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Enquanto Isso | Temporada dos prêmios

Mais: Times e vírus, o apocalipse, os humanos, números franceses e o Kioskerman

26.11.2021, às 16H43.
Atualizada em 26.11.2021, ÀS 17H41

Estou escrevendo um dia depois da premiação do Jabuti 2021. Ontem, Meta: Depto. de Crimes Metalinguísticos, do quarteto Marcelo Saravá, André Freitas, Dayvison Manes e Omar Viñole, levou o prêmio único na categoria História em Quadrinhos. Falei sobre Meta numa coluna do final do ano passado: um dos seus melhores momentos é o da homenagem a todo o quadrinho brasileiro. Se você ainda não leu, está aí o prêmio mais importante do mercado editorial dizendo que devia.

Os indicados ao Jabuti foram anunciados pouco depois da minha última coluna e não pude comentar. (Desculpe pelas férias; não foram por querer.) Houve uma pequena polêmica na lista: entre os dezoito quadrinistas dos dez indicados, não havia uma mulher.

Entendo e concordo que gênero não deve ser critério para os jurados do Jabuti. De qualquer maneira, num mercado em que se percebe mais publicações de autoras,  e com força, chama atenção uma lista em que só se vê homens.

A participação feminina foi notoriamente baixa nos outros anos da categoria: apenas uma autora na lista de 2017, uma na de 2018, três na de 2019 e três de novo (em dois trabalhos) na de 2020. Este foi o primeiro ano em que não houve nenhuma indicada.

Quadrinistas brasileiras publicaram bons quadrinhos em 2020? Claro que sim. Beco do Rosário,de Ana Luiza Koehler, foi um dos quadrinhos nacionais mais comentados do ano – mas não foi inscrito pela Veneta (o Jabuti só julga obras inscritas). Aconteceu Comigo (Balão Editorial), de Laura Athayde, podia desbancar fácil alguns dos trabalhos na lista oficial do Jabuti; estava inscrito, mas não passou na primeira seleção.

Por que isso importa? Como comentei no ano passado, listas de premiação são retratos de época. A categoria de HQ do Jabuti vinha cumprindo um excelente papel de documentar o melhor da HQ brasileira por ano. Se você buscar as listas de indicados linkadas acima, de 2017 a 2020, vai encontrar dez quadrinhos brazucas que representam o ano anterior. A lista deste ano, a meu ver, não cumpre este papel.

Também vi gente perguntando onde estavam grandes quadrinhos recentes, como Arlindo, Isolamento e Escuta, Formosa Márcia. O Jabuti, como o animal que representa, é um tanto lento e só premia lançamentos de janeiro a dezembro do ano anterior. Portanto, os citados só concorrem no ano que vem. (E o Jabuti só aceita publicação impressa, então webcomics não entram.) Mas senti falta de outros bons quadrinhos de 2020 como Carniça e a Blindagem Mística, de Shiko; Crianças Selvagens, de Gabú; e Os Donos da Terra, de Daniela Fernandes Alarcon, Vitor Flynn Pacionik e Glicéria Jesus da Silva.

"Beco do Rosário"

Enquanto a coluna estava de molho, também saiu o resultado do 33º HQ Mix. Dois dos trabalhos que mencionei como ausência marcante do Jabuti compensaram aqui: Beco do Rosário, de Ana Luiza Koehler, e Carniça e a Blindagem Mística, de Shiko, levaram respectivamente quatro e três troféus, sendo que Koehler e Shiko ficaram empatados na categoria desenhista nacional.

Mesmo que os vencedores já sejam conhecidos, haverá uma entrega virtual dos prêmios amanhã, a partir das 19h, via YouTube.

Quanto aos resultados do Troféu, já coloquei minha opinião sobre o HQ Mix aqui.

"Écoute, Jolie Márcia"

Fora do Brasil, também houve prêmio importante anunciando lista de indicados. Prêmios importantíssimos, aliás. Tanto o Festival d’Angoulême soltou seu listão quanto a Associação de Jornalistas e Críticos de Quadrinhos da França (ACBD, na sigla em francês) soltou sua listinha esta semana.

Tem brasileiro nas duas: Marcello Quintanilha e seu Escuta, Formosa Márcia – ou Écoute, Jolie Márcia, pela Éditions Ça et Lá (tradução de Dominique Nedellec). Quintanilha já ganhou em Angoulême na categoria Policial em 2016, com Tungstênio, e dessa vez entra no listão de 46 álbuns dos quais os franceses vão tirar cinco troféus: melhor álbum, prêmio do júri, revelação, série e audace (audacioso ou inovador).

No caso da ACBD, Quintanilha já passou na primeira peneira de 15 títulos que compunham a primeira lista de indicados e está entre os 5 finalistas. É bom sinal.

Curiosamente, o niteroiense de 50 anos é o quadrinista veterano entre os cinco concorrentes. O francês Gaétan Nocq, de Les Grandes Cerfs (que já tem uma premiação) é um pouco mais velho (53), mas tem carreira recente nas HQs. A fotógrafa e ilustradora Elene Usdin (50), de René.e aus bois dormants, estreia nas HQs. Léa Murawiec (26), de Le Grande Vide, está no segundo álbum. Por fim, a holandesa Aimée de Jongh (33), de Jours de Sable, é o nome mais conhecido na lista e tem um currículo respeitável de álbuns (e o único álbum da lista, fora Márcia, que eu li; não achei grande coisa).

O resultado da ACBD sai em poucos dias: dia 7 de dezembro. O do Festival d’Angoulême sai entre 27 e 30 de janeiro, quando o evento voltar em edição presencial.

Como sempre, vale a pena passear pelo listão de indicados de Angoulême e babar. A premiação é a mais importante do mundo dos quadrinhos por causa da variedade. Tem quadrinho franco-belga tradicional, tem os novos nomes da Europa, tem mangás, tem americanos (até uma HQ das Tartarugas Ninja e o policial Goodnight Paradise, ignorados no país de origem) e, como já se viu, até quadrinho brasileiro. Sem nem saber das histórias ou temas, o impacto visual da quantidade de estilos de desenho já é um sopro de novidade. E de ciúme.

Tem uma novidade na premiação, que é a Sélection Éco-Fauve, patrocinada pela empresa de embalagens Raja. Sete quadrinhos com temática ambiental concorrem ao troféu. Curiosamente, o favorito, Le Monde Sans Fin, em que o enorme Christophe Blain adapta as ideias do especialista em energias renováveis Jean-Marc Jancovici, saiu há menos de um mês e já esgotou – e não ganha nova tiragem tão cedo devido à falta de papel na Europa.

Prêmios e listas continuam rolando pelo mundo. O Festival de Lucca, na Itália, premiou no mês passado Rusty Brown, de Chris Ware (HQ do ano), Something is Killing the Children (melhor desenho, para o italiano Werther Dell’Edera – a ótima série começa a sair pela Devir no mês que vem) e Asadora!, de Naoki Urasawa (melhor série).

Cito Asadora! porque ela também aparece no topo da lista de melhores do ano da loja britânica Gosh! Comics (e concorreu a Angoulême no ano passado). Também por motivos de Naoki Urasawa. Sou fã confesso de Urasawa e estou sentindo falta da continuidade de suas séries aqui depois de Monster, Pluto e 20th Century Boys. Aceito qualquer Urasawa.

Tem mais prêmios e mais listas de melhores do ano a aparecer nos próximos dias, pois estamos na época. Fechando, sinto informar que que deu ruim para as duas HQs que concorriam no Governor General’s Award, maior prêmio literário canadense. Era a estreia das HQs em duas categorias onde elas nunca haviam concorrido. Não foi dessa vez.

QUAL É O SEU TIME?

“No Brasil, tudo vira Fla x Flu”, lembra a descrição de O Time do Vírus, HQ de Amanda Ribeiro e Luiz Fernando Menezes. A pandemia, na visão dos dois jornalistas e quadrinistas, foi mais um caso.

“De um lado, está o Time do Brasil, comandado pelo capitão Jair Bolsonaro, que viu na pandemia uma oportunidade de marcar posição política”, eles escrevem na descrição do projeto no Catarse. “Do outro está o Time do Vírus, composto por pesquisadores e profissionais de saúde assim apelidados por negacionistas por buscarem orientar a população com base em evidências científicas.”

A partir de entrevistas e de acompanhamento das notícias sobre a pandemia, Ribeiro e Menezes montaram a reportagem em HQ a partir da metáfora de um jogo de futebol. O casal já publicou outra ótima HQ-reportagem em livro: Socorro! Polícia!, de 2018, pela Draco.

Os dois são jornalistas que trabalham no site Aos Fatos e cuidam, por exemplo, do contador de mentiras de Bolsonaro. Perguntei por que também gostam de fazer seu jornalismo em quadrinhos.

“Cada linguagem traz determinadas possibilidades e perspectivas para a narrativa jornalística. No caso dos quadrinhos, a liberdade para contar uma história é muito maior. Além de permitir metáforas visuais, a relação entre texto e imagem da linguagem das HQs pode gerar diferentes efeitos. Posso, por exemplo, criar uma contradição entre desenho e texto para causar um efeito de ironia ou desmentir a versão do entrevistado; posso ilustrar um texto que não poderia ser ilustrado com imagens reais (pensamentos, memórias, imaginação); posso usar o branco da página para dar ênfase ou gerar um efeito de silêncio.

Um exemplo é a página em que o Bolsonaro aparece vestido como uma entidade religiosa. Em determinado momento da reportagem, falamos sobre as ‘megaidentidades’ políticas, que são uma das consequências da polarização radical. Nesse caso, a identidade política passa a invadir outros aspectos da vida das pessoas e influenciar hábitos, gostos e até a visão de mundo. Elas geralmente são ligadas a um ‘símbolo’, como Bolsonaro ou Trump. Para explicar essas megaidentidades, um dos entrevistados usou a metáfora religiosa, então nada mais justo do que desenhar o Bolsonaro dessa maneira.”

O Time do Vírus está em financiamento no Catarse até o dia 1º de dezembro. Você pode inclusive comprar junto uma camiseta de time – do Time do Vírus, claro. A HQ sai em janeiro.

MAIS APOCALIPSE PORQUE TÁ POUCO

Um meteoro vai se chocar com a Terra e destruir tudo. Antes do apocalipse, quatro personagens em crise - um lobo paranoico, uma garota com medo de sair de casa, o péssimo namorado dela e o presidente do Brasil – tentam resolver suas crises.

Apocalipse, Por Favor é um dos quadrinhos brazucas mais legais da década passada. No mínimo porque lançou a carreira do catarinense Felipe Parucci – que depois fez Já Era, Enxaqueca e Auto Ajuda.

Apocalipse estava esgotado há anos. A editora Lote 42 encampou a republicação do álbum, que está em campanha no Catarse. Tem capa nova (a que você viu acima é provisória), algumas mudanças na história, papéis diferentes no miolo e um prefácio inédito. É o prefácio que você lê a seguir, com exclusividade:

A campanha de Apocalipse, Por Favor no Catarse vai até 13 de dezembro. A previsão de lançamento é fevereiro.

OS HUMANOS SÃO BEM PARECIDOS

Alan Moore (foto de Joe Brown)

“Tenho a teoria de que, se você viajar pelo mundo, se visitar vários países, você vai conhecer o mundo em termos gerais. Contudo, acho que você vai ter uma experiência de turista e que essa experiência vai ser rasa. Se você fica em um lugar só, você tem como conhecer o mundo de forma profunda, você tem como saber como se desenrolam as histórias; você tem como descobrir como as pessoas crescem, o que acontece com elas e com os filhos; você tem como captar a textura de uma cidade humana em funcionamento ao longo das décadas, você tem como absorver sua atmosfera. E eu diria que, se você tem como conhecer um espaço humano com a devida profundidade, provavelmente você tem vantagem na hora de entender tudo e todos. Porque os humanos não são tão diferentes, não.”

Alan Moore explicando porque não é chegado em viajar, em entrevista aqui. Ele pouco sai da amada Northampton (sobre a qual já escreveu dois livrões), e há pouco registro de que tenha saído da Inglaterra nos últimos trinta anos. Talvez mais. Também persiste aquele boato de que ele está proibido de entrar nos EUA depois de escrever Brought to Light. Não que ele se importe.

NÚMEROS DO MERCADO FRANCÊS, SÓ PARA ASSUSTAR

O último álbum de Asterix saiu no mês passado na Europa e, só na França, vendeu 850 mil exemplares em dez dias. Isso que Asterix está em fase ruim, pois já vendeu mais de milhão na primeira semana.

Para comparação, todo o mercado de livros brasileiro – todos os livros e todos os quadrinhos – vende por volta de 850 mil exemplares por semana (ou aproximadamente 42 milhões por ano)

Como é a estreia de uma editora no mercado francês? Riad Sattouf (O Árabe do Futuro) acabou de lançar a própria editora, a Livres du Futur, e seu álbum de estreia, Le Jeune Acteur, saiu com tiragem inicial de 300 mil exemplares. Está nas listas de mais vendidos geral (não só de BD) e concorre em Angoulême.

Primeira tiragem para o lançamento de uma autora renomada, se arriscando pela primeira vez na autobiografia? Os 80 mil de Les Strates, de Penélope Bagieu (Ousadas).

Qual é a tiragem de um quadrinho de livraria no Brasil? Entre mil e 3 mil exemplares. Alguns poucos chegam a 10 mil.

O total da população da França dá menos de um terço da população brasileira.

EL AMOR VENDRÁ

Esses dias me peguei lembrando do Kioskerman, autor argentino cuja tira eu esperava toda semana no e-mail, há alguns anos. (Fui conferir: parou em 2013). Duas coleções de suas tiras saíram aqui: Éden, pela Zarabatana e Portas do Éden, pela Lote 42.

Kioskerman também tinha um Twitter, do qual eu cheguei a tirar melhores leituras do ano. Não tem mais. Fiquei sabendo que ele lançou um terceiro livro, El Amor Vendrá al Rescate, em 2017, mas comprar quadrinhos da Argentina é caro e complexo. (Fui a Buenos Aires em 2018 e não encontrei.) Depois, silêncio.

Lembrei que vivemos nos anos 2020, que as pessoas estão no Instagram e que eu posso abertar um botão para perguntar por onde elas andam.

“No había visto tu solicitud de mensaje porque la UI de Instagram es muy mala”, Kioskerman me disse, pedindo desculpas, minutos depois de eu mandar uma mensagem.

Ele confirma que é difícil encontrar El Amor Vendrá al Rescate se não com ele. Aliás, ele está vendendo pessoalmente seus livros junto a desenhos originais – ele redesenha a tira que você mais gostar – mas não para o Brasil. As taxas para receber dinheiro daqui são proibitivas.

Perguntei se ele ainda tinha um quadrinho que postou no Twitter, meio esboçado, anos atrás. Mostrava um bebê dançando na volta de uma fogueira. Eu guardei o texto: “Existe un pais / Adentro de mi cabeza / Donde la práctica religiosa / De la población entera / Consiste en observar a un bebe por horas / Sin pensar absolutamente nada”. Ele disse que vai ver se encontra e me manda uma foto.

Prometemos trocar livros caso eu volte a Buenos Aires ou caso ele venha ao Brasil. E ele elogiou a capa do meu livro.

Saudades, Kioskerman.

VIRANDO PÁGINAS

El Último Recreo

Klebs Júnior, quadrinista, editor, professor, diretor do Impacto Estúdio e depois do Instituto HQ, faleceu aos 54 anos, na semana passada. Atuando no mercado desde os anos 1980, ele participou da leva de artistas brasileiros que trabalhou com Marvel e DC antes de se dedicar com toda força ao quadrinho nacional em Pátria Armada e outros títulos que criou e editou. Foi cedo demais.

Horacio Altuna completou 80 anos na última quarta-feira. Altuna é um dos mestres do quadrinho argentino, mas no Brasil praticamente só publicou HQs eróticas nas revistas Playboy e Porrada. Há possibilidade de suas obras de mais fôlego, como El Último Recreo, Las Puertiras del Sr. López e El Loco Chávez– todas em colaboração com Carlos Trillo (1943-2011) – saírem aqui em breve.

Achados e Perdidos

Achados e Perdidos, de Eduardo Damasceno e Luis Felipe Garrocho, saiu em novembro de 2011, há 10 anos. Foi o primeiro quadrinho brasileiro financiado no Catarse, abrindo as porteiras para mais de dois mil projetos de financiamento coletivo de HQ nesta década.

O primeiro volume de L’Ascension du Haut Mal, ou Epiléptico, de David B., saiu na França em novembro de 1996, há 25 anos. Premiada em cinco países e presente em lista de melhores HQs do século, Epiléptico teve uma publicação no Brasil – em dois volumes, pela Conrad, em 2007 e 2008 (tradução de Idalina Lopes) – e está vergonhosamente esgotada.

UMA PÁGINA

Da incrível ilustradora turca Gizem Vural.

UMA CAPA

De David Aja, em Hawkeye n. 17, de 2014. #paydavidaja

(o)

Sobre o autor

Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor do livro Balões de Pensamento.

Sobre a coluna

Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.

#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca

#60 – Vai faltar papel pro gibi?

#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo

#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor

#57 - Você vs. a Marvel

#56 - Notícias aos baldes

#55 – Marvel e DC cringeando

#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.

#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio

#52 - O direct market da Hyperion

#51 - Quadrinhos que falam oxe

#50 - Quadrinho não é cultura?

#49 - San Diego é hoje

#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso

#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990

#46 - Um clássico POC

#45 - Eisner não é Oscar

#44 - A fazendinha Guará

#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade

#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos

#41 - Os quadrinhos são fazendinhas

#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo

#39 - Como escolher o que comprar

#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal

#37 - Desculpe, vou falar de NFTs

#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade

#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem

#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional

#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne

#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil

#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso

#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua

#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo

#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel

#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil

#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio

#25 - Mais brasileiros em 2021

#24 - Os brasileiros em 2021

#23 - O melhor de 2020

#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo

#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries

#20 - Seleções do Artists’ Valley

#19 - Mafalda e o feminismo

#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos

#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo

#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?

#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil

#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee

#13 - Cuidado com o Omnibus

#12 - Crise criativa ou crise no bolo?

#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix

#10 - Mais um fim para o comic book

#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca

#8 - Como os franceses leem gibi

#7 - Violência policial nas HQs

#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje

#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês

#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics

#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona

#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler

#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020

#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee