVIS: Honestamente? O que quer que você saiba é também o que eu sei, e tenho a sensação que ambos não sabemos de nada. [Risos] Mas olha, se acontecer, será absolutamente espetacular. Eu amo a personagem, amo James Gunn e Peter Safran, amo toda a família DC, mas realmente não estou sabendo de nada por enquanto. Me desculpe!

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