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Ao lado de Nicole Kidman e sob a batuta de Baz Luhrman, Ewan McGregor relançou a moda dos musicais em Moulin Rouge. A consagração do gênero veio com Chicago, estrelado por Renée Zellweger, Caterine Zeta-Jones e Richard Gere.
Abaixo o amor (Down with love, 2003) reúne estrelas dos dois filmes acima, McGregor e Zellweger, numa homenagem aos filmes de Doris Day e Rock Hudson. Trata-se de uma comédia romântica que tem jeitão de musical, coreografias (como um musical), figurinos lindos e chamativos (como a maioria dos musicais), mas que na verdade só tem um número musical - no fim do filme, depois dos créditos. Méritos ao diretor Peyton Reed, que conseguiu juntar um bom elenco, recriar um clima sessentista e ainda impedir a Renée “cara de pato” de cantar (o que, cá entre nós, é um ponto positivo porque aguentá-la desafinando duas vezes no mesmo ano, ninguém merece). Além disso, brincando com o zoom das câmeras e a trilha sonora ele consegue criar a tensão necessária para mergulhar os espectadores na história. Até mesmo os forçados diálogos se encaixam com perfeição ao universo kitsch que envolve a película. Destaque para uma hilária cena de “sexo por telefone”. Nova York, 1962 Na década em que as mulheres começavam a ir à luta num mercado de trabalho machista e brigar por direitos iguais, chega a Nova York uma escritora que pode mudar o rumo da humanidade - Barbara Novak (Zellweger). Logo no seu primeiro livro, Abaixo o amor, ela consegue o que muito homem nunca vai conseguir: prender a atenção das mulheres. Como? Ensinando que na verdade são elas que comandam a sociedade e também propagando o sexo à la carte - sem amor, mas com muito prazer. Segundo seus ensinamentos, o amor carnal seria substituído por algo muito mais gostoso: o chocolate! Do outro lado da história está Catcher Block (McGregor), um jornalista que usa seu charme para conseguir o melhor sexo à la carte e ainda descolar os maiores furos para a revista masculina Know. Depois de uma série de acertos (por parte dela, que vende mais que água no deserto) e desencontros (por parte dele, que vê seu oásis secar), os dois acabam sós e solitários. Poderia ser uma história simples, como em qualquer filme da Sandra Bullock ou da Meg Ryan, mas o caso dos dois vai se mostrar tão complexo quanto... bem, pra falar a verdade, nem é tão complicado assim e tudo vai ser explicado no fim. Digamos apenas que o roteiro vai ao limite do que se pode permitir de uma comédia romântica hollywoodiana. Talvez por isso não tenha feito tanto sucesso nos Estados Unidos. ;-)