Raspe o cabelo de Steven Seagal. Pronto, você tem Vin Diesel. Ou, pelo menos, o Vin Diesel de O Vingador.
Devem ter feito um roteiro pensando no "cara do rabo-de-cavalo ridículo", mas que se perdeu no correio e acabou caindo na casa do sr. nome-de-combustível. Ou vocês acham que o Seagal rejeitaria um roteiro desses dizendo que é muito parecido com um filme que eu já fiz..? Todos os filmes dele são iguais!
É sério, em O Vingador você tem tudo que se encontra em qualquer clássico do Steven Seagal. Traficantes latino-americanos maléficos! Capangas que morrem baleados e continuam atirando com a metralhadora! Parceiros sem personalidade! Herói fazendo cara de mau! E aquela motivação criativíssima que todo personagem principal deve ter: vingar a morte de [escolha pais/esposa/filhos]!
Olha a qualidade: Vin Diesel é Sean Vetter, um agente do DEA (departamento de combate ao narcotráfico dos Estados Unidos) responsável pela prisão de uma figuraça mexicana do tráfico de cocaína. Surge, então, um novo chefão das drogas, que preenche o vácuo deixado pelo anterior e manda matar a esposa de Vetter, para mandar uma mensagem. O agente então começa um plano descontrolado de vingança, que vai ficando cada vez mais pessoal.
Uau, que idéias!
Quer você queira, quer não, Vin Diesel tinha um futuro mais promissor que isso. Por mais monossilábicas que sejam suas atuações em Eclipse Mortal, Velozes e Furiosos ou XXX, esse é o seu ramo: o cinema de ação legal, poderoso, menos roteiro e mais criatividade nas cenas, que geralmente não falha em entreter. O Vingador se arrasta por suas quase duas horas sem qualquer cena interessante. É um nada.
Poupe seu tempo e seu dinheiro. Se ainda assim quiser algo do tipo, vá até a locadora e pegue aquelas bombas sempre em catálogo: A Força em Alerta, Marcado para a Morte, Rede de Corrupção... Dá no mesmo e é mais barato.