Depois de meses de expectativa, James Gunn e Peter Safran, os co-CEOs da DC Studios, anunciaram as primeiras 10 produções do novo DCU, entre as quais o reboot de Superman, um projeto focado em Batman & Robin e até um filme do Monstro do Pântano.
Condensado em capítulos, o novo universo compartilhado dá seu pontapé com o Capítulo 1: Deuses e Monstros, na qual já pretende apresentar uma visão de universo unificada, abarcando tanto filmes, quanto séries, conforme revelou Gunn em vídeo.
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Os chefões do estúdio garantem que este é só o começo, inclusive do Capítulo 1, porque haverá mais produções.
Confira todos os títulos revelados a seguir:
CREATURE COMMANDOS (SÉRIE DE TV)
O projeto que inaugura o DCU é a série animada do Comando das Criaturas, produção inspirada no quadrinho que apresentou ao universo da editora vampiros, zumbis e lobisomens. Velhos conhecidos dos fãs darão as caras por lá, como o Doninha, do novo Esquadrão Suicida, além de figuras inéditas, como é o caso da Noiva do Frankestein, a protagonista do projeto. Os demais personagens confirmados são: Rick Flag Sr., Nina Mazursky, Dr. Phosphorus, Eric Frankenstein e G.I. Robot.
A trama terá ecos de Esquadrão Suicida, já que a premissa parte da Amanda Waller novamente reunindo uma equipe inusitada, dessa vez formada apenas por monstros. Mas, de acordo com Safran, "os roteiros são incríveis". Então, se prepare para surpresas!
O detalhe mais interessante do projeto é o fato de que a animação dará origem a um live-action, que por sua vez levará novamente para a animação. Essa dinâmica de vai-e-vem entre mídias poderá ser replicada com os demais projetos em animação no futuro, segundo Gunn. Mas, ao menos no caso do Comando das Criaturas, a ideia é que o elenco de dubladores também estrele o live-action. Ou seja, Sean Gunn já tem presença garantida no futuro do DCU.
Serão sete episódios no total, todos assinados por Gunn. A série já está em produção.
WALLER (SÉRIE DE TV)
O derivado focado em Amanda Waller permanece nos planos do DCU, confirmando o retorno da atriz Viola Davis ao papel. A série será lançada no intervalo entre a primeira e a segunda temporada de Pacificador, já que Gunn esteve ocupado escrevendo Comando das Criaturas e o novo Superman. Mas, detalhe interessante, ela terá os os mesmos atores da sua série-mãe. "É uma continuação de Pacificador", informou o co-CEO.
Waller terá roteiro de Chrystal Henry, de Watchmen, e Jeremy Carver, de Patrulha do Destino.
SUPERMAN LEGACY (FILME)
Depois do que a dupla chamou de "aperitivo", o DCU levará novamente o Homem de Aço para os cinemas. Intitulado Superman Legacy, o novo longa não será uma história de origem, como já fora adiantado meses atrás. "[O filme] foca no Superman equilibrando sua herança kriptoniana com sua criação humana", descreveu Safran. "Ele personifica a Verdade, a Justiça e o American Way. Ele é a bondade em um mundo que a considera antiquada".
Um dos poucos projetos com data definida, o longa tem previsão de estreia para 11 de julho de 2025. O projeto segue sem diretor, mas Safran diz querer persuadir Gunn para assumir a cadeira.
LANTERNS (SÉRIE DE TV)
Um dos projetos mais aguardados pelos fãs, a série dos Lanternas Verdes finalmente vai sair do papel. No entanto, não se trata da história idealizada por Greg Berlanti, que teria Finn Wittrock e Jeremy Irvine. Na realidade, em vez de ir para um lado ópera espacial, como era o plano originalmente, Lanterns terá um tom mais na linha de True Detective, com Hal Jordan e John Stewart lidando com mistério aqui na Terra.
"É um evento gigantesco com qualidade de HBO. Já está em desenvolvimento", afirmou Safran. "[A produção] tem um papel importante dentro da grande história que estamos contando nos nossos filmes e séries".
THE AUTHORITY (FILME)
O DCU vai incorporar personagens do selo Wildstorm com The Authority, longa baseado nos quadrinhos de Warren Ellis e Bryan Hitch do final dos anos 1990. Diferentemente de figuras como o Superman, estes são personagens dispostos a cumprir a missão independentemente dos meios necessários, e essa área cinzenta da sua índole certamente dará as caras no novo universo compartilhado.
"O DCU não terá só a história de heróis e vilões, e nem todo filme e série será sobre o bonzinho contra o malvado", explicou Gunn. "[...] Há [também] anti-heróis e pessoas muito questionáveis, como The Authority, que basicamente acredita que você não consegue consertar o mundo de uma maneira fácil, e resolvem as coisas pelas próprias mãos".
Muito conectada ao Superman, The Authority é um exemplo da estratégia por trás do DCU: "usar as propriedades mais aclamadas para lançar outras menos conhecidas", disse Gunn, comparando o movimento ao que ele fez com Guardiões da Galáxia. "Eu sei que é uma ideia espetacular para um filme e com uma abordagem completamente diferente dos super-heróis".
PARADISE LOST (SÉRIE DE TV)
Enquanto o destino de Mulher-Maravilha 3 parece incerto, as amazonas ganharão destaque no DCU com a série Paradise Lost. Ambientada em uma Themiscyra anterior ao nascimento de Diana Prince — ou seja, nada de Gal Gadot —, a produção explorará as intrigas políticas com uma pegada à la Game of Thrones.
Além disso, Paradise Lost explorará a origem desta ilha, habitada apenas por mulheres. "Quais são as verdades belas e feias por trás disso tudo? E como são os jogos de poder entre os diferentes players desta sociedade?", desenvolveu Gunn.
Apesar da ausência da Mulher-Maravilha, o título da produção pode sugerir uma adaptação livre das HQs Paradise Island Lost, de Phil Jimenez e George Pérez, que retrataram uma guerra civil em Themiscyra. Vale notar, porém, que nem Gunn, nem Safran mencionaram os quadrinhos neste primeiro momento.
THE BRAVE AND THE BOLD (FILME)
À parte do universo do Homem-Morcego do diretor Matt Reeves — que, vale ressaltar, está fora dessa continuidade —, o DCU adaptará em filme a fase aclamada de Grant Morrison à frente de Batman & Robin e Corporação Batman. Intitulado The Brave and the Bold, o longa introduzirá a Bat-família, incluindo o filho do herói, "o nosso Robin preferido, Damian Wayne, um assassino filho da mãe", definiu Gunn.
Na trama, o Batman não soube da existência de Damian por quase uma década da sua vida e, por isso, The Brave and the Bold é uma "história muito estranha entre pai e filho", segundo o co-CEO. A produção ainda está em desenvolvimento, e a busca pelo ator para o papel do herói está em andamento.
BOOSTER GOLD (SÉRIE DE TV)
Adorado entre os fãs de quadrinhos, o Gladiador Dourado terá sua própria série na HBO Max, um projeto que promete ser a comédia assumida do DCU. Segundo Safran, a produção acompanha "um perdedor do futuro que usa tecnologias básicas do futuro para voltar para o presente e fingir ser um super-herói". Ou, como Gunn bem disse, "a síndrome de impostor como um super-herói".
Nas HQs, Mike Carter é uma antiga estrela do futebol americano do século XXV que usa uma máquina do tempo em exposição no Museu do Espaço em Metropolis.
SUPERGIRL: WOMAN OF TOMORROW (FILME)
A Supergirl é outra personagem que terá destaque no DCU, com a adaptação da HQ Supergirl: A Mulher do Amanhã, assinada por Tom King e com artes da brasileira Bilquis Evely. Trata-se de uma viagem espacial acompanhando a heroína, um cachorro —Kripto — e uma jovem em busca de vingaba
Mas, segundo Gunn, a personagem pode ser "um tipo bem diferente" do que os fãs estão esperando. "No nosso DCU, vemos a diferença entre o Superman, que foi enviado à Terra e criado por pais carinhosos desde a infância, e a Supergirl, que foi criada em um pedaço de rocha de Kripton e viu todos à sua volta morrerem ou serem assassinados nos primeiros 14 anos da sua vida". Gunn chegou a usar o termo "hardcore" para defini-la.
SWAMP THING (FILME)
O Monstro do Pântano também terá um filme para chamar de seu, investigando as origens sombrias do personagem e, portanto, indo mais em direção ao horror. "Este é um filme bem mais de terror, mas veremos o Monstro do Pântano interagindo com outros personagens", explicou Gunn.
Tanto ele, quanto Safran usaram o longa como exemplo de como o DCU, embora um universo coeso em si mesmo, terá variedade de tons. "Cada cineasta trará sua própria estética para os filmes, e o mais divertido será ver como esses trabalhos tão diferentes em termos de tom vão se encontrar no futuro".