Embora Cannes tenha selecionado oficialmente apenas um longa-metragem brasileiro para suas mostras competitivas – no caso Gabriel e a Montanha, de Fellipe Gamarano Barbosa, com sessão neste domingo (21) na Semana da Critica –, existem produções nacionais tentando sua sorte aos olhos dos distribuidores e exibidores estrangeiros nas alas de negócios do festival francês, reunidas na seção chamada Marché du Film.
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Entre dezenas de títulos ali reunidos, encontra-se uma promessa de sucesso pilotada por uma jovem diretora que virou sinônimo de blockbuster: Julia Rezende, que trouxe ao balneário uma versão para uma peça de Fernando Ceylão, uma comédia criminal sabor irmãos Coen chamada Como é Cruel Viver Assim. Filmada em 2016, a produção vem sendo encarada no Brasil como uma virada na carreira da cineasta, que vendeu 5,8 milhões de ingressos com a franquia Meu Passado me Condena.
“A peça do Ceylão tem diálogos muito potentes que eu me permitem investigar onde comédia e drama se tocam”, diz Rezende, que conquistou fãs na internet com a love story Ponte Aérea (2015), um objeto de culto entre jovens cinéfilos.
Com um olhar sobre o lado loser da vida, Como é Cruel Viver Assim é estrelado por Marcelo Valle, Fabiula Nascimento, Silvio Guindane e Debora Lamm. Esses quatro desvalidos se unem para sequestrar um milionário, mas eles não têm nenhuma experiência com crimes nem noção do que essa operação pode envolver. O elenco também conta com Paulo Miklos, Otávio Augusto, Milhem Cortaz e Marcius Melhem.