O painel de encerramento do Star Wars Celebration neste domingo tratou dos filmes derivados da saga - ou, como a presidente da Lucasfilm, Kathleen Kennedy chamou, "filmes de antologia". "Esses filmes são essencialmente Star Wars, mas com tons e escalas diferentes, para explorar histórias em locais e tempos diferentes dentro do universo", diz.
Gareth Edwards, o diretor do primeiro longa derivado da saga principal, Star Wars - Rogue One, foi chamado ao palco e apresentou cenas de testes do filme que estreia em 16 de dezembro de 2016. Como as filmagens ainda não começaram, o material mostrado se resume a computação gráfica - mas já revela bastante.
Começa com a voz de Alec Guinness, o Obi-wan: "Cavaleiros jedi foram os defensores da galáxia por gerações, antes das trevas, antes do império", diz o texto tirado de Uma Nova Esperança. A câmera passa por uma mata cerrada, lá em cima passa um caça Tie-Fighter, a câmera sobe e revela a Estrela da Morte no céu azul, como uma lua gigantesca.
Como se especulava, a trama de assalto do filme vai, de fato, tratar da tentativa de roubo dos planos da Estrela da Morte. Um grupo de pilotos enfrenta a missão de suas vidas a tentar buscar o projeto da arma espacial; não há jedis no filme, que se passa pouco antes da trama do Episódio IV.
Os jedis ainda estão supostamente extintos nesse filme. "A ausência dos jedi é sentida o tempo todo porque pessoas comuns precisam obter esses planos e devolver a esperança à galáxia", diz Edwards. Existe a possibilidade de essa trama conversar com Star Wars Rebels, com membros da Aliança Rebelde em formação. "Nosso filme é o cinza que leva à luta do Bem contra o Mal, o branco e o preto, no Episódio IV", diz Edwards.
A protagonista Felicity Jones viverá uma soldado rebelde. Artes conceituais mostram soldados correndo na chuva e vestimentas de rebeldes. A palavra de ordem é realismo, no retrato da vida dos soldados, com emoções "reais" e nada de "gente durona o tempo todo, mas soldados com medo e senso de humor", explica o diretor. Um teaser encerra o painel com um áudio de rádio, com gritaria, tiros e gente morrendo.
O diretor de fotografia será o mesmo A Hora mais Escura, para emular o visual de filme de guerra. Integrantes das equipes de efeitos visuais de O Resgate do Soldado Ryan e Falcão Negro em Perigo fazem parte da produção, assim como "o cara de som que fez Além da Linha Vermelha", diz Edwards.
A ideia do filme foi sugerida por John Knoll, diretor criativo da Industrial Light & Magic, e é um dos primeiros projetos tocados por Kathleen Kennedy depois de ter assumido a presidência da Lucasfilm. Infelizmente, a presença de Josh Trank, diretor do segundo longa de "antologia" da saga, previsto para 2018, foi cancelada no último instante na Celebration porque Trank estaria doente. Assim, o painel ficou mesmo só com informações de Rogue One.
No universo de Star Wars, Rogue 1, ou Líder dos Rogues, era o piloto mais habilidoso do Esquadrão Rogue (também chamado Esquadrão Desordeiro no Brasil), a equipe de elite de pilotos da Aliança Rebelde. Ao longo dos anos, vários personagens ocuparam o posto de Rogue 1; os mais famosos são os dois primeiros, Luke Skywalker e Wedge Antilles (piloto que deu o disparo que destruiu a segunda Estrela da Morte). Antilles é celebre por ser o único piloto da Aliança a sobreviver aos ataques às duas Estrelas da Morte.
Filme terá tom sombrio, segundos artes conceituais
Antes de Rogue One, Star Wars - O Despertar da Força será lançado em dezembro de 2015, com direção de J.J.Abrams e a volta de John Williams na trilha sonora.