Attack on Titan: O que mudou no final do anime em relação ao mangá

O último episódio de Attack on Titan (Shingeki no Kyojin), disponível na Crunchyroll, é, praticamente, um filme que adapta os últimos capítulos do mangá. O estrondo de Eren Yeager segue destruindo o mundo, e cabe aos amigos do protagonista impedir o massacre do que restou da humanidade.

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Apesar de ser muito fiel ao mangá, é fato que o anime de Attack on Titan trouxe algumas mudanças facilmente perceptíveis em relação ao material original. Isso inclui, por exemplo, detalhes do último diálogo de Eren e Armin, que, no mangá, foram muito criticados.

Na lista abaixo, você encontra três mudanças notáveis no final do anime em relação ao mangá.

No mangá, uma frase específica dita por Armin Arlert, no último diálogo que ele tem com Eren, despertou a fúria de fãs ao redor do mundo. Tratava-se do painel em que Armin dizia, com todas as letras, que era grato a Eren por ele ter se tornado um genocida para salvar os habitantes de Paradis.

Evidentemente, isso não pegou bem. Afinal, Armin sempre foi tratado, na obra, como um personagem sensato. Se ele, que costumava ser a voz da razão, aprovava, em certa medida, as ações do protagonista, o que isso nos dizia sobre o que o autor de Attack on Titan, Hajime Isayama, queria dizer com o desfecho da história?

No anime, esse diálogo problemático foi tratado com mais cuidado. Armin até diz, sim, que, em determinado momento, também desejou que as pessoas morressem. Afinal, ele ficou preso em um pedaço minúsculo de terra e teve de crescer com medo de criaturas gigantes que poderiam comê-lo vivo. No entanto, ele não agradece pelas atrocidades cometidas por Eren — apenas diz que entende o que o protagonista sentiu, mas não aprova.

Pode não ser uma mudança tão grande quanto as pessoas gostariam, mas, com certeza, funciona melhor do que aquilo que se vê no mangá.

Um painel específico do final do mangá de Attack on Titan parecia um tanto inusitado. Em uma cidade que remetia à Londres do início do século XX, após a derrota de Eren, Levi aproveitava o que parecia ser um dia de folga ao lado de Gabi, Falco e Onyankopon.

Esse grupo, ao longo da história, nunca chegou a se tornar um quarteto de amigos. Então, ver essas quatro pessoas juntas aproveitando a vida foi uma surpresa — mas não necessariamente algo negativo. Na verdade, devo dizer que foi algo que gostei bastante quando li o mangá, já que Levi e Gabi são meus personagens favoritos na série.

No anime, entretanto, Levi é visto distribuindo doces para crianças que continuaram vivas após o final do estrondo. Próximos a ele estão Onyankopon e Yelena, que transportam caixas com luvas e bolas de beisebol. Não tão longe deles, mas distantes o bastante para que eles não pareçam estar todos juntos, Gabi e Falco plantam uma semente.

Os dois amigos que nasceram em Marley continuaram, ao que tudo indica, um ao lado da outro, como já era esperado. Contudo, não há pistas de que eles passaram a viajar com Levi, infelizmente.

O último item desta lista é, na verdade, mais uma curiosidade estética bem pensada do que algo realmente importante. No mangá, durante o último trecho da conversa final entre Eren e Armin, leitores podem ver uma paisagem em que o chão está marcado pelas pegadas de gigantes.

No anime, por outro lado, o que se vê ao redor de Eren e Armin é um mar de sangue. Isso com certeza torna o cenário mais impactante em uma obra que conta com cores que possam indicar, nitidamente, do que se trata o líquido ao redor dos dois.

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