Ryan Reynolds voltou a falar sobre o longa solo de Deadpool, atualmente em produção na 20th Century Fox. Em entrevista ao Los Angeles Times, repetiu que não será um filme de super-heróis como os demais.
"Deadpool vai numa direção que os filmes de super-heróis normalmente não tomam. Lida com muita sujeira emocional. É como se Barfly fosse um filme do gênero, movendo-se pelo mundo de uma pessoa emocionalmente em frangalhos", disse Reynolds, citando o filme de 1987, estrelado por Mickey Rourke, que ficcionaliza os dias de bebedeira do poeta Charles Bukowski em Los Angeles.
Ryan Reynolds
"Com Deadpool, é como encarar o seu primeiro dia numa prisão. Você tem que entrar e surrar o maior cara disponível para estabelecer a sua reputação. É essencial estabelecer essa moral flexível no começo. Vamos perder parte do público logo de cara, mas temos que manter a aposta e eventualmente conquistar de volta esses espectadores. Fãs do personagem já sabem como ele é, mas temos que tentar buscar uma audiência maior."
Reynolds reitera esse aspecto da personalidade do mercenário falastrão: "Os roteiros dos quadrinhos são bem inconsistentes. Muitos escritores, vozes diferentes, mas na essência do personagem existe esse apelo emocional. Ele não experimenta todo o espectro de emoções humanas como uma pessoa normal. Ele é o cara mais engraçado que você conhece, isso é empolgante, mas [trabalhar o humor] é mais fácil do que capturar essa complexidade moral, que é muito importante".
O roteiro de Deadpool foi escrito por Rhett Reese e Paul Wernick (dupla de Zumbilândia) e não tem cronograma de filmagem ainda. Uma proposta foi feita a Robert Rodriguez, mas ele ainda não decidiu se ficará com a direção.