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Morre Jô Soares, ícone do humor brasileiro, aos 84 anos

Artista estava internado em São Paulo, no Hospital Sírio Libanês, e teve a morte confirmada pela ex-esposa

05.08.2022, às 08H09.
Atualizada em 05.08.2022, ÀS 09H13

Um dos mais talentosos artistas da TV brasileira, José Eugênio Soares, o Jô Soares, morreu na madrugada desta sexta-feira (5), em São Paulo, onde estava internado no hospital Sírio Libanês. Nascido no Rio de Janeiro, em 16 de janeiro de 1938, teve sua morte confirmada pela ex-esposa Flavia Pedras.

Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados”, disse Flavia em mensagem no Instagram. “Assim, aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida. A vida de um cara apaixonado pelo país aonde nasceu e escolheu viver, para tentar transformar, através do riso, num lugar melhor.”

Mais conhecido nas últimas décadas por seus programas de entrevistas na TV Globo e no SBT, teve uma longa carreira como ator, comediante, roteirista, escritor (foram 10 livros publicados, com alguns best sellers), diretor e músico. Mas foi na televisão onde se tornou famoso e um dos queridinhos dos telespectadores brasileiros.

Começou sua carreira na TV na Praça da Alegria, ainda nos anos 1950, e passou por programas de comédia históricos como Família Trapo, Faça Humor Não Faça Guerra, Satiricom e Planeta dos Homens. Mas o grande sucesso veio com seu programa próprio, o Viva o Gordo, que ficou no ar por quase sete anos na TV Globo.

Em 1988, foi para o SBT, onde começou o icônico programa de entrevistas Jô Soares 11 e meia, que ficou no ar por 12 anos. em 2000, voltou para a Globo para um show similar, o Programa do Jô, onde trabalhou por mais 16 anos. Seu último trabalho na televisão foi em um programa de comentários na Fox Sports em 2018, durante a Copa do Mundo da Rússia.

Como escritor, a sátira de Sherlock Holmes O Xangô de Baker Street (1995) se tornou sua obra mais famosa, sendo adaptada para o cinema em 2001 - no filme, Jô atuou no papel do Desembargador Coelho Bastos. Outros títulos inlcuem A Copa Que Ninguém Viu e a Que Não Queremos Lembrar (1994) e O Homem Que Matou Getúlio Vargas (1998).

Já no cinema, Jô atuou em obras como O Homem do Sputnik (1959), Pluft - O Fantasminha (1965), A Mulher de Todos (1969) e O Pai do Povo (1976), este último também seu único filme como diretor.

Jô foi casado três vezes: com as atrizes Therezinha MilletSilvia Bandeira e com a designer gráfica Flavia Pedras. O seu único filho, Rafael Soares, morreu em 2014.