Muita gente pode argumentar que, entre um 2023 lendário e um 2025 promissor, o ano de 2024 foi de "entressafra" ou "fraco" para os games. Mas o que vimos ao longo dos últimos doze meses foi exatamente o contrário, em um ano que surpreendeu mais uma vez com títulos de qualidade em todos os níveis de escala, escopo e orçamento.
Foi um ano particularmente especial para os RPGs, sobretudo os jogos produzidos no Japão. Mas também não faltam bons exemplos de games de ação, estratégia, de jogos indies e triple-A, feitos em todas as regiões do mundo.
Com tantas opções, fica até difícil selecionar o que houve de melhor. Mas a lista do Omelhor dos Top 10 games de 2024 traz este desafio. Abaixo, listamos os melhores jogos do ano.
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Essa lista faz parte do “OMELHOR”, a eleição do Omelete para os melhores do ano, e é um oferecimento Ourocard Banco do Brasil, que traz uma série de benefícios para tornar o seu ano ainda mais proveitoso.
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10. Mullet Madjack
Em um ano prolífico para jogos brasileiros, Mullet Madjack se destaca como a grande estrela: o título de estreia do estúdio Hammer95 traz toda a nostalgia dos animes dos anos 90 para um cenário cyberpunk, e a vibe é potencializada pelo excelente trabalho de dublagem, com nomes como Gilberto Baroli e Luiz Feier Motta.
O shooter em primeira pessoa te dá apenas 10 segundos de vida, e eliminar inimigos adiciona um pouco de tempo nesse cronômetro mortal. O objetivo final é subir ao topo de um arranha-céu para resgatar a influencer mais famosa do mundo, e cada andar é uma fase a ser superada. Para quem está em busca de algo frenético e que permita sessões curtas de gameplay, o game é aposta certeira. - Breno Deolindo. Leia nosso review.
Onde jogar: PC
9. Balatro
O grande público pode ter encarado com grande estranhamento quando viu Balatro entre os indicados para Jogo do Ano no The Game Awards 2024. Para quem já conhecia o game, feito inteiramente pelo desenvolvedor solo LocalThunk, não havia surpresa alguma.
O roguelike de pôquer reinventa o gênero ao remover bastante da frustração que é intrínseca a ele. Simples e viciante, Balatro conquista mesmo aqueles que não têm a menor ideia do que é um Royal Straight Flush. - Breno Deolindo. Leia nosso review.
Onde jogar: Smartphones (Android, iOS), Consoles (PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series X|S), PC
8. Helldivers 2
O fracasso retumbante de Concord pode ter sido o fato mais relevante do ano do PlayStation quando se trata de jogos como serviço, mas vale lembrar que publisher também teve um grande sucesso nesse mesmo mercado com Helldivers 2, que une dois conceitos simples com uma execução quase perfeita.
O resultado é um jogo um tanto esquisito, em que o gameplay de momento a momento em tiro em terceira pessoa se une a uma progressão similar a de mapas de musou, enfrentando hordas de inimigos e traçando estratégias para evitar que uma multidão de alienígenas te massacre. Mas é justamente a excentricidade que faz desse título multiplayer inspirado em Tropas Estelares ter caído tanto no gosto do público. - Bruno Silva
Onde jogar: PlayStation 5, PC
7. Dragon Age: The Veilguard
A BioWare precisava se reerguer depois de dois fracassos. Mass Effect Andromeda não foi bem recebido pelos fãs, e Anthem enterrou de vez a reputação da empresa frente ao grande público.
A recepção do novo Dragon Age passou longe da aclamação, mas mesmo uma aposta mais segura da empresa já mostra bastante do porquê ela se consagrou como uma das grandes desenvolvedoras ocidentais de RPGs: sem inventar muito, The Veilguard traz história e gameplay competentes, muito bem temperados com a profundidade de personagens que é assinatura da BioWare. - Breno Deolindo. Leia nosso review.
Onde jogar: Consoles (PlayStation 5, Xbox Series X|S), PC
6. Final Fantasy 7 Rebirth
Final Fantasy 7 Rebirth pode não ser o melhor jogo de 2024, mas certamente é o maior — em sentido literal e figurativo. O trabalho magistral da Square Enix em criar um mundo vivo e vibrante no qual apenas um de seus enormes mapas deve ter mais polígonos do que todo o título original de 1997 é digno de muitos elogios.
Some a isso um sistema de combate e progressão que possívelmente é o melhor de qualquer Final Fantasy e temos um jogo à altura do celebrado projeto da década de 1990 que mudou os RPGs para sempre.
Independentemente da sua interpretação ou opinião sobre os rumos da adaptação, que tomou para si a complicada missão de reescrever o cânone de Final Fantasy 7, Rebirth é a prova de que, às vezes, os sonhos podem sim se tornar realidade. - Bruno Silva. Leia o review.
Onde jogar: PlayStation 5
5. Silent Hill 2 Remake
O que sempre foi um grande clássico do passado, voltou com tudo que tem direito e que merecia. Silent Hill 2 Remake renova a história de James Sunderland de maneira espetacular e com todo respeito que essa franquia precisa ser tratada.
Voltar a Silent Hill depois de tanto tempo é marcante para os fãs de longa data mas melhor que isso ele apresenta esse universo pra uma nova leva de jogadores e mostra o motivo de tanto medo e de tantos elogios ao mesmo tempo. - Angelo Resendes. Leia nosso review.
Onde jogar: PlayStation 5, PC
4. Astro Bot
Nada como um jogo de plataforma bem feito, não é mesmo? Em tempos onde praticamente todo título apresenta grande complexidade, Astro Bot é o respiro necessário para nos lembrarmos do porquê de gostarmos tanto de games.
Ao mesmo tempo que homenageia tanto franquias da Sony quanto várias outros grandes nomes que marcaram a indústria, o jogo do Team Asobi também entrega um gameplay responsivo e variado: Astro Bot pode até parecer trivial, mas oferece bastante desafio para aqueles que o buscarem. - Breno Deolindo. Leia nosso review.
Onde jogar: PlayStation 5
3. Elden Ring: Shadow of the Erdtree
Uma DLC entre os melhores do ano? Claramente significa que 2024 foi fraco em games, certo?
Errado! Shadow of the Erdtree está entre os grandes dessa temporada por merecimento. Trazendo um escopo digno de Triple-A dentro de uma expansão, o novo conteúdo de Elden Ring ainda modifica algumas mecânicas do game e, óbvio, sobe a barra de dificuldade.
O maior game da FromSoftware merecia uma atualização que fizesse jus à sua grandeza, e os sinais de que a expectativa seria atingida já apareciam nos trailers. O lançamento só confirmou as suspeitas, e a aclamação era inevitável. - Breno Deolindo
Onde jogar: Consoles (PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S), PC
2. Dragon’s Dogma 2
Videogames vivem de ciclo. Fazemos versões levemente diferentes das mesmas atividades por tempo o suficiente até chegarmos numa conclusão, e podemos, claro, recomeçar a aventura quantas vezes quisermos. Dragon's Dogma 2 não deixa de fazer, mais ou menos, isso, mas esse fabuloso RPG ousa dar passos a mais.
Do uso dos peões à fidelidade do mundo, das consequências para seus atos à liberdade de como resolver quests, o jogo busca pautar a realidade de um vai-e-vem entre o herói Nascen e os dragões – movido pela profecia de que eles devem se enfrentar e reiniciar (é claro) o ciclo – até quebrar isso, chegando num endgame tão ousado, imperdoável e fascinante que o jogador pode até sentir que eles foram longe demais.
Vamos para videogames em parte por escapismo. Aqui está um clássico instantâneo que te desafia a sentir na pele (e no save) o peso das consequências, e quão difícil é quebrar a fórmula. A conclusão é definitiva a ponto de até diminuir o interesse num New Game+ ou num possível Dragon's Dogma 3. Quantas vezes um jogo sacrifica o replay ou mesmo o potencial de continuações em nome da melhor escolha possível? - Guilherme Jacobs. Leia nosso review.
Onde jogar: Consoles (PlayStation 5, Xbox Series X|S), PC
1. Metaphor: ReFantazio
Se em 2024 os JRPGs brilharam, nada mais justo do que coroar Metaphor: ReFantazio como o jogo do ano. A obra-prima da Atlus refina a fórmula criada a partir de Persona 3 e a aplica com maestria no cenário mais tradicional de jogos de interpretação desde D&D: uma fantasia medieval com toques de steampunk.
Mas não se engane: mesmo com um mundo fantástico, Metaphor: ReFantazio tem muito a dizer sobre o nosso mundo, com sua trama que reflete fantasia e realidade em torno de uma sucessão real que mais se parece com uma disputa eleitoral das democracias atuais.
Esse roteiro instigante já seria o suficiente para colocar Metaphor: ReFantazio como um dos melhores jogos do ano, mas a trama é coroada com o melhor do estilo Atlus de fazer jogos: personagens e menus estilosos se relacionam e mudam o mundo um dia de cada vez, em um calendário no qual você decide como será gasto o tempo.
Se a Atlus conseguiu, pouco a pouco, ganhar seu espaço no mundo dos RPGs com Persona, nada mais justo que Metaphor: ReFantazio venha para coroar essa jornada de ascensão. - Bruno Silva. Leia nosso review.
Onde jogar: Consoles (PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series X|S), PC