Vicky Krieps e Louis Garrel em Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan (Reprodução)

Créditos da imagem: Vicky Krieps e Louis Garrel em Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan (Reprodução)

Filmes

Entrevista

Para Vicky Krieps, rainha e rei de Os Três Mosqueteiros tinham casamento aberto

Atriz se orgulha de mostrar força das mulheres do clássico de Alexandre Dumas

Omelete
3 min de leitura
20.04.2023, às 06H00.

Para Vicky Krieps, interpretar a rainha Anne em Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan foi um exercício de imaginação. Em entrevista ao Omelete, a atriz de Trama Fantasma e Corsage admitiu que, por suas cenas serem quase sempreno castelo, isolada do restante do elenco”, ela acabou resolvendo brincar com conceitos que não estavam no papel.

“O que tentei fazer, conscientemente, foi estabelecer um diálogo entre o rei e a rainha que seria mais moderno do que parece. Pensei comigo: e se a rainha, que parece ‘cometer um erro’ ao ter um caso fora do casamento, na verdade tivesse um relacionamento aberto com o rei? Como muitos casais fazem hoje em dia”, conta ela.

Para Krieps, abordar a história desse ponto de vista cria uma Anne mais forte dentro da história, e com uma dimensão mais profunda - ela não é só a rainha que está traindo o rei”. Funciona: suas cenas ao lado de Louis Garrel, que vive o mimado rei Luís XIII, estão entre as mais divertidas do filme.

Minha Anne é uma mulher que viveu uma vida de luxo, que na juventude pode ter ido a festivais e experimentado algumas drogas, e que vivia só flutuando por aí até encontrar o rei e formar uma ligação com ele. Eles são, ambos, adolescentes que nunca cresceram”, define a atriz.

Mulheres reais (e da realeza)

Curiosamente, o papel em Os Três Mosqueteiros caiu no colo de Krieps enquanto ela estava filmando outro longa em que interpretou uma monarca: Corsage, que a colocou no papel da imperatriz Elisabeth da Áustria, conhecida como Sissi.

Para mim, foi uma ideia divertida: eu acabei de interpretar uma imperatriz da Áustria, que na verdade era alemã de nascença, e logo depois fiz uma rainha da França, que nesse caso era realmente austríaca”, brinca Krieps. “Quando estava interpretando Sissi, já estava pensando em como interpretar Anne, lendo livros sobre ela e comparando as duas. Anne foi duas gerações antes de Sissi, então foi interessante perceber como os tempos mudaram da época de uma para a época de outra.

Vicky Krieps em Corsage (Reprodução)
Vicky Krieps em Corsage (Reprodução)

As duas personagens são também, essencialmente, mulheres que guardam grandes emoções por baixo de uma superfície plácida, por necessidade do papel que ocupam na sociedade. Descrição apta também, inclusive, para a Alma de Trama Fantasma, papel que revelou Krieps para o grande público.

Talvez esse realmente seja o tipo de papel pelo qual me atraio, e talvez sejam os trabalhos para os quais os diretores pensam em mim. Sinto que interpreto muitas personagens diferentes, mas essas são as que mais ficam na cabeça das pessoas”, comenta. “Gosto de interpretar esse tipo de mulher porque acredito que ser forte e não precisar alardear isso é uma qualidade muito feminina. Elas lutam, mas não precisam sair por aí falando da guerra.

Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan já está em exibição nos cinemas brasileiros.

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