No último dia 18, o guitarrista, fundador e força por trás do AC/DC, Malcolm Young, faleceu aos 64 anos. E sua morte marca um luto grande para o mundo do rock.
“Soul Stripper”
No álbum de estreia do AC/DC, High Voltage de 1975, algumas curiosidades acontecem nas partes das guitarras. Uma delas é que, em uma das únicas vezes na carreira do AC/DC, é Malcolm quem toca a guitarra principal. A música, originalmente batizada de "Sunset Strip", foi composta por Malcolm e o primeiro vocalista da banda, Dave Evans. Para o álbum, a música ganhou nova letra com o frontman Bon Scott.
"Dirty Deeds Done Dirt Cheap"
O poder do rock n’ roll em "Dirty Deeds Done Dirt Cheap", faixa do álbum com o mesmo nome de 1976, é muito claro: a guitarra base que segura a música inteira tem o traço diabólico perfeito de Malcolm, que eleva o som para o tom sinistro característico do AC/DC.
Não apenas um dos maiores guitarristas base do mundo da música, Young é considerado a força motriz da banda australiana, que sem ele nunca teria chegado ao que é hoje.
“Overdose”
Todo o começo de “Overdose”, do Let There Be Rock de 77, demonstra a harmonia da guitarra entre os dois irmãos do AC/DC. A bela faixa é recheada de groove, e é um dos perfeitos exemplos do poder que a banda tem de criar uma música poderosa tão rock n’ roll e tão distintamente melancólica ao mesmo tempo.
“Let There Be Rock”
“Let There Be Rock”, faixa-título do álbum de 77 do AC/DC é carregada inteiramente por Malcolm Young. A música que conta a história do rock 'n roll tem um refrão instrumental que é um modelo de como a dupla de guitarristas de AC/DC se complementa.
E apesar do AC/DC ter como imagem principal o seu frontman, o irmão Angus Young em seu uniforme de escola, Malcolm era todo o som por trás dos riffs, além de ser co-compositor de praticamente todas as músicas da banda. Em entrevista a Guitar World, Angus explicou o talento de Malcolm: "Às vezes eu olho para o que Malcolm está tocando e fico completamente abismado pelo poder daquilo. Ele está fazendo algo muito mais único que eu. Com aquele som natural e cru que ele tem".
“Riff Raff”
A grandiosa introdução de “Riff Raff”, depois de um momento solo de Angus, é toda de Malcolm. Quando a banda inteira entra, é o guitarrista base que rouba o holofote e faz do início um dos melhores momentos de guitarra do AC/DC. A faixa é a quarta no álbum Powerage, de 1978.
“Back In Black”
Um dos riffs mais históricos do rock, a guitarra inconfundível em “Back In Black” tem autoria de Malcolm Young. O guitarrista havia composto o riff anos antes de seu lançamento, como faixa-título do álbum de 1980 e homenagem a Bon Scott. Malcolm costumava usar o trecho para praticar antes de subir ao palco.
Malcolm Young sofria há anos de demência - em 2014, se afastou do AC/DC por causa disso. Segundo comunicado do AC/DC, sua morte foi tranquila e ao lado de seus familiares. Ele deixou esposa, dois filhos, três netos, uma irmã e o irmão Angus Young, também do AC/DC - leia mais.
“You Shook Me All Night Long"
O clássico do Back In Black, de 1980, é inesquecível na carreira do AC/DC e de Malcolm Young. A Uberchord explicou a proeza de Young como guitarrista base usando essa música como exemplo, citando o talento de quebrar o ritmo pra criar peso: “Quebrar o ritmo deste jeito eleva a música de três acordes primários para o hino de rock que ela se tornou”.
“What Do You Do For Money Honey”
Uma das faixas subestimadas do Back In Black, “What Do You Do For Money Honey” traz Malcolm Young poderoso carregando a música inteira, principalmente durante o solo de Angus.
“Money Talks”
A faixa do álbum The Razors Edge, lançado em 1990, é outro grande exemplos do perfeito encaixe de guitarras entre os irmãos. O som de Malcolm é o elemento que preenche o espaço tão bem e torna a faixa tão melodiosa.
Em sua homenagem, hoje recontamos 10 músicas que representam bem o seu talento.
"Thunderstruck"
Além de marcar a música com um riff pesado que soa por baixo do riff principal de Angus, Malcolm Young demonstra seus poderes vocais em "Thunderstruck", fazendo o importante backing vocal da música, com o histórico “Thunder! Thunder!”. A faixa de 1990, do The Razors Edge, é um dos momentos épicos ao vivo da banda.