O cantor Marcelo D2, do Planet Hemp, xingou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e instigou um coro pró-Lula durante apresentação no Lollapalooza. Atitude veio após o rapper evitar nome do presidente no início do show.
Assim que entrou no palco, D2 deu a entender que não citaria Bolsonaro em sua apresentação. "Ele não. Ele não vai comandar a narrativa hoje", afirmou o rapper. "Essa noite é sobre amor, sobre o Taylor [Hawkins], sobre Sabottage. Hoje, a gente faz a narrativa".
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— Sâmela Hidalgo ⚡️ (@SamelaHidalgoo) March 28, 2022
Após algumas músicas, o cantor mudou o tom, xingou Bolsonaro, incentivou que a plateia chamasse o nome de Luiz Inácio "Lula" da Silva (PT). D2 disse que exaltaria o festival, Lolla, e iniciou um verso popular das nas campanhas do petista - e foi respondido pelo público. Por fim, o artista disse que o público precisa "mudar isso" nas urnas.
A decisão liminar divulgada no último sábado, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral Raul Araujo avaliou que as manifestações de Pablo Vittar e Marina em seus shows no festival na última sexta-feira se enquadrariam como propaganda eleitoral.
Dessa forma, o magistrado vetou novos atos políticos após ação impetrada pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. A decisão determinava multa de R$ 50 mil ao festival caso outros artistas se manifestassem politicamente.
Marcelo D2 e BNegão homenageiam Mr. Catra
Os músicos Marcelo D2 e BNegão, do Planet Hemp, prestaram homenagens a Mr. Catra. O funkeiro morreu em setembro de 2018.
O grupo cantou o verso de "Cadê o Isqueiro?", de Catra, enquanto o público respondeu com isqueiros e lanternas acesas.
Mr. Catra também foi um dos artistas homenageados no telão do palco Budweiser, que lembrou ainda de Taylor Hawkins e outros nomes da música nacional e internacional.