Calmo, sóbrio e acompanhado de uma orquestra (com direito a piano de cauda), o cantor britânico Peter Gabriel surpreendeu o público do segundo dia do SWU 2011, formado (nesse final de noite) por uma plateia visívelmente cansada após enfrentar um dia de chuva, vento e muitos atrasos.
peter gabriel
Com um belo controle vocal, o fundador do Genesis, banda parcialmente responsável pela psicodelia existente no rock dos anos 1970, deu iníciou ao seu show com um cover lento de "Heroes", escrita por David Bowie e Brian Eno. Com o apoio da New Blood Orchestra (composta por 46 músicos sob a direção de Ben Foster), ele mostrou versões de "Digging In The Dirt", "Don't Give Up", "Downside Up" e "Intruder", entre outros sons próprios, mas principalmente de sua fase voltada para o World Music, deixando de lado hits dançantes dos anos 1980, como "SledgeHammer".
Antes de grande parte de suas canções, Peter Gabriel fez relativamente longas introduções, sempre lidas (em português) e que contavam histórias de jovens de diferentes continentes e grupos étnicos, mas com temas como superação, força de vontade e ecologia em comum. O ponto fraco do show ficou mesmo por conta da produção do evento. Isso porque, para quem estava em clima de orquestra, ouvir o som do palco eletrônico vazando era motivo de sobra para se dispersar. E não, Peter Gabriel não fez comentário algum sobre o incidente envolvendo sua equipe e a do Ultraje a Rigor, que aconteceu durante o show da banda brasileira e que você pode ficar sabendo um pouco mais aqui.
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Fotos: Flora Pimentel