Não só de polêmicas sobre violência vive Coringa. Martin Scorsese colocou lenha em outra fogueira ao argumentar, durante entrevistas para promover O Irlandês, que os longas produzidos pelo Marvel Studios não seriam “cinema”.
Considerando que o filme da Warner Bros. comandado por Todd Phillips tem entre seus produtores Emma Tillinger Koskoff, parceira de longa data de Scorsese (que assina inclusive a produção de O Irlandês), o comentário do cineasta carrega uma rivalidade já conhecida dos fãs de Marvel e DC. Nesse sentido, Coringa é cinema, mas Vingadores: Ultimato não.
Segundo Scorsese, os atores não conseguem, apesar de todo o seu esforço, passar uma experiência emocional e psicológica para os espectadores. Apesar de bem-feitos, os longas da Marvel estariam mais próximos de atrações de parques de diversão. O comentário lembra a nada simpática opinião de James Cameron sobre filmes de heróis: “Espero que a fadiga de filmes de 'Vingadores' chegue rápido. Não é que eu não ame os filmes. É só que, por favor, existem outras histórias para contar, que não são sobre machões sem família fazendo coisas que desafiam a morte por duas horas sem parar, e destruindo cidades no processo".
Já quando Vingadores: Ultimato, o filme que encerrou a chamada Saga do Infinito do universo cinematográfico da Marvel, superou Avatar, Cameron foi mais otimista, declarando que o recorde lhe dava esperança: "É a prova de que as pessoas ainda vão ao cinema", explicou. "O que mais me assustava em fazer Avatar 2 e Avatar 3 era que o mercado poderia ter mudado tanto que não seria mais possível deixar as pessoas tão empolgadas para ir para uma sala escura com um monte de estranhos e assistir a algo". Ultimato ultrapassou a bilheteria de Avatar em julho de 2019. O longa contabiliza US$ 2,79 bilhões no mundo todo, enquanto o épico ambientado em Pandora somou US$ 2,78 bilhões durante o período que esteve em cartaz, em 2009.
Debatemos toda a polêmica no vídeo acima, abordando também outras novidades da semana, como a informação de que J.J. Abrams estaria trabalhando em um novo filme do Superman e o anúncio de que Kevin Feige vai levar a fama do Marvel Studios para LucasFilm, com o produtor desenvolvendo um novo filme de Star Wars.