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Batman Vs Superman | Decepção com o filme pode levar a redução de lançamentos da Warner Bros.

Estúdio acumula fracassos desde o ano passado

06.04.2016, às 13H06.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H46

Com uma queda de 69,1 % na sua segunda semana em cartaz e a previsão de que não chegará ao total de US$ 1 bilhão, Batman Vs Superman - A Origem da Justiça representa um das últimas decepções da Warner Bros. Agora, fracassos como O Destino de Júpiter (US$ 47 milhões somados nos EUA para um  orçamento de US$ 176 milhões), Peter Pan (US$ 35 milhões arrecadados nos EUA para um orçamento de US$ 150 milhões) e No Coração do Mar (US$ 25 milhões nos EUA para um orçamento de US$ 100 milhões) e a falha em transformar o "encontro dos maiores heróis do planeta" em uma franquia tão lucrativa quando a do universo Marvel estaria levando a uma grande mudança nos outros planos do estúdio, afirma o Hollywood Reporter.

Com um orçamento na casa dos US$ 300 milhões (oficialmente US$ 250 milhões), BvS foi rejeitado pelos críticos e dividiu fãs, perdendo o boca a boca positivo necessário para a continuidade de uma boa bilheteria e a oportunidade de transformar um de seus produtos mais valiosos - os heróis da DC Comics - em franquias no nível de Star Wars (US$ 2,06 bilhão somados mundialmente), Jurassic World (US$ 1,67 bilhão somados mundialmente) e Vingadores (US$ 1,4 bilhão somados mundialmente para Era de Ultron). Com US$ 697 milhões acumulados, Batman Vs Superman não representa um fracasso como os enfrentados pela Warner. no ano passado, mas o filme certamente não alcançou o potencial almejado pelo estúdio.

Ainda assim, apesar do choque com as críticas negativas, não existem planos imediatos de uma mudança no time criativo da DC, liderado por Zack Snyder. Com filmes de heróis planejados até 2020, a tendência, explica uma fonte ao Hollywood Reporter, é que os diretores envolvidos façam uma autoavaliação baseada nos erros de BvS. O clima é de cautela. De acordo com executivos da indústria e agentes, a Warner Bros., conhecida por dar liberdade a cineastas e atores, estaria diminuindo o número de projetos para focar nas franquias como DC, LEGO e Harry Potter. Parceiros como Ben Affleck, Clint Eastwood, Christopher Nolan e Todd Phillips ainda teriam espaço, mas estaria mais difícil conseguir o sinal verde para tocar os projetos - Mad Max: Estrada da Fúria, por exemplo, poderia ter sido engavetado nesse contexto.

Oficialmente, porém, a Warner Bros. nega qualquer mundança de cultura. Segundo um representante, em 2016 serão lançados 18 filmes, com mais 19 longas planejados para 2017. Quantia que não foge tanto dos 26 filmes que chegaram aos cinemas com a marca em 2015. Ainda assim, espera-se que o estúdio reaja de alguma forma depois de 18 meses sem alcançar as próprias metas. Liga da Justiça, por exemplo, poderia se beneficiar com a intervenção mais ativa de um produtor (como Kevin Feige na Marvel), auxiliando no melhor planejamento do universo da DC,  já que Snyder vai continuar na direção. As apostas de 2016 agora estão com Esquadrão Suicida e Animais Fantásticos e Onde Habitam, que precisam combinar o investimento e liberdade recebidos durante a sua produção em um sucesso de público e crítica.