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Créditos da imagem: Giselle de Almeida/Reprodução

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Rio2C | Jornalistas celebram 50 anos de Fantástico e Globo Repórter: "vanguarda"

Evento acontece até o dia 16 de abril

Omelete
3 min de leitura
14.04.2023, às 19H42.
Atualizada em 17.04.2023, ÀS 15H30

"É pro Fantástico?” A pergunta, que virou até bordão do Casseta & Planeta, é ouvida com frequência pelos repórteres da Globo. Quem garante é a jornalista Mariana Gross, que mediou o painel sobre os 50 anos do dominical e do Globo Repórter no Rio2C, nesta sexta-feira (14).

"Eu, que fiz muitas entrevistas na rua, sempre que abordava alguém na rua, a pessoa perguntava. Isso é verdade! E aí ficava um pouco decepcionado quando dizia que era pro RJTV. Todo repórter na rua enfrenta isso, mas depois convence e a pessoa fala", contou, com bom humor, a apresentadora do telejornal local do Rio.

Com presença forte na memória afetiva de muitos brasileiros, a atração, que completa cinco décadas em agosto, mudou muito ao longo dessa trajetória.

"O Fantástico nasceu com um pé no entretenimento muito forte, o roteiro do programa nos anos 80 tinha seis ou sete musicais, um a cada bloco. É um formato que talvez não funcionasse hoje, mas foi se adaptando e ganhou uma marca muito forte do jornalismo investigativo", analisa Bruno Bernardes, diretor do programa.

As apresentadoras Maju Coutinho e Poliana Abritta falaram como a equipe se empenha para sempre buscar um formato interessante para abordar as principais notícias da semana e aprofundar os assuntos.

"Quando surge alguma coisa diferente aparece no Fantástico. E tem questões inegociáveis que estamos sempre batendo: somos uma voz contra o racismo, a LBBTQIA+fobia. Uma reportagem que eu fiz e acho relevante a gente citar foi sobre os dez anos das cotas, que era um tema muito criticado. Mostramos o efeito positivo dessa política nas universidades públicas", disse Maju.

Por outro lado, o dominical está sempre pronto para incorporar as notícias mais urgentes.

"O programa é como um vestido de noiva, a gente borda, leva semanas, meses pra fazer uma matéria, mas se um assunto factual se impõe, a veia jornalística do Fantástico se impõe. No 8 de janeiro, o programa inteiro caiu. Foram três horas de programa ao vivo, em uma parceria inédita com a GloboNews. O jornalismo imperou naquele dia", disse Poliana.

O Globo Repórter, por sua vez, já está em festa, com o terceiro dos cinco episódios especiais produzidos para a ocasião indo ao ar nesta sexta. Há 50 anos, o programa convida o espectador a mergulhar em um assunto diferente a cada semana.

"É um documentário semanal no ar, não é pouca coisa. Primeiro a gente escolhe um tema, a gente se conecta com as rodas conversa, as redes sociais. Depois entra em uma grande pesquisa, busca o que pode trazer de novo sobre uma questão. E aí os nossos produtores brilhantes vão atrás de personagens", contou a apresentadora Sandra Annenberg.

Segundo a diretora da atração, Mônica Maria Barbosa, o semanal sempre esteve sintonizado com a sociedade.

"Eu diria até que o Globo Repórter sempre foi um programa de vanguarda. Isso ficou muito claro agora, recentemente, quando a equipe fez uma pesquisa muito profunda nos arquivos para a comemoração dos 50 anos e se surpreendeu com a quantidade de temas atuais que já estavam na pauta do programa nos anos 70", afirmou ela, citando como exemplo os direitos das mulheres, capacitismo e meio ambiente.

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