Filmes

Entrevista

Jackass 3-D: Omelete Entrevista Johnny Knoxville

Líder do grupo fala com exclusividade ao Omelete

24.11.2010, às 02H54.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 14H11

Em conversa por telefone, o líder do grupo Jackass, Johnny Knoxville, falou sobre o terceiro filme da franquia, Jackass 3-D, que está em cartaz no Brasil.

E aí, tudo bem?

Jackass 3D

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Johnny Knoxville: Tudo bem e você?

Tudo bem aqui também. De onde você está falando agora?

Estou em Los Angeles, em Hollywood.

Vocês chegaram a vir ao Brasil enquanto gravavam a série de TV?

Wild Boys foi gravar aí. Eu nunca pude ir ao Brasil. Sempre quis, mas nunca rolou.

Era visível a alegria nos rostos de todo mundo em ter a turma toda reunida novamente. Por que vocês demoraram tanto entre o segundo e este?

Foi realmente muito divertido ver todo mundo junto de novo. Eu não sei o motivo. Nós nunca planejamos quando vamos fazer um Jackass. A gente vai e filma cada um como se fosse o último, e quando achamos que temos que fazer outro, vamos e fazemos. Vem mesmo da vontade geral de voltar e fazer mais um. Agora mesmo a gente não sabe se vai ou não fazer mais um.

E Jackass 3.5, vocês vão lançar nos cinemas ou só DVD mesmo?

Vai ser lançado em DVD e online entre janeiro e março. Ainda não sabemos a data.

E quanto mais de material vocês têm guardados para esta versão?

Temos muita coisa. Nós filmamos o suficiente para dois filmes. A gente ligava a câmera e não queria parar de filmar porque era muito divertido e muito desse material acabou ficando de fora da versão de cinema.

É uma linha muito tênue que separa o estúpido do genial. Como vocês decidem o que será mostrado?

É um processo de ver e ir editando o filme e ver o que funciona no quadro geral. Nós fomos montando o filme ao longo das filmagens e durante este tempo o filme passou por vários formatos e nós íamos procurando os quadros que se encaixassem melhor, tentando equilibrar entre pegadinhas, quadros perigosos, as partes nojentas, as proibidas para menores e musical. E também fomos prestando atenção para que cada um estivesse na tela em tempo próximo ao do outro. Todas essas coisas.

Onde vocês encontraram aquele cameraman que fica vomitando o tempo todo? Não é uma escolha muito esperta colocar um cara desses junto com vocês...

Lance Bangs! O cara é muito bom. Ele dirige videoclipes, comerciais, é amigo do Spike Jonze e recentemente fez um documentário sobre AIDS na África para a HBO. Ele geralmente fica filmando as cenas de bastidores para a gente. Ele participou dos três filmes. Mas ele tem um estômago fraco (risos).

E como foi a escolha da câmera Phantom, que faz aquele slowmotion fenomenal? É a primeira vez que vocês usam este tipo de tecnologia. Como vocês chegaram a esta escolha e como foi usá-la?

Nós começamos a usar a Phantom por causa de uma ideia que o [diretor Jeff] Tremaine teve para o quadro do "Rocky", em que alguém vem por trás do outro, joga água de um lado e dá o soco do outro com uma luva de boxe. A Red que estávamos usando para o 3-D só faz 250 quadros por segundo e não estava dando o efeito que queríamos. Foi aí que ouvimos falar da Phantom, que faz 1.000 quadros por segundo e permite a reprodução em super slowmotion. E quando vimos o resultado com "Rocky" ficamos maravilhados e começamos a usar em outros quadros. Daí acabamos filmando mais coisas com a Phantom do que com a 3-D. Nós adoramos a câmera. E, na verdade, eles acabaram construindo uma Phantom 3-D para a gente, que deve ser a coisa mais cara que já foi construída. E nós filmamos as coisas mais idiotas com ela.

(risos) Como vocês mesmos colocaram no trailer, "tem gente falando que o 3-D é o futuro do cinema", e daí vocês fizeram isso.

Pois é, nós pegamos a câmera mais cara que existe e filmamos um pinto de borracha sendo atirado por uma bazuca.

Por falar em coisas caras, quanto do orçamento do filme foi gasto em bolinhas de paintball?

(risos) Bolinhas de paintball? Isso até que é barato. Nós gastamos muito dinheiro foi comprando Aqua Lube, um lubrificante a base de água.

Qual foi o quadro mais caro?

Acho que a abertura e o encerramento do filme, com as explosões e tal. Outro que me lembro que saiu caro foi o Poo Cocktail Supreme, em que lançamos Steve O a quase 50 metros do solo, porque tivemos que construir aquele banheiro químico especial e ter os guindastes ali sendo controlados por pessoas especializadas. Acho que este foi um dos mais caros.

E o mais barato foi um que fizemos um dia que estava chovendo em Austin e não podíamos fazer nenhuma filmagem de exterior e Jeff e eu tivemos a ideia de pegar uns tubos de Super-bonder e deixar o pessoal fazer o que quisesse com eles. Cada tubinho custou, tipo, 1,50 dólar. Provavelmente foi a coisa mais barata que fizemos.

O quadro do High Five é o meu favorito. Qual o seu?

Eu também gosto muito do High Five. Eu já vi tantas vezes enquanto estávamos montando o filme e toda vez que vejo ainda dou risadas. E outra que eu gosto e também foi muito barata foi quando colocamos a língua de sogra no fiofó do Will the Farter e ele "assoprou". Aquilo ficou muito louco em 3D. Acho que este foi o mais barato de todos, porque uma língua de sogra deve custar uns dez centavos.

Quantas contusões sérias você sofreu durante as filmagens de Jackass 3-D?

Neste filme eu tive uma concussão, ombro deslocado, pontos na mão, e um dente meu foi quebrado pela bazuca do pinto de borracha. Na verdade, logo depois desta entrevista eu estou indo ao dentista para colocar um dente falso no lugar do que caiu.

Boa sorte!

Boa sorte!? (risos)

Nos filmes é normal ter companhias seguradoras que cobrem os prejuízos caso alguém se machuque durante as filmagens e isso atrase tudo. Existem seguradoras para um filme com este?

Na época da TV, a gente não tinha, mas daí as seguradoras viram que, na verdade, eles podiam ganhar muito dinheiro com a gente, e cobram caríssimo e nós acabamos pagando.

Jackass 3-D teve críticas bastante positivas em blogs e sites de cinema, mas não foi tão bem recebido assim pela velha mídia. Você vê isso como um reflexo da geração MTV, que está intimamente ligada hoje à internet?

Muitas pessoas da velha mídia são também velhos e não entendem muito bem o que fazemos e tudo bem com isso. Mas você está certo, quem está na nova mídia são pessoas mais jovens, que têm mais a ver conosco. Mas sei lá, não fico pensando muito nas críticas. Não é parte do nosso trabalho. A gente só faz Jackass para fazer as outras pessoas darem risada.

Você tem dois filhos. Você já teve a discussão de quando eles poderão ver a série ou os filmes?

Minha filha tem 14 anos e a deixei ver Jackass 3-D, mas fiz com que ela se sentasse do meu lado no cinema, e a fiz prometer que quando fosse acontecer alguma coisa e eu falasse vira para lá, ela ia virar, fechar os olhos e colocar os dedos nos ouvidos. Durante a sessão eu fiz com que ela se virasse e tapasse os ouvidos umas cinco vezes - tirando isso, deixei que ela visse tudo.

Saiba as salas onde Jackass 3D está sendo exibido

Assista a três cenas de Jackass 3-D

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