A atriz e produtora Scarlett Johansson abriu um processo contra a Disney pela decisão do estúdio de lançar Viúva Negra simultaneamente nos cinemas e no streaming Disney+. De acordo com The Wall Street Journal, a estrela alega que esta decisão consiste em uma quebra de contrato, considerando que o documento falava em lançamento exclusivo nos cinemas.
Vale notar que não se trata apenas de uma questão de opinião sobre o papel dos streamings, como costuma virar manchete em casos com o do diretor Christopher Nolan. O que está em jogo é a bonificação da atriz, uma vez que seu salário estava baseado na performance da bilheteria do filme.
"A Disney intencionalment induziu a quebra do acordo da Marvel, sem justificativa, para impedir que a Sra. Johansson pudesse ter o benefício completo da sua barganha com a Marvel", diz o processo.
Em comunicado enviado ao jornal The New York Times, a Disney afirmou que o processo movido por Johansson "não tem qualquer mérito" e que ele é "triste e inquietante em seu completo desprezo aos efeitos globais terríveis e prolongados da pandemia de covid-19".
"A Disney cumpriu totalmente seu contrato com a Sra. Johansson e, além disso, o lançamento de Viúva Negra no Premier Access do Disney+ aumentou significativamente sua habilidade de ter ganhos adicionais além dos US$ 20 milhões que ela já recebeu até agora", acrescentou a empresa.
Viúva Negra foi um dos títulos que a Disney decidiu lançar também no streaming, pelo valor adicional de R$ 70 (US$30, nos EUA), em razão da pandemia do coronavírus. Na sua estreia, o longa arrecadou mundialmente US$ 215 milhões, dos quais US$ 80 milhões vieram apenas do mercado norte-americano. Embora seja um valor impressionante, o filme enfrentou a maior queda de bilheteria da história do Marvel Studios na sua segunda semana.
Além de Johansson, a produção ainda conta com Florence Pugh (Adoráveis Mulheres), Rachel Weisz (A Favorita), David Harbour (Stranger Things) e O-T Fagbenle (The Handmaid's Tale) no elenco. O roteiro é de Eric Pearson (Thor: Ragnarok).