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Linha de Frente | Crítica

Jason Statham faz mais um filme de Jason Statham ao lado de elenco cheio de estrelas e roteiro de Stallone

05.12.2013, às 22H07.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H39

Em 1976, um jovem de origem italiana aparecia nos cinemas como protagonista e roteirista do filme que recebeu 10 indicações ao Oscar - e ganhou 3 delas: Melhor Filme, Direção e Montagem. O longa se chama Rocky - Um Lutador e a pessoa que escreveu aquela emocionante história de superação é Sylvester Stallone, que naquele ano se tornava apenas a terceira pessoa indicada a Melhor Ator e Roteirista na mesma edição do Oscar, seguindo os passos de Charles Chaplin (O Grande Ditador) e Orson Welles (Cidadão Kane).

Linha de Frente

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Linha de Frente

Corta para o ano de 2013 e temos um novo longa escrito por Sylvester Stallone chegando às telas, Linha de Frente (Homefront, 2013). Baseado no livro de mesmo nome escrito por Chuck Logan, a trama gira em torno de um ex-policial (Jason Statham) que, após perder sua esposa, se muda para uma cidade do interior da Luisiana com sua filha. Ao chegar lá, os dois acabam se envolvendo com a família que toma conta da região e está envolvida com produção de drogas.

Talvez a história até funcione nas páginas de um livro, mas como um filme estrelado por Jason Statham (Carga Explosiva, Adrenalina), o desfecho é previsível desde que ele aparece em cena pela primeira vez, à paisana, no meio de um bando de motoqueiros mal encarados. A culpa não é do ator inglês, que mais uma vez está apenas repetindo o seu papel de grande astro dos filmes de ação e luta dos anos 2000. Ao seu lado está um elenco que também chama muito a atenção e não está mal. James Franco (Oz - Mágico e Poderoso, 127 Horas, Homem-Aranha - O Filme) deixa de lado a sua já habitual maconha e vira o produtor de metanfetamina conhecido como Gator Bodine. Sua irmã é a ex-Lois Lane, Kate Bosworth (Superman - O Retorno) e a namorada de Bodine é Winona Ryder (The Iceman). Só faltou mesmo uma pontinha para o bom e velho Sly.

Falta ao enredo uma linha lógica. E não é só com os vilões, que cometem erros em cima de erros. Não faz sentido que o ex-agente do departamento nacional de combate às drogas resolva explodir o covil de seu inimigo, em vez de usar todas aquelas evidências como prova e levá-lo à justiça. Mas se você não ligar para isso e quiser apenas um filme de ação em que tudo sai conforme esperado, Linha de Frente segue toda a cartilha do gênero, com sequestros, perseguições, explosões, invasões de domicílio e até gatinhos que são levados para longe de seus donos - apenas porque isso é "do mal".

O diretor Gary Fleder tem no currículo Coisas Para se Fazer em Denver Quando Você Está Morto, Beijos Que Matam e O Júri, mas tem feito mais séries de TV do que longas para os cinemas. Ele impõe ao filme a estética da câmera inquieta, mas exagera e cansa. Não precisava usar este efeito de câmera na mão e zoom até mesmo quando a filha de Statham está apenas brincando no "parquinho" da sua escola. Quanto ao roteiro de Stallone, basta dizer que está mais para o seu trabalho em Mercenários do que para a história do Garanhão Italiano.

Nota do Crítico
Bom