Vestir o chapéu de Indiana Jones pela quinta vez era uma perspectiva atrativa para Harrison Ford - de fato, os produtores de A Relíquia do Destino não precisaram nem convencê-lo a assinar o contrato uma vez que o roteiro estava pronto.
“Eu sempre quis meio que encerrar a história dele, mostrando Indiana Jones no final de sua carreira - até mesmo de sua vida”, explica ele ao Omelete. “Nós tínhamos um ótimo roteiro, que Jim [Mangold, diretor] e seus colegas construíram juntos, e esse foi o encorajamento que eu precisava. Fiquei muito animado quando li o roteiro, então… Não vi nenhum motivo para não adicionar um capítulo a essa história.”
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Para o ator, foi especialmente interessante mostrar o herói em um “momento de fraqueza”. “Nós demonstramos a força de Indy no decorrer de quatro filmes, mas agora ele está entrando em uma nova fase de sua vida. Depois de 15 anos de ausência, o reencontramos um pouco envelhecido, prestes a se aposentar da carreira acadêmica - que ele já não acha tão inspiradora, para começo de conversa. Então, acho que este é um momento que não vimos antes”, aponta.
Quem completa a reflexão é Mangold: “O que acontece com alguém que viveu de forma tão dinâmica, que viu tantas coisas, conquistou tantas coisas e sobreviveu a tantas coisas, e agora precisa tocar uma vida normal em seus últimos anos? O mundo seguiu em frente, e as aventuras que se apresentavam antes não estão se apresentando mais, mesmo porque ele não está tão preparado para vivê-las. Eu sei que esse tipo de coisa pode soar sombria, mas também estamos contando a história de alguém que aceita partir em uma última aventura.”
Indiana Jones e a Relíquia do Destino já está em cartaz nos cinemas brasileiros.