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Créditos da imagem: CW/Divulgação

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Episódio emocionante respeita legado e encerra Arrow após oito anos

Retornos, homenagens e muita ação marcam final de uma das séries de super-herói mais importantes do gênero

29.01.2020, às 12H10.
Atualizada em 29.01.2020, ÀS 12H35

Após oito temporadas, três séries derivadas – por enquanto – e a criação de um universo compartilhado na TV, Arrow encerrou sua jornada na última terça-feira (28), com a exibição do episódio “Fadeout” nos Estados Unidos. Cheio de homenagens ao legado da produção, o último capítulo proporcionou uma despedida emocionante e ao mesmo tempo cheia de ação para a série.

[Spoilers de “Arrow – Fadeout” a seguir]

Embora tenha sido feito pensando nos fãs de longa data de Arrow, o finale começa trazendo consequências do crossover Crise nas Infinitas Terras, quando Oliver (Stephen Amell) se transformou em Espectro e se sacrificou para reiniciar o universo.Além das consequências já expostas no próprio especial, a série que deu origem ao Arrowverse revela ainda que Arqueiro usou suas últimas forças para desfazer alguns fatos marcantes de sua história, como as mortes de Moira Queen (Susanna Thompson), Quentin Lance (Paul Blackthorne) e Tommy Merlin (Colin Donnell) e acabar de vez com o crime dentro dos limites de Star City.

Mesmo que sirvam como uma bela homenagem às perdas sofridas por Oliver em sua “missão interminável”, as voltas dos personagens vêm com razões diferentes – enquanto Moira e Tommy são puxados de um universo paralelo, Quentin é apenas “ressuscitado” -, tornando essa parte específica da trama um pouco sem sentido, especialmente para quem não acompanhou o crossover.

Felizmente, o restante de “Fadeout” transcorre de forma mais coesa. Com os preparativos para o velório de Oliver, alguns rostos conhecidos como Roy (Colton Haynes), Thea (Willa Holland) e Curtis (Echo Kallum) se reúnem em Star City para homenagear o herói, ao mesmo tempo em que Sara (Caity Lotz) traz Mia (Katherine McNamara) de 2040 para poder se despedir do pai.

Ainda em negação quanto à morte do amigo e ao fim dos crimes em Star City, Diggle (David Ramsey) tem suas dúvidas confirmadas quando William (Jack Moore), filho de Oliver, é sequestrado, fazendo com que todos os membros que já participaram da Equipe Arqueiro – incluindo Rory/Retalho (Joe Dinicol) – partam em busca do garoto. Embora sirva como um momento de autoafirmação para Mia, o crime parece forçado e é apenas uma justificativa para que os heróis voltem a agir como um time.

A ação de verdade, proporcionada nos flashbacks que retomam acontecimentos da primeira temporada de Arrow, é a grande homenagem ao passado do programa. Com dois planos sequências seguidos muito bem coreografados, a cena é uma das mais violentas (embora não mostre uma gota de sangue) e divertidas da série, relembrando o espírito impiedoso de Oliver quando a produção estreou em 2012.

Embora o discurso final de John tenha sido concebido como o pico emocional de “Fadeout”, a despedida do herói no crossover faz as palavras de Dig parecerem repetitivas. Porém, há outros bons diálogos do episódio, especialmente quando Laurel, em uma crise existencial ao ver tantos entes queridos de Oliver de volta, confessa a Quentin não entender por que o herói escolheu mantê-la viva ao invés de ressuscitar sua contraparte da Terra-1.

Mais uma vez, Katie Cassidy brilha na pele da versão durona Canário e, mesmo às lágrimas, é claro o quanto sua performance melhorou com a mudança da personagem. Além disso, a dinâmica da atriz com Blackthorne segue ótima, mesmo duas temporadas depois de seu último diálogo.

Outro ótimo momento é o encontro entre Mia e Felicity (Emily Bett Rickards). Por mais que a presença da esposa de Oliver tivesse um peso maior caso fosse mantida em segredo, o momento em que a mulher percebe que a filha pôde conhecer o pai e crescer ao lado de William é tocante e o sorriso de McNamara ao perceber o orgulho da “mãe” é o ponto alto do episódio ao lado da cena de ação já citada.

No geral, “Fadeout” peca pelo excesso – de participações, despedidas e reuniões um tanto forçadas -, mas presta uma boa homenagem à mitologia televisiva da DC criada por Arrow. Com uma série de referências que abrem portas para o futuro de seus personagens, a produção encerra seus oito anos com um episódio sólido, emocionante e memorável.

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