A primeira ediçao do Maximus Festival se concretizou como uma aposta interessante para o público amante das diversas vertentes do rock pesado. Evento que deixa suas diferênças evidentes, principalmente por colocar em um mesmo line-up nomes como Bullet For My Valentine, Halestorm e Black Ston Cherry em conjuntos com grupos mais conhecidos como Disturbed, Marilyn Manson e Rammstein.
A soma de todas essas atrações se mostrou positiva, rendendo bons momentos de bandas como Halestorm, que apresentou um show certeiro e cheio de carisma, graças a vocalista, Lzzy Hale. Outra boa surpresa foi o show dos ingleses do Raven Eye, que se apresentaram no palco Thunder Dome, um espaço fora do setor principal do evento e que entregou uma performance potente e coesa. Uma pena que as apresentações nesse palco foram só até o fim da tarde, pois o espaço conseguia emular um clima de clube que, sem dúvida, seria ainda mais bacana após o anoitecer.
Outro detalhe que agradou foi a disposição de palcos, um ao lado do outro, o que deixou o intervalo entre shows quase inexistente e possibilitou ao público assistir as apresentações sem que grandes movimentações fossem necessárias. Essa é, sem dúvida, uma ideia interessante para todos os festivais de médio porte, já que facilita tanto a produção dos shows quanto a rotina de quem vai ao espaço para curtir o evento.
Os shows e organização
Até a chegada dos grandes nomes da noite, Marilyn Manson e Rammstein, a banda que começou a condensar a atenção do público foi a Bullet for My Valentine, que começou sua apresentação já no fim da tarde e abriu espaço para que o Disturbed iniciasse os shows sem a luz do sol. Com a entrada dos norte-americanos no palco Maximus, as coisas começaram a ganhar mais forma no festival. O frontman David Draiman, com sua voz melodiosa, foi conquistando a audiência aos poucos e, apesar do palco simples, sem pirotecnia, bandeiras, ou qualquer artefato que fosse capaz de tirar a atenção do som da banda, o Disturbed conseguiu criar uma evolução com suas músicas, que culminou com uma sequência de covers, de "Sound of Silence", de Simon & Garfunkel, "I Still Haven't Found What I'm Looking For", do U2, "Baba O'Riley", do The Who, e "Killing in the Name", do Rage Against the Machine. Quase uma banda de baile.
Talvez essa tenha sido a forma que o grupo encontrou para se aproximar mais do público brasileiro, apesar de esse não ser um repertório esperado por uma audiência focada em rock pesado. A banda chegou até a entoar "Ole, Ole, Ole, Disturbed, Disturbed", sim valeu de tudo. E no final, eles foram o destaque do dia, antes dos principais nomes da noite.
Por fim, os acertos da primeira edição do Maximus, que já está confirmado para o dia 20 de maio do ano que vem, novamente em Interlagos, ficou a cargo da disposição dos palcos e na aposta por fazer o simples de maneira bem-feita. Até mesmo a inspiração em Mad Max colaborou para o clima do evento, com seu visual cheio de tubos de metal enferrujados e muitas chamas.
Agora fica a necessidade de, na próxima edição, ampliar o número de banheiros, afinal de contas, o festival não estava cheio, mas as filas chamavam atenção. Conseguir colocar ao menos um grande nome para tocar durante o dia, como forma de fazer com que o público chegue mais cedo e aproveito o dia no local e aproveitar mais o tempo do palco fora do espaço principal, afinal de contas, a atmosfera das apresentações por lá foi ótima.
No geral, a primeira edição do Maximus foi uma boa surpresa para os amantes do rock. Agora é esperar para que em 2017 seja ainda melhor.
*O Omelete foi ao Maximus Festival a convite da SKY Brasil.
Saiba mais sobre o Maximus Festival
