2020 se aproxima do fim e, como já é tradição, é necessário uma retrospectiva. Mas não precisamos relembrar todos os motivos pelos quais 2020 foi um péssimo ano. No Omelete, pausamos para relembrar aquelas produções que - apesar de lançadas no ano da pandemia - vieram para aquecer nossos corações.
Foram muitos marcos na telinha este ano: enquanto os fãs se despediram de séries queridas como Dark e Supernatural, o mundo se fascinou pela história de uma enxadrista prodígio, se divertiu com as aventuras de uma americana na França e se chocou com um dos desenvolvimentos mais surpreendentes em La Casa de Papel. Para relembrar isso e muito mais, confira abaixo a nossa lista das séries que marcaram 2020:
The Mandalorian
Lançada em outubro, a 2ª temporada de The Mandalorian fez a alegria dos fãs no encerramento de 2020. O novo ano continuou mostrando a jornada de Mando e Baby Yoda pela galáxia, mas tornou tudo ainda mais especial trazendo diversas referências de Star Wars, além de personagens clássicos e queridos pelos fãs. O season finale, principalmente, foi muito comemorado e deixou o futuro da produção em aberto para a 3ª temporada.
The Boys
Um ano após sua estréia no Amazon Prime Video, The Boys fez bonito e trouxe uma temporada ainda mais sangrenta, crítica e madura. Continuando a saga de Billy Bruto (Karl Urban), Hughie (Jack Quaid) e companhia para derrubar a Vought e os malignos heróis d’Os Sete, a série apresentou uma história envolvente que manteve o público discutindo semanalmente até sua explosiva conclusão em outubro. Sem deixar de lado os momentos bizarros e sanguinolentos, The Boys potencializou sua narrativa com o equilíbrio entre o desenvolvimento na jornada de velhos personagens e novos rostos - com destaque para a maligna Tempesta (Aya Cash) - em um enredo que soube rir e denunciar problemas sociais com o DNA característico da produção.
Supernatural
Não há como negar que um dos momentos mais marcantes de 2020 foi o encerramento da jornada dos irmãos Winchester de Supernatural. Encerrando um ciclo de muito amor de fãs, Jensen Ackles e Jared Padalecki se despediram de papeis que viveram por 15 anos em uma temporada que apesar de ter sido divisiva (principalmente por decisões chocantes dos últimos episódios) certamente ficará na memória.
Cobra Kai
Lançada primeiro como uma série original do YouTube e agora disponível na Netflix, Cobra Kai é um bom exemplo de como revisitar obras do passado de uma forma que faça sentido nos tempos atuais. Longe de ser apenas uma “nostalgia pela nostalgia”, a série toca em temas interessantes dos filmes originais e propõe uma discussão sobre o quanto é importante não romantizar tanto o passado - tudo isso de modo divertido e com boas cenas de luta. Não tinha como não marcar 2020.
Emily em Paris
Em um ano tão difícil quanto 2020, não é de se surpreender que uma série como Emily em Paris esteja entre os destaques. Esqueça a ideia de grandes discussões - ou até muita coerência. A ideia aqui é apenas acompanhar a personagem de Lily Collins em sua jornada para começar a trabalhar em Paris. A produção da Netflix é leve, divertida e meio bobinha, mas caiu como uma luva em tempos tão densos.
La Casa de Papel
Parece que foi em outra vida, mas o primeiro semestre de 2020 nos entregou um dos momentos mais memoráveis das telinhas, quando La Casa de Papel realmente chocou os fãs com a decisão de matar uma de suas personagens mais queridas, Nairóbi. Ninguém acreditou que isso seria possível, mas o quarto ano da série da Netflix veio para provar que ninguém está a salvo. Lidando com a disputa de poder dentro da equipe, a Parte 4 se mostrou ousada e encerrou com belos ganchos para o quinto e último ano da série.
O Gambito da Rainha
Um dos maiores sucessos de 2020, O Gambito da Rainha foi a produção que ganhou todos os membros da família e reuniu todo mundo para conferir a história de Beth Harmon (Anya Taylor Joy), uma menina prodígio do xadrez que lida com vícios enquanto desenvolve uma carreira invejável no esporte. Baseada no livro de Walter Tevis, a produção da Netflix se tornou a minissérie roteirizada mais assistida da plataforma, além de ter gerado um aumento de 250% no interesse de tabuleiros de xadrez em sites online.
A Máfia dos Tigres (Tiger King)
É curioso que uma das séries de 2020 que mais carrega reviravoltas seja o documentário A Máfia dos Tigres. Lançada com o título original de Tiger King, a série acompanha o bizarro cotidiano Joe Exotic, o dono de um zoológico de tigres que serve como ponto de partida para uma história que envolve cultos, candidaturas à presidência e crimes sem solução. Com uma história singular, que por vezes beira o grotesco, a produção se tornou um fenômeno mundial a ponto de fazer a Netflix reunir alguns dos participantes em um episódio especial conduzido por Joel McHale (Community).
Lovecraft Country
Seguindo a veia da série de Watchmen, que misturou o universo da renomada HQ com problemas sociais do mundo atual, a HBO voltou a misturar ficção e realidade em 2020 com Lovecraft Country. Adaptação do romance Território Lovecraft de Matt Ruff, a série funcionou como uma espécie de “antologia continuada” que a cada episódio se apropriou de diferentes gêneros que vão do terror à ficção científica para contar a história de Atticus Turner (Jonathan Majors), um veterano da Guerra da Coreia que volta para casa quando descobre o desaparecimento de seu pai, Montrose (Michael K. Williams). Com um roteiro afiado que mesclou denúncia e homenagem, o seriado criado por Misha Green e produzido por Jordan Peele e J.J. Abrams se apropriou de eventos históricos e da literatura fantástica em uma jornada extraordinária.
Dark
Com fama de “produção mais complexa da Netflix”, a série alemã Dark chegou à sua terceira e última temporada em 2020. Com uma grande expectativa e muitos mistérios a resolver, o seriado fez bonito ao entregar uma conclusão mais do que satisfatória que fez jus aos anos em que embaralhou nossas mentes em busca de pistas e teorias.
Arremesso Final
Série documental da ESPN, Arremesso Final se mostrou uma das mais valiosas adições ao catálogo da Netflix em 2020. Ao longo de seus 10 episódios, a produção acompanhou simultaneamente o último campeonato da NBA disputado pelos Chicago Bulls de Michael Jordan e toda a jornada do time desde a estreia do astro até aquele momento. Mais do que documentar os anos de glória de um dos maiores atletas da história, a série conquista por sua narrativa emocionante e eletrizante que faz com que o espectador vibre com lances ocorridos há mais de 30 anos.
The Crown
Diferente de muitos dos nossos itens, este não é o primeiro nem o último ano de The Crown, mas foi em sua 4ª temporada que a série da Netflix encarou as dificuldades e polêmicas mais atuais - e atemporais - da coroa britânica. Usando duas figuras de fora da família real - a Princesa Diana e a Primeira Ministra Margareth Thatcher - The Crown fez um exercício belo de colocar seus protagonistas em um outro holofote, finalmente escancarando as maiores controversas da monarquia, e inclusive incomodando a realeza na vida real. Tudo isso foi feito, como sempre, com fotografia e figurino impecáveis, mas as intepretações de Emma Corrin (Diana) e Gillian Anderson (Thatcher) certamente entram entre as maiores conquistas de The Crown.