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Quando Thor enfrentou o Ragnarok nas HQs

Relembramos as duas principais sagas do fim do mundo asgardiano

16.10.2017, às 17H48.
Atualizada em 16.07.2019, ÀS 15H48

Na mitologia nórdica, que a Marvel aproveitou na criação de Thor, o Ragnarok é um apocalipse cíclico que representa a ruína e a renovação das coisas. É um evento que vem acompanhado de cataclismas pontuais, e isso já foi levado aos quadrinhos tanto de forma literal quanto em Ragnaroks mais bagunçados. Antes da estreia de Thor: Ragnarok, relembramos as duas principais vezes em que o Deus do Trovão tentou impedir o fim do mundo.

Primeiro, Hela

Dois personagens que estarão no filme, Hela e Surtur, têm participação fundamental no Ragnarok. Hela havia sido criada em 1964 e nunca teve uma grande saga como protagonista, mas a vilã sempre aparece em momentos cruciais, com sua capacidade de transitar entre o mundo dos vivos e dos mortos, e ela é vista como uma figura importante para equilibrar vida e morte, embora sempre viva tentando Thor e Odin com o Valhalla e ameaçando roubar suas almas.

O poder de Surtur

Em 1966, na história "To End in Flames!", Odin é colocado para dormir no Mar da Noite Eterna por um plano de Loki, que queria tomar Asgard. Aprisionado por Odin, o demônio de fogo Surtur finalmente consegue escapar e decide destruir todo o universo, começando por Asgard. A edição #177 de Thor é boa para entender do que Surtur é capaz e o que move Hela - ambos têm papel central quando as condições para o Ragnarok se alinham.

Só desastre

O primeiro Ragnarok de fato transcorreu em 1978, de Thor #272 a #278. Começa com a morte de Balder, o Bravo, é seguido por um inverno sem fim, e depois por eventos cataclísmicos como lobos gigantes devorando sóis e luas (o que joga os nove reinos da escuridão), um terremoto destruindo Midgard, inundações, incêndios de Surtur. São ameaças e destruição de todos os lados, basicamente.

Sacrifício e profecia

As HQs de 1978 lidam com as ameaças (Hela, Loki, Surtur, o lobo Fenris, gigantes de pedra, a serpente gigante de Midgard) a partir da morte de Balder. No caminho sucedem vários sacrifícios heroicos, como o de Odin. A trama envolve ainda a derrota de Thor nas mãos de Loki e de um personagem novo, um humano chamado Roger Norvell, que vai a Asgard e desafia Odinson para se tornar o novo Thor, e vira um Thor ruivo. A participação desse personagem é crucial na resolução de uma das profecias, que diz que o filho de Odin será sacrificado no Ragnarok.

Red Norvell e o Ragnarok reunido

A apresentação de Roger "Red" Norvell como o Thor ruivo é um dos legados para o Universo Marvel deixados pelo Ragnarok de 1978. Embora esse Thor substituto tenha morrido para cumprir a profecia, seu espírito foi ao paraíso nórdico, e de lá Odin o resgata em outras histórias, particularmente quando decide que Odinson não é digno do trono, numa HQ de 1994. Em 2011, a Marvel lançou um encadernado chamado Thor Ragnarok que juntava aquelas edições de 1978.

Loki e o novo Ragnarok

Em 2004, Thor enfrentou o Ragnarok de novo, numa preparação para o evento Vingadores: A Queda. A trama desta vez envolve outras reviravoltas. Loki acha a forja que os anões usaram para criar o Mjolnir e se junta a Surtur para criar vários outros Mjolnir. Em seguida, pega o navio de Hela (todo feito de ossos de mortos) e parte para o ataque, matando todo mundo que se opõe, basicamente com exceção de Thor.

Ajudinha

Derrotado por Loki, resta a Thor apelar para a ajuda dos Vingadores, e Capitão América e o Homem de Ferro se metem na briga. Embora tenha essas mudanças, a HQ segue as profecias clássicas, como a morte de Balder e a libertação do lobo Fenris. A coletânea do Ragnarok de 2004, com as edições #80 a #85, se chama Avengers Disassembled: Thor.

Pós-Ragnarok

Como o próprio nome diz, o Ragnarok de 2004 era uma preparação para Vingadores: A Queda, em que a trinca principal do grupo - Capitão América, Homem de Ferro e Thor - se desfaz. Ao final do Ragnarok, Thor entra em período de hibernação. Ele só voltaria a integrar uma equipe de Vingadores em 2010, quando o grupo em si foi relançado por Brian Michael Bendis e John Romita Jr. na chamada Era Heroica.