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Enquanto Isso | Como se lê quadrinhos da Marvel

E a melhor HQ brasileira do ano, gibi é terapia, bebês com dentes, Seth, Pow! Bang! Zoom! e mais.

03.12.2021, às 15H23.
Atualizada em 03.12.2021, ÀS 17H09

Quando eu tinha uns 15 anos, estava para largar os quadrinhos. É a típica idade de largar. Além de não ser das épocas mais interessantes nas bancas, eu tinha outras coisas para fazer da vida. Foi quando caiu nas minhas mãos Desvendando os Quadrinhos, de Scott McCloud. Se isso não tivesse acontecido, você não leria essa coluna.

E talvez eu não lesse mais quadrinho algum. Foi depois de Desvendando, mesmo com aquela capinha de livro didático da rede municipal (depois mudaram), que eu pensei o quanto se podia pensar em quadrinhos, que eu virei jornalista da área, que me encaminhei para a carreira de professor e pesquisador. E que eu li um monte de quadrinhos que tinha deixado passar – inclusive os clássicos Watchmen, Cavaleiro das Trevas, Moonshadow, Sandman – porque não eram “meu estilo”. McCloud mudou minha vida.

 

Esta semana apareceu How to Read Comics the Marvel Way (Como ler quadrinhos do jeito Marvel). Os quatro números da minissérie saíram de uma vez só em formato digital. Eu sabia da proposta e estava curioso: a Marvel ia fazer um quadrinho sobre como se lê quadrinho. Que eu esperava que não fosse uma cartilha, mas um passeio metalinguístico que explicasse o que faz de um quadrinho um quadrinho. Como Desvendando, do McCloud.

E a proposta é exatamente essa. Na primeira página, uma splash do Homem-Aranha grudado numa parede de Nova York, a narração começa do beabá: “O Homem-Aranha não consegue sair da parede. O tempo parou. Para a sorte do escalador, um ser acaba de saber deste apuro do Homem-Aranha.”

Aí você vira a página, o Homem-Aranha salta da parede e descobrimos que o “ser” é você mesmo, o leitor, “que controla o tempo na história”. É o básico, é um pouquinho brega, mas é o início da aula.

Depois vem ordem de leitura, balões, quadros e requadros, importância da quadriculação na narrativa, interação entre imagem e texto… Você já leu um monte de gibi e deve saber como funciona. Mas, assim como numa boa aula de culinária, entender como aqueles ingredientes se combinam te ajuda a apreciar o sabor e escolher suas receitas.

Queria que How to Read Comics the Marvel Way fosse, para outros leitores, o que Desvendando os Quadrinhos foi pra mim. McCloud me explicou por que quadrinho me fascina. A Marvel fez muitos desses quadrinhos que me fascinam e é uma editora que tem condições, com seus autores, de dar um passo para trás e explicar como um gibi funciona e o que tem de diferente nessa linguagem.

A Marvel tem condições, o que não quer dizer que usou. How to Read é escrito por Christopher Hastings e desenhado pelo veterano Scott Koblish, com cores de Nolan Woodward e letras de Travis Lanham. A edição é de Kathleen Wisneski, que nem trabalha mais na Marvel – a minissérie foi produzida há mais de um ano e ficou na geladeira depois daquela pausa de produção no início da pandemia.

O que essa turma fez foi pegar trechos de Desvendando de McCloud e transformar numa história do Homem-Aranha. Para dar alguma emoção, tem uma trama com Mysterio, o vilão ilusionista, que pega um “gibi místico”, cria uns efeitos de metalinguagem e derruba a “quarta parede”. O Aranha vem pro nosso universo, passeia pela história da história em quadrinhos, conversa com roteirista, desenhista e editora, visita o mitológico bullpen da Marvel…

É infantil, mas isso não é problema. É uma introdução à mecânica e filosofia dos quadrinhos escrita para um público com os 15 anos de quando eu li Desvendando, quem sabe menos idade. E que ótimo que se mire este leitor. Mas podia falar de muito mais para o mesmo leitor.

Tem algumas sacadas interessantes. Para explicar o que é “fechamento” – como você conecta um quadro ao seguinte e imagina que ali tem uma narrativa – e “sarjeta” – o espaço entre os quadros, onde acontece o fechamento –, os autores comparam ao ato de piscar o olho e ao de você ser ciente ou, no mínimo, imaginar o que acontece ao seu redor mesmo que não veja. A construção de uma cena de quadrinhos é isso.

A comparação entre páginas de propaganda no meio do gibi (coisa que os gibis americanos ainda têm) e propagandas que interrompem seu vídeo no YouTube é daquelas de que eu nunca tinha me dado conta.

Mas as boas sacadas param por aí. A viagem pela história dos quadrinhos é elementar e tem uma preocupação boba em não citar nomes: tem pastiches de Rodolphe Töpffer, de Raina Telgemeier, de mangás e de BD. O único personagem histórico citado pelo nome é Yellow Kid. A história dos quadrinhos da própria Marvel, por outro lado, ganha mais espaço (mas sem profundidade nenhuma).

Quando o Aranha acompanha o processo de produção de HQ, encontra gente desenhando com lápis e nanquim, coisa que quase ninguém usou num gibi da Marvel da última década.

McCloud é a referência básica dos autores, o que incomoda. Desvendando os Quadrinhos tem mais de 25 anos e já se produziu muito de pensamento sobre HQ desde lá. Os livros de Nick Sousanis, de Charles Hatfield, de Hillary Brown, qualquer entrevista com o Chris Ware ou o material de referência de Thierry Groensteen e outros europeus (vários publicados nos EUA) já mostraram que os quadrinhos são mais complexos do que McCloud pensava.

E o pior: a própria Marvel, em vários gibis que está lançando neste ano, nesta semana – até para crianças – usa recursos mais avançados dos quadrinhos. As inovações do Jim Steranko e do Jim Starlin de cinquenta anos atrás, do Frank Miller há quarenta, que são feijão com arroz num gibi do Javier Rodriguez de hoje. Tem coisa de sobra pra se falar sobre bons recursos dos quadrinhos e que ficaram de fora. A Marvel não conhece os próprios gibis que faz.

Mas tem outra coisa que me incomodou bastante durante a leitura que é a falta de crédito a Scott McCloud. How to Read Comics the Marvel Way é claramente inspirado em Desvendando os Quadrinhos. Se você for ler só um livro sobre quadrinhos, não tem melhor que Desvendando, e parabéns pela opção dos autores. Mas dê a referência bibliográfica, né?

A primeira edição da minissérie encerra inclusive com um glossário de termos que McCloud usa, como “fechamento”, “transições” e “justaposição”. Há uma menção a McCloud neste glossário, com um asterisco para uma nota de rodapé que promete bibliografia numa das próximas edições. Não encontrei.

Enquanto lia, fui procurar se o próprio McCloud havia falado algo sobre Marvel Way. E tinha, num tuíte de poucas horas – o que está acima.

Ele não estava preocupado em ser chupinhado pela Marvel. Do título da minissérie, tirou outro comentário: “Que título pesado! Tenho certeza que é uma HQ legal, mas minha imaginação tomou rumos sombrios… (De repente imaginei um livro chamado ‘Como Ler História do Jeito Americano’)”.

Colei a página do gibi em que ele era citado, disse que senti falta de um pouco mais de gratidão. Ele respondeu: “Ironicamente, meu livro devia ter sido mais grato aos psicólogos da Gestalt por ideias como a de fechamento (meu entendimento era bem elementar em 1993), então agradeço por qualquer menção que seja.”

Humilde. Eu fiquei indignado por ele.

MORTOS E ENTERRADOS

Quer um quadrinho que não se explica mas ainda assim diz tudo que um quadrinho pode ser? Enterrei Todos no Meu Quintal, de Luckas Iohanathan.

Li ontem. Li hoje de novo. Estou assustado. Tanto porque ainda não tinha lido porque ainda não vi comentário sobre o trabalho de Iohanathan.

É a história de vida de, Julia, de criança até os cabelos brancos, com os amores, a carreira na fotografia e os homens que enterrou no seu quintal. É contado em fragmentos, que são ao mesmo tempo o mínimo que você precisa para entender a história e mergulhos em momentos da vida de Julia.

Tem influência incontestável de Bastien Vivès no desenho (sem as mamomegalias que associam ao Vivès) e um roteiro solto, arejado, lembrando uma página experimental do Chris Ware ou da Jillian Tamaki.

E o Iohanathan já tinha feito um dos melhores títulos brazucas do ano passado, O Monstro Debaixo da Minha Cama (falei aqui há exatamente um ano).

Desculpas a Marcello Quintanilha e todos os demais, mas é o melhor quadrinho brasileiro do ano. A propósito: custa só R$ 10.

QUADRINHO É TERAPIA

Uma das coisas mais interessantes que eu li recentemente nas pesquisas sobre quadrinhos trata de HQs autobiográficas e traumas. Há uma teoria em desenvolvimento de que o processo de construir uma narrativa em que você desenha seu trauma – em quadrinhos, repetindo o personagem (você), construindo as cenas – pode ser um processo terapêutico.

Terapia é justamente o nome do quadrinho de Mario Cau, Rob Gordon e Marina Kurcis que está saindo agora. Ou melhor: que vai ganhar o segundo volume impresso. O material já foi todo publicado como webcomic, entre 2011 e 2018, e ganhou primeiro volume impresso em 2013.

Não é uma HQ autobiográfica. Trata de um garoto dos seus 20 e poucos anos, que leva uma vida normal, mas não se sente feliz e anda numa fase musical pesada com Robert Johnson, Muddy Waters e outros do blues-raiz. Até que encontra a terapia.

Tem algo de terapêutico para os autores. “Eu sempre tive uma relação meio visceral com meu trabalho em quadrinhos”, diz Mario Cau, por e-mail. “Já fiz HQs para lidar com questões emocionais e, como brinco sempre, fui perigosamente autobiográfico. E sempre me ajudou a processar as minhas coisas.”

Ele diz que evoluiu tecnicamente nos sete anos em que produziu Terapia, mas também emocionalmente.

“Teve momentos em que eu estava mais alinhado com as emoções dos personagens. Em outros eu precisava ‘conjurar’ a emoção pra sentir junto. Consigo, de alguma forma, a partir do desenho e da música, me conectar com os sentimentos dos personagens mesmo que eu, naquele momento, não tivesse motivo para sentir. É algo parecido com atuação, eu acho.”

Terapia vol. 2 está no Catarse só até semana que vem. A HQ sai em fevereiro. Esta semana os autores se reuniram para uma livre sobre o projeto, que vale a pena para conhecer os bastidores do processo terapêutico-quadrinístico.

“QUEM NÃO QUER VER BEBÊS COMENDO GENTE?”

Também temos os traumas que formaram a cabeça de Fábio Vermelho, o autor paraense com produção feroz. Da sua independente Weird Comix, produzida para os gringos, ele soltou uma sequência de álbuns desde 2019: O Deplorável Caso do Dr. Milton, 400 Morcegos a Eu Fui um Garoto Gorila ao seu recém-lançado Bebês Maníacos da Lagoinha.

São bebês que comem gente numa cidadezinha de interior, na melhor tradição do cinema trash. Tem ritual satânico, tem olho arrancado da órbita, tem homenagem ao Batoré e tem um bebê que ganha dentes de crocodilo enquanto mama. Não é recomendado a lactantes.

Perguntei ao Fábio se estava tudo bem, quem havia lhe feito mal, que ele me apontasse onde o homem malvado machucou e pedi que me contasse de onde tira as histórias. Que é a pior pergunta pra se fazer a um autor, eu sei.

“Partindo da simples ideia de fazer um gibi com bebês canibais fui inventando o resto, fazendo anotações no meu caderno”, ele me respondeu via Messenger. “Quando já tinha criado os personagens principais e seus conflitos, comecei a desenhar o quadrinho e fui criando os pormenores e costurando a história conforme ia desenhando. É a forma de criar que mais me agrada até hoje. Qualquer filme podre ou quadrinho ou notícia que leio pode me influenciar no processo a qualquer momento. Meio caótico, mas ok. Além do quê, ‘bebês canibais’ já é uma ideia esdrúxula por si só. Quem não quer ver bebês comendo gente? Foi muito divertido desenhar tudo isso.”

Disse que achei a resposta muito comportada. Ele complementou que não pode fazer apologia às drogas.

Bebês Maníacos da Lagoinha saiu agora pela Escória Comix. Caso o leitor ache seus gibis muito doidos, Vermelho diz que deviam ler os de Victor Bello ou de Emilly Bonna. “Podreira da melhor qualidade”, ele diz.

NA CASA DO SETH

“Eu fui na casa do Seth. Ele deixa tudo igual a um museu! É incrível. Tem uma maquininha de chiclete, do lado tem uma tigela cheia de moedas pra você colocar e, quando você coloca, você ganha um lápis com o nome da casa. É mágico.”

Joe Ollmann em entrevista (uma entrevista em quadrinhos), comentando que todos os quadrinistas canadenses se conhecem e que todos são esquisitos.

POW! BANG! BOOOOM!

É um clichê que já tem seus 30 anos. Toda vez que a grande imprensa resolvia falar de quadrinhos, o título da matéria era tipo “BIF! POW! BANG! Gibi é importante!” ou “CABUM! PLAFT! ZING! Adulto pode ler quadrinho!”

É um clichê que se considerava tão superado quanto a pergunta “Como é ser mulher e fazer quadrinhos?”. Mas aí, o New York Times, em pleno novembro de 2021, num caderno com duas resenhas de livros relacionados a HQ…

STARDUST

Saiu esta semana na Alemanha: Starman: David Bowie’s Ziggy Stardust Years Reinhard Kleist contando a vida de Bowie em quadrinhos. É automaticamente um dos quadrinhos mais curiosos que sai este ano no mundo.

Kleist já é conhecido dos leitores brasileiros pelas biografias em HQ de Johnny Cash, de Fidel Castro, do boxeador Hertzo Haft e de parte de uma bio de Elvis. Fora daqui, ele já lançou uma elogiada bio do Nick Cave. A de Bowie deve circular o mundo a partir do ano que vem, e torça para que circule no Brasil também.

VIRANDO PÁGINAS

Lucky Luke completa 75 anos na próxima terça-feira. Ele estreou no Almanach 1947, especial de fim de ano da revista Spirou que chegou nas bancas em 7 de dezembro de 1946. A criação foi do belga Morris (1923-2001). Lá fora, Luke é um dos personagens mais famosos da Europa e tem 80 álbuns. Aqui, as últimas publicações são da editora Zarabatana.

O francês Régis Loisel completa 70 anos amanhã, dia 4. É o autor de Peter Pan, Em Busca do Pássaro do Tempo e outras séries. Está perto de completar cinquenta anos de carreira, ainda na ativa.

A primeira edição de O Cavaleiro das Trevas 2, de Frank Miller e Lynn Varley, saiu em 5 de dezembro de 2001, há 20 anos.. Foi lançada quase simultaneamente no Brasil e simultaneamente execrada pelos leitores.

Mônica chegou à edição 200 na Editora Abril em dezembro de 1986, há 35 anos. Foi um marco para Mauricio de Sousa, que completava 16 anos de suas revistas na Abril e, no mês seguinte, mudaria todas para a Globo, onde passaria quase vinte anos antes da sua casa atual na Panini.

Também em dezembro de 1986, a Marvel publicou nos EUA The ‘Nam n. 1, série adulta e brutal sobre o Conflito do Vietnã – nome que ganhou no Brasil – criada por Doug Murray e Michael Golden. Durou sete anos lá fora.

UMA CAPA

De Avengers n. 750, que saiu esta semana nos EUA. Por Marcos Martin e um monte de desenhistas que ele recortou e colou.

UMA PÁGINA

Os “Papos” criados por Marcos Fill circularam pelos grupos de quadrinhos nas últimas semanas. A quem interessar, ele está vendendo os prints, já enquadrados.

OUTRA PÁGINA

De Dumb: living without a voice, de Georgia Webber. Trata de como a autora teve que ficar muda durante um tempo para preservar as cordas vocais, e é cheia de soluções visuais brilhantes para representar tanto a mudez quanto a vontade de falar. Saiu em 2018 e é uma das minhas melhores leituras desse ano.

MAIS UMA PÁGINA

De Judith Vanistendael, em The Whale Library, com roteiro de Zidrou. Tem cara de livro infantil, mas é brutal. Zidrou dá essa cara de quadrinho açucarado, mas te puxa pelas tripas ao contar a história da baleia que também é uma biblioteca. Tem tripas literais em mais de uma cena. Outra das grandes leituras desse fim de ano.

 

(o)

Sobre o autor

Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor do livro Balões de Pensamento.

Sobre a coluna

Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.

#62 – Temporada dos prêmios

#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca

#60 – Vai faltar papel pro gibi?

#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo

#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor

#57 - Você vs. a Marvel

#56 - Notícias aos baldes

#55 – Marvel e DC cringeando

#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.

#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio

#52 - O direct market da Hyperion

#51 - Quadrinhos que falam oxe

#50 - Quadrinho não é cultura?

#49 - San Diego é hoje

#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso

#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990

#46 - Um clássico POC

#45 - Eisner não é Oscar

#44 - A fazendinha Guará

#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade

#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos

#41 - Os quadrinhos são fazendinhas

#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo

#39 - Como escolher o que comprar

#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal

#37 - Desculpe, vou falar de NFTs

#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade

#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem

#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional

#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne

#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil

#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso

#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua

#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo

#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel

#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil

#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio

#25 - Mais brasileiros em 2021

#24 - Os brasileiros em 2021

#23 - O melhor de 2020

#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo

#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries

#20 - Seleções do Artists’ Valley

#19 - Mafalda e o feminismo

#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos

#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo

#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?

#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil

#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee

#13 - Cuidado com o Omnibus

#12 - Crise criativa ou crise no bolo?

#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix

#10 - Mais um fim para o comic book

#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca

#8 - Como os franceses leem gibi

#7 - Violência policial nas HQs

#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje

#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês

#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics

#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona

#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler

#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020

#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee