Os fãs de As Meninas Superpoderosas foram surpreendidos na última semana, quando a CW anunciou a produção de uma série em live-action sobre as personagens. No entanto, ao invés de mostrar Lindinha, Florzinha e Docinho na infância, a produção teria as três com 20 e poucos anos e desiludidas por terem passado suas infâncias combatendo o crime. Mas, quando uma nova ameaça aparece, elas precisam se reunir novamente. Mas o que esperar de uma premissa tão diferente do desenho original?
Há, é claro, o perigo de descaracterizar a produção. Um dos apelos da animação era exatamente o absurdo de três garotinhas extremamente poderosas enfrentando vilões caricatos pela cidade de Townsville. Ao alterar isso, há um grande perigo de a série se tornar apenas mais uma no hall de produções da CW, sem personalidade própria.
Por outro lado, ao trazer as personagens adultas, o canal acertará em cheio o público que acompanhou o trio na infância e hoje está mais velho, talvez também repensando em como foi a vida nos anos anteriores. Se for bem sucedida, a série também pode servir de porta de entrada para um público novo, que não conhece a animação, mas pode ficar curiosa para conhecer as aventuras das irmãs em suas infâncias.
Por tudo isso, o projeto ainda é uma incógnita. Há potencial para fazer uma produção realmente boa, mas é preciso tomar cuidado para não descaracterizar a produção e entregar aos fãs - novos e antigos - uma produção à altura da animação que marcou uma geração.
O projeto é uma ideia das roteiristas e produtoras executivas Heather Regnier e Diablo Cody. Greg Berlanti, Sarah Schechter e David Madden também servem à produção executiva.
A série original foi criada por Craig McCracken e ficou no ar durante seis temporadas. A trama girava em torno de três meninas superpoderosas, que foram criadas acidentalmente pelo Professor Utônio. Ainda não há previsão de lançamento.