Continuamos nossas listas de melhores de 2019! Dessa vez, a equipe do Omelete seleciona as séries de TV que mais marcaram o ano. Veja nossas favoritas abaixo!
Watchmen
Surpreendente em todos os sentidos, vale a pena assistir independente se você já era fã dos quadrinhos ou pretende começar por aqui mesmo. Damon Lindelof de volta à TV, com toda a liberdade que poderia ter, explorando seu potencial por completo - Aline Diniz
Recebi a série com certo receio, especialmente por ser fã da graphic novel, mas o resultado foi muito melhor do que eu poderia imaginar. Damon Lindelof entendeu quem são Ozymandias, Doutor Manhattan, Sister Night e até Rorschach, cuja figura ganha um novo significado muito coerente. O episódio final foi o mais fraco da temporada, mas a narrativa da série tem um crescendo tão incrível que isso não tira em nada o mérito. Watchmen me fez rir e chorar em meio ao caos que foi 2019 - Camila Sousa
Eu sou um grande defensor de Watchmen e acredito que a HQ nunca deveria ser adaptada a nenhuma outra mídia - simplesmente porque o quadrinho é perfeito. Porém, felizmente, fui surpreendido com os caminhos que a série tomou e me diverti bastante com essa temporada. Ela tem problemas (o episódio 7 é especialmente fraco), mas tem grandes momentos como o episódio 6 e o episódio 8. Apesar do final ter me incomodado um pouco, gostei bastante do resultado final - Fábio Gomes
Fleabag - 2ª Temporada
2019 foi o ano de Phoebe Waller-Bridge, que foi de estrela em ascensão a força de peso no entretenimento. A segunda temporada de Fleabag representa o ápice de seu talento. Em meros seis episódios a roteirista/atriz entrega comédia humana, drama impactante, e arcos narrativos intrigantes - sempre com escrita afiada. O episódio que abre o ano dois, pelo seu ritmo, edição e humor ácido, é facilmente o melhor capítulo da televisão no ano, e isso diz muito vendo o altíssimo nível da competição. - Arthur Eloi
Essa altura você já deve ter ouvido muitos comentários elogioso sobre Fleabag e todos eles estão certos. Phoebe Waller-Bridge é uma das melhores roteiristas em atividade e nenhum diálogo desse ano tem o mesmo impacto que “eu te amo”, “vai passar” - João Filimas
A segunda temporada da série melhorou tudo o que a primeira já tinha de forte, emocionalmente e comicamente. É o grande representante de uma safra de mulheres que tomaram a dianteira do humor que se faz na televisão, que inclui de Boneca Russa a Maravilhosa Sra. Maisel. O panorama das séries de TV seria muito diferente hoje sem essas criadoras e atrizes - Marcelo Hessel
Phoebe Waller-Bridge é um dos rostos de 2019 e a segunda temporada de Fleabag é uma das razões para isso. Viciante, os novos capítulos apresentam uma trama envolvente, que efetivamente amadurece sua personagem - não porque ela toma decisões mais adultas, embora isso de fato aconteça, mas porque Waller-Bridge fez o que parecia difícil e elevou a série para outro patamar. O primeiro episódio sozinho merecia um prêmio por si só: PER-FEI-TO - Mariana Canhisares
Meu voto estava indo para Watchmen quando me lembrei que a segunda temporada de Fleabag veio este ano. Ao contrário da adaptação da HBO, que teve um final apenas bom, a série de Phoebe Waller-Bridge foi perfeita do início até em seu final - realmente aberto e inesperado - Marcelo Forlani
Barry - 2ª Temporada
A ideia absurda de um assassino de aluguel abandonando a vida sangrenta para se tornar um ator deu muito certo, graças ao talento de Bill Hader e ao timing cômico impecável do roteiro. O episódio "ronny/lilly", em que Barry e Fuches são perseguidos por uma jovem prodígio das artes marciais talvez seja uma das histórias mais engraçadas dos últimos anos - Nicolaos Garófalo
Years and Years
No ano de excelentes minisséries, como Chernobyl, Olhos que Condenam e Watchmen, a tendência foi falar sobre as mentiras, o racismo e os grupos supremacistas da sociedade atual através de eventos do passado e do realismo fantástico. Years and Years, por outro lado, coloca um espelho sobre o presente ao especular um futuro muito próximo, em um universo factual. Mais uma vez, aqui ordem é soar um alarme explícito, fora das entrelinhas e sem a sutileza da metáfora - Lucas Zacarias
Primal
2019 foi, para mim, o ano das animações, pois a diversidade de produções feitas com uma qualidade artesanal e tão minuciosa foi absurdamente significativa. Uma dessas produções foi Primal. A série conta a história de um homem das cavernas e um tiranossauro que passam por traumas muito semelhantes e são obrigados pelas circunstâncias a ficarem juntos. Uma história de amizade e respeito que se desenvolve num mundo completamente hostil e fantástico. A animação é extremamente brutal e beira o gore, que é muito bem equilibrado por Genndy Tartakovsky e mostra uma evolução narrativa voltada para o público adulto aprendida com a produção da última temporada do desenho Samurai Jack. Para um diretor com tantos sucessos na carreira, como Laboratório de Dexter e Star Wars - Clone Wars, que são voltados para o público infantil, se arriscar numa narrativa totalmente nova foi um acerto muito grande e mostra muito a evolução de seu trabalho - Luiz Torreão
Chernobyl
É quase impossível escolher entre Fleabag e Chernobyl, principalmente porque são duas séries totalmente diferentes e igualmente incríveis. Fico com Chernobyl por questões pessoais de amor à história e aos atores, e porque me dá brilho no olhar ver o comprometimento da produção em criar algo tão humano, tão não maniqueísta, sobre uma nação que já foi tantas vezes estereotipada nas telas. - Julia Sabbaga
Boneca Russa
Leslye Headland, Natasha Lyonne e Amy Poehler criaram uma série surpreendente partindo de uma premissa batida - o dia que se repete - sem perder a mão em nenhum momento ao longo dos seus 8 episódios. Também protagonista, Lyonne é uma força bruta, desprezível e carismática na mesma medida, perfeita no papel da cínica Nadia Vulvokov. A trilha e o visual da série acompanham o experimentalismo narrativo, fazendo de Boneca Russa uma das grandes surpresas do ano - Natália Bridi
Stranger Things 3
Apesar de ser suspeita para falar de Stranger Things, a 3ª temporada da série se transforma mais uma vez e mostra que ainda consegue trazer novidades para os fãs. A dinâmica entre os personagens, as referências a cultura pop dos anos 80, tudo isso faz com que a série se torne uma agradável surpresa a cada ano que passa - Juliana Melguiso
Olhos Que Condenam
Olhos que Condenam é o soco no estômago em formato de minissérie. A série criada, escrita e dirigida por Ava DuVernay trouxe um elenco afinado em uma das histórias mais impactantes do ano. Se o quarto episódio, estrelado por Jharrel Jerome, fosse um filme, facilmente estaria indicado ao Oscar. É uma obra não só importante, como incrivelmente bem-feita - Patricia Gomes