O ator Tarcísio Meira morreu nesta quinta-feira (12), aos 85 anos. Diagnosticado com Covid-19, ele estava internado desde a semana passada em São Paulo, em decorrência de complicações do seu quadro de saúde.
De acordo com o último boletim do Hospital Albert Einstein, a também atriz Glória Menezes, esposa de Meira, segue internada, mas se recuperando bem e em "desmame de oxigênio nasal."
Ambos tomaram as duas doses da vacina contra a Covid-19 em março, no interior de São Paulo. É importante frisar, porém, que as vacinas não impedem a infecção, e sim reduzem os riscos de transmissão, hospitalização e morte. Por isso a importância de vacinar o maior número de pessoas possíveis, isto é, para frear a circulação do vírus, e continuar tomando medidas preventivas, como o uso de máscaras e a higienização das mãos.
Tarcísio, uma lenda da TV brasileira
Um dos principais nomes da teledramaturgia brasileira, Tarcísio Meira começou sua carreira no teatro, no final dos anos 1950, e ao longo da carreira marcou presença em 31 peças. Contudo, ganhou o grande público de vez na televisão. Sua estreia se deu na TV Tupi, em 1959, no teleteatro Noites Brancas.
Contracenou com Glória Menezes poucos anos depois. Primeiro, em Uma Pires Camargo e, mais tarde, na primeira novela diária do país, 2-5499 Ocupado, da TV Excelsior, em 1963. Foram naqueles anos que nasceu não apenas o longevo casamento dos dois - e o filho Tarcísio Filho -, mas a história de um dos casais mais queridos da TV brasileira.
Seus principais trabalhos incluem as novelas Irmãos Coragem, Guerra dos Sexos, Rei do Gado, O Tempo e o Vento, O Beijo do Vampiro, Senhora do Destino e A Favorita, todas na TV Globo, onde teve contrato corrente até o ano passado. Sua última novela na emissora foi Orgulho e Paixão, em 2018, da qual teve que se afastar no meio do projeto em razão de uma infecção pulmonar. No total, foram mais de 60 projetos na TV.
Ainda que seja muito lembrado por sua passagem na TV, Tarcísio Meira também se destacou no cinema, tendo atuado em mais de 20 filmes. Ele estrelou, por exemplo, Idade da Terra, drama dirigido por Glauber Rocha e inspirado no poema de Castro Alves que, na época, dividiu público e crítica por conta do seu retrato do Brasil nos anos 1970. Também causou polêmica no longa O Beijo no Asfalto, adaptação da peça de Nelson Rodrigues com direção de Bruno Barreto. Isso porque, na produção, Meira beijava o ator Ney Latorraca.
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