Em 2012, a cultura pop foi surpreendida pelo lançamento do anime de Jojo’s Bizarre Adventure. Carregada de irreverência, a trama envolvente e excêntrica era não só um prato cheio para memes, mas também trazia uma história cativante e soube ganhar seu público. O curioso é que a febre era adaptação de um mangá extremamente popular no Japão em publicação desde 1987, mas pouco conhecido no ocidente até então. Dividida em arcos fechados, a obra conta com vários protagonistas diferentes, os Jojos, e a primeira parte, chamada Phantom Blood, chega agora ao Brasil, quase 30 anos após sua publicação original.
Jonathan Joestar é um rapaz de família nobre que cresce com o objetivo de se tornar um cavalheiro. Sua vida se torna um inferno quando, por uma dívida do passado, seu pai adota Dio Brando, que chega na casa dos Joestar com o objetivo de tomar todas as posses da família para si. O jovem Jojo deve então proteger sua família das garras de Brando, uma grande rivalidade que ganha contornos sinistros e sobrenaturais.
Jojo’s Bizarre Adventure se destaca ao conduzir uma trama simples com características ímpares. Não é sempre que um shonen, gênero voltado ao público juvenil, tem homens musculosos lutando em poses estranhas enquanto se ameaçam em linguagem formal. Em Phantom Blood, Jojo’s vai na contra-mão de fórmulas convencionais e empolga ao manter o equilíbrio entre mistério e humor nonsense. Enquanto a rivalidade entre Dio e Jonathan vai crescendo, ambos vão se desenvolvendo. Jojo deixa aos poucos sua ingenuidade de lado, enquanto Dio se torna um vilão no sentido mais amplo da palavra, despertando o ódio do herói e do público com louvor.
Por conta de sua narrativa e trabalho gráfico, o autor Hirohiko Araki se tornou uma referência ao unir premissas excêntricas a uma arte belíssima e sempre em evolução. Cada arco conta a história de um Jojo diferente, e cada trama se passa em uma época própria, desde a Era Vitoriana até os dias atuais. Cada parte contém um gênero e um design diferente, o que faz com que Araki esteja sempre se reinventando. Apesar de Phantom Blood ainda não trazer as características mais queridas da franquia, o ritmo alucinante e os famosos stands, é uma boa história de suspense e planta sementes para o que o título viria a se tornar.
O mangá é publicado pela Shueisha, casa de gigantes como Dragon Ball e One Piece, e já vendeu mais de 100 milhões de cópias só no Japão. No Brasil, o mangá é publicado pela Editora Panini no formato Bunko, com mais capítulos por volume em um formato de luxo.
Créditos da imagem: Jojo/Reprodução
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Por que você deve ler Jojo’s Bizarre Adventure
Mangá chega ao Brasil 30 anos depois de ser publicado no Japão
07.08.2018, às 16H57.
Atualizada em 10.08.2018, ÀS 18H03