Mirkwood, romance lançado em janeiro nos EUA que ficcionaliza a vida de J.R.R. Tolkien, vai virar filme.
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A EMO Films fechou um acordo com o autor Steve Hillard para produzir e financiar o longa-metragem. A parceria só é possível porque Hillard conseguiu, em fevereiro, chegar a um acordo com os familiares de Tolkien, que queriam impedir a publicação do livro.
Em Mirkwood, o renomado escritor e linguista que criou O Senhor dos Anéis é portador de documentos secretos que, em mãos erradas, podem provocar imenso mal. São papéis que falam de uma heroína, uma metadília chamada Ara, que vivia no universo antigo que serviu de inspiração para a criação da Terra-média.
No livro, Tolkien confia os documentos a um afiador de tesouras, Jesse Grande, que quatro décadas depois está desaparecido. Quem encontra os papéis é a neta órfã do afiador, Cadence - que agora precisa proteger a história de Ara das forças das trevas.
Hillard conseguiu publicar o livro ao recorrer à Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que defende a liberdade de expressão, com a justificativa de que a sua versão ficcional configurava crítica literária. O espólio de Tolkien consentiu com a publicação desde que Hillard avisasse na capa do livro que Mirkwood "é um trabalho de ficção que não é endossada nem conectada com o espólio de J.R.R. Tolkien nem seus editores".
"A Adaptação de Mirkwood vai seguir os moldes do romance, mas se aprofundar muito mais no pouco conhecido passado de Tolkien, desde seus planos de tornar-se um decifrador de códigos durante a Segunda Guerra até o processo de criação de suas obras mais célebres", disse Hillard ao Hollywood Reporter.