A convite da HBO, assistimos aos três primeiros episódios da segunda temporada de True Detective, que chega completamente repaginada. Não era novidade que a série de Nic Pizzolatto seria uma antologia, mas as mudanças foram drásticas. Além de elenco, todo o formato da série mudou: saem flashbacks, entra uma narrativa contínua.
Diferente do primeiro ano, que quebrou paradigmas e introduziu um novo formato à TV, agora ganhamos mais uma série policial de investigação. Não posso dar nenhum detalhe sobre o segundo ou terceiro capítulos devido a um embargo. Não é preciso entrar em pormenores, no entanto, para exemplificar as diferenças entre o primeiro e o segundo ano.
Ambientada nos dias atuais, acompanhamos quatro protagonistas através de uma investigação de assassinato: Ani Bezzerides (Rachel McAdams), detetive do condado de Ventura; Ray Velcoro (Colin Farrell) detetive do condado de Vinci; Paul Woodrugh (Taylor Kitsch), oficial da patrulha de rodovias da Califórnia; e Frank Semyon (Vince Vaughn), um empresário que burla as regras - e as leis - e corre o risco de perder todo seu império.
Tendo apontado as principais diferenças entre as duas temporadas, vale dizer que o segundo ano não deixa de ser interessante. Todo o elenco principal entrega o que é prometido e reviravoltas parecem permear todo o roteiro. Nada é preto no branco e é curioso o momento no qual tudo passa a funcionar como uma uma história única, deixando de lado as quatro tramas individuais.
O primeiro episódio deixa claro os backgrounds de todos os nossos quatro protagonistas, mas é a partir da segunda hora que motivações e dilemas ficam claros, introduzindo de fato o programa que acompanharemos pelos próximos capítulos. Não há dúvidas de que as duas temporadas de True Detective serão completamente diferentes, mas cada uma tem seu mérito - e demérito.
True Detective retorna com episódios inéditos em 21 de junho, às 22h, na HBO. Aproveite e leia a crítica da primeira temporada.