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Oscar 2026 | Academia adiciona regra sobre Inteligência Artificial Generativa

Mudança passa a valer já para a próxima premiação

21.04.2025, às 17H01.
Atualizada em 23.04.2025, ÀS 17H16

A Academia instituiu novas regras para o Oscar 2026 e elas incluem uma mudança a respeito do uso de Inteligência Artificial Generativa em filmes. A partir de agora o uso de IA não influenciará as chances de indicação.

A regra exata diz o seguinte: "Em relação à Inteligência Artificial Generativa e outras ferramentas digitais utilizadas na produção do filme, as ferramentas não contribuem nem prejudicam as chances de obter uma indicação. A Academia e cada órgão julgarão a conquista levando em consideração o grau em que um ser humano esteve no cerne da autoria criativa ao escolher o filme a ser premiado".

A decisão foi tomada em conjunto pelos membros da Academia e pelo Conselho de Ciência e Tecnologia da Academia.

Vale lembrar que o uso de IA foi uma polêmica recente, envolvendo filmes indicados ao Oscar 2025. Produções como Duna: Parte 2, O Brutalista, Emilia Peréz e Um Completo Desconhecido, por exemplo. Mas isso não quer dizer que os filmes foram inteiramente gerados por IA, mas sim apenas alguns de seus aspectos.

Ferramentas de IA também podem ser encontradas em softwares de criação de conteúdo amplamente utilizados, como o CopyCat, um recurso do sistema de composição Nuke, usado em Duna: Parte Dois. Nesse caso, um modelo de aprendizado de máquina foi usado para identificar e replicar o tom azul nos olhos dos atores que interpretavam os Fremens e, ao fazer isso, economizou "centenas de horas" de trabalho, segundo a entrada do VES.

Outro caso de uso de IA foi no filme O Brutalista, que o diretor do longa, Brady Corbet, emitiu um comunicado explicando que a ferramenta de áudio Respeecher "foi usada apenas para editar diálogos em húngaro, especialmente para refinar certas vogais e letras para precisão. Nada na língua inglesa foi mudado", ele ainda adicionou que as atuações de Adrien Brody Felicity Jones são completamente deles. 

A ferramenta Respeecher também foi identificada em Emilia Pérezalém da ferramenta que usa IA, Audio Shake, usada para separar a voz de Maria Callas de suas gravações da década de 60, para serem usadas em sua cinebiografia, Maria.