Um festival novo, mas com DNA reconhecido. Esse é, possivelmente, o principal traço do C6 Fest, evento que acontece entre os dias 18 e 20, no Vivo Rio, Rio de Janeiro, e em São Paulo, entre os dias 19 e 21, no Parque Ibirapuera.
Monique Gardenberg, uma das mentes por trás desse projeto e que também esteve à frente de festivais de peso, como Free Jazz e Tim Festival, conta, em e-mail ao Omelete, que o critério para criar o line-up do C6 Fest, com tantos nomes relevantes e importantes para diversas cenas musicais, foi algo que sempre esteve presente em todos os eventos em que se envolveu: qualidade artística e inovação.
“De certa maneira, procuramos trazer aquilo que nos instiga, que nos provoca quase um êxtase ao ouvir. E, naturalmente, essas descobertas não são nossas. São nomes que já estão sendo festejados neste momento ao redor do mundo, e que nos chamam a atenção pela sua novidade ou particularidade”.
O “nós”, ao qual ela se refere, são Hermano Vianna, Ronaldo Lemos, Felipe Hirsch, Zé Nogueira e Pedro Albuquerque, as outras cabeças pensantes que realizaram a curadoria, passando por algumas centenas de nomes até chegarem na configuração de quais artistas iriam se apresentar nos quatro espaços diferentes compreendidos pelo festival.
Os destaques são muitos e vão de nomes que ainda não se apresentaram no Brasil, como Arlo Parks e Jon Batiste, nomes mundialmente estabelecidos como Kraftwerk e Caetano Veloso, a apresentações emblemáticas, como Russo Passapusso & Nomade Orquestra com BNegão e Kaê Guajajara, a homenagem a Gal Costa, realizada por Tim Bernardes, e o Tributo Zuza Homem de Mello, com Orquestra Ouro Negro, Mônica Salmaso, Fabiana Cozza e Gabriel Grossi.
Escopo musical que entrega uma amálgama condensada de sonoridades diferentes, perfeita para impactar o universo artístico de pessoas diferentes. Um apelo interessante para chegar em um público mais amplo e diverso, ponto que Monique reforça ao comentar que o “barato” da equipe que pensou o festival é proporcionar algo novo, que possa ser visto, desde já, como um “clássico do futuro”. Isso já aconteceu em outros festivais criados por ela, quando nomes como Wilco, Arcade Fire, Arctic Monkeys, The National, Hot Chips, e tantos outros trouxeram suas performances para o Brasil.
Festival com palcos diferentes e ingressos separados: escolha a sua programação
O trabalho de curadoria, seleção de nomes e de desenvolvimento do conceito do festival começou há um ano. Muitos artistas e sonoridades diferentes foram cogitados para fazer parte de uma ideia que o público brasileiro não vê há algum tempo: um festival com palcos em áreas diferentes e programações que podem ser adquiridas separadamente.
Em São Paulo os espaços são: Tenda Heineken, Auditório Ibirapuera na parte interna e externa - área Metlife - e o Pacubra/Tokyo, que também fica no Parque. Veja a programação de cada espaço aqui.
Esse conceito, em conjunto com a curadoria que entrega essa mistura entre nomes consagrados e novos, sonoridades eletrônicas e orgânicas, pode ser percebido como o responsável pela ideia de uma atmosfera única para o festival, ponto que reforça uma das principais características dos eventos capitaneados por Monique, “revelar ao Brasil nomes que, de outra forma, demorariam alguns anos para aportar por aqui”, tudo combinado com artistas consagrados, “mas que foram ou ainda seguem sendo, desbravadores. Profetas do som”, comenta.
Com tantas possibilidades e artistas para conhecer, rever, ou curtir suas novas apresentações, mais essa dinâmica diferente que força o público a agarrar suas escolhas para aproveitar shows tão diversos, Monique dá uma dica para potencializar a experiência de quem quer ir ao evento: “Se entreguem ao novo e confiem no festival. Essa curadoria aqui é espetacular, incansável e reuniu um elenco incrível para essa primeira edição”.
O C6 Fest começa na próxima sexta-feira, 19, e vai até domingo, 21. Informações sobre o evento e ingressos estão disponíveis no link: https://www.c6fest.com.br/