[Atenção: como o próprio título sugere, o texto a seguir contém spoilers de Star Wars: A Ascensão Skywalker. Logo, se você ainda não viu o filme, guarde esse texto para mais tarde]
Por ter a responsabilidade de encerrar a saga iniciada em 1977 com Uma Nova Esperança, não é de se surpreender que Star Wars: A Ascensão Skywalker termine justamente com uma referência ao filme que deu o pontapé à ópera espacial. Vencida a guerra contra Palpatine e a chamada Ordem Final, Rey e BB-8 vão até Tatooine para depositar os sabres de luz de Leia e Luke Skywalker, os grandes mentores da Jedi.
Diante da casa onde seu mestre cresceu, Rey se depara com uma senhora que estranha a sua presença. “Há muito tempo não vejo ninguém por aqui. Quem é você?”, questiona a mulher. Rey, então, revela seu nome, mas a resposta não é suficiente. “Rey de que?”, insiste a personagem.
A explicação mais simples seria dizer “Palpatine”, afinal a jovem descobriu no Episódio IX que é, na realidade, neta do Darth Sidious. Porém, a pergunta faz com que Rey veja ao horizonte os irmãos Skywalker, ambos com olhares orgulhosos. Por isso, em vez de ser pragmática, naquele momento ela escolhe sua família e se declara também uma Skywalker. A Jedi, então, caminha pelo deserto com o droide, enquanto encara as características sóis do planeta onde os fãs encontraram Luke pela primeira vez.
Lucasfilm/Divulgação
As jornadas de Rey e Luke são espelhadas desde o princípio. Assim como o Jedi que trouxe esperança para a galáxia, a personagem da Daisy Ridley começa sua história como apenas mais uma jovem solitária, sem muita perspectiva de futuro, em um planeta árido. Com o auxílio de mestres e amigos que encontrou pelo caminho, ela domina a Força e se torna um símbolo de resistência contra o autoritarismo. Com tantos paralelos estabelecidos, nada mais justo que o encerramento do arco de Rey tenha esse aceno ao herói vivido por Mark Hamill.
Mas, mais do que isso, a decisão da personagem de ignorar sua árvore genealógica e adotar para si o Skywalker é uma clara homenagem ao legado deixado pela criação de George Lucas. Nos mais de 40 anos de franquia, o sobrenome foi sinônimo de esperança. Tal qual a jovem de Jakku.
Star Wars: A Ascensão Skywalker já está em cartaz nos cinemas.