Desde a revelação de Call of Duty: Infinite Warfare como um jogo de tiro com elementos de ficção científica e ambientado no espaço, ficou a dúvida: como tudo isso se encaixaria em seu consagrado modo multiplayer? Para solucionar essa dúvida, a Infinity Ward jogou seguro e, embora exista um lado sci-fi e moderno nas partidas do CoD deste ano, a sensação de jogá-lo ainda é bem familiar.

É um jogo de tiro futurista, mas ainda é "das antigas", como a desenvolvedora fez questão de frisar ao apresentar o multiplayer durante o dia de imprensa da Call of Duty XP, evento inteiramente voltado à franquia realizado nos Estados Unidos a partir desta sexta-feira (2). "Queríamos um jogo que fosse Call of Duty na essência, e que as pessoas pegassem e soubessem jogar", explica Jordan Hirsh, diretor de projeto para o multiplayer de Infinite Warfare.

Na prática, isso significa mais um jogo de tiro no qual os soldados parecem super-heróis, movendo-se freneticamente pelo mapa, capazes de correr pelas paredes. A base da movimentação é CoD: Black Ops 3, que, de acordo com o próprio Hirsh, é a ideal para Infinite Warfare"Jogamos pela primeira vez em uma cópia inicial de desenvolvimento e vimos que ela o correto para começar, de acordo com o jogo que queríamos fazer. A movimentação de Advanced Warfare era divertido, mas ficava difícil controlar os mapas", opinou.

O que Infinite Warfare tenta mudar é a dinâmica das partidas, incentivando o trabalho em equipe para jogadores acostumados a batalhar sozinhos. Para tal, a ideia principal é recompensar diferentes estilos de jogo, o que acabou levando à criação das rigs, "classes de personagem" com uma arma e habilidades únicas. São elas:

  • Merc: soldado voltado para a defesa, com armamento pesado. Sua arma especial, Steel Dragon, solta rajadas de energia que buscam inimigos próximos;
  • FTL: mais experimental, focado em combate de guerrilha. Sua ideia é entrar no combate, causar dano e sair. Entre as suas habilidades está Perception, que avisa quando um inimigo está mirando em vocë;
  • Stryker: soldado mais voltado ao suporte. Uma de suas melhores habilidades é o Trophy Drone, que acompanha o personagem e o defende de granadas;
  • Warfighter: a classe-padrão que mais se assemelha a um soldado clássico de Call of Duty. Bom para combates a média-distância. Sua arma especial, Claw, dispara balas que ricocheteiam pelo mapa;
  • Phantom: mais voltado para combate de longa distância, tem as características de um franco-atirador. A habilidade de destaque é Rearguard, que ativa um escudo em suas costas;
  • Synaptic: um robô voltado para combate rápido e a curta distância, capaz de deslizar pelo mapa.

Classes diferentes e habilidades específicas, outra "moda" nos jogos de tiro, não são mais novidade para Call of Duty e seus especialistas em Black Ops 3. Mas, ao contrário do game do ano passado, Infinite Warfare é mais flexível, diminui o impacto direto de suas classes no campo de batalha ao tratá-las como apenas mais uma parte das enormes opções de customização de armas e equipamentos.

As rigs, assim como os loadouts, podem ser trocadas no meio da batalha e customizadas fora dela, com suas próprias perks e equipamentos. Respeitando o legado estabelecido por Modern WarfareIW investe pesado na possibilidade de criar classes únicas, de acordo com o estilo de cada jogador. "No começo, pensamos em um sistema mais fechado de classes. Mas depois, recuamos, permitindo que você pegasse um arquétipo de classe, como o sniper, mas usasse os equipamentos que quisesse", explica Hirsh.

A flexibilidade do multiplayer se estende até para as armas, que agora podem ser criadas em um sistema que inclui uma moeda específica para a atividade, chamada Salvage. Com ela, é possível desbloquear equipamentos únicos, como a Machete, uma arma com facão embutido que garante morte certa com um único ataque melee.

Call of Duty: Infinite Warfare chega em 4 de novembro para PlayStation 4Xbox One PC. Fique ligado na cobertura do Omelete para conferir mais novidades sobre o game durante a Call of Duty XP.