Existem notícias que são bem difíceis de dar. Porém, quando se é jornalista, é preciso muitas vezes segurar a emoção e passar a informação correta e mais rápida ao público. Na noite de hoje, foi chocante noticiar a morte de Chadwick Boseman, o Pantera Negra dos cinemas, aos 43 anos.
Segundo informações da família, o astro lutava desde 2016 contra um câncer de cólon, que estava em nível III e avançou para o nível IV nos últimos quatro anos. Só essa informação já deixa claro o quando Boseman era, de fato, um lutador. Quem já teve casos de câncer na família sabe o quanto é difícil lidar com uma doença tão devastadora - e com uma cura tão difícil.
Mais surpreendente ainda é perceber que foi exatamente no mesmo 2016 que Boseman descobriu a doença, que ele estreou como o Pantera Negra nos cinemas em Capitão América: Guerra Civil. O ator já estava no ramo desde 2003, passando por séries como Lei & Ordem e Plantão Médico.
Depois do sucesso na Marvel, Boseman esteve em filmes como King: Uma História de Vingança, Marshall: Igualdade e Justiça e Destacamento Blood, mas foi realmente no papel de T'Challa que ele ganhou o coração do público. Sua postura imponente como o rei de Wakanda, aliado ao seu riso sincero, trouxeram um frescor para o MCU e uma representatividade importante: quantas crianças negras não olharam admiradas para a tela quando Boseman gritou: “Wakanda Forever”?
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Ainda segundo sua família, vários filmes feitos nos últimos anos foram intercalados com cirurgias e sessões de quimioterapia, o que torna a história ainda mais forte. Boseman não queria deixar que a doença parasse suas atividades no cinema e é tocante imaginar que ele conseguiu entregar performances tão incríveis, incluindo o filme solo do Pantera Negra em 2018, enquanto cuidava da saúde.
A partida de Chadwick Boseman é um soco no estômago de qualquer fã de cinema. No entanto, apesar de tristeza dessa perda irreparável (especialmente para sua família e amigos), fica a sensação que Boseman cumpriu sua missão. Ele levou para os cinemas a versão live-action de um herói extremamente importante para a Marvel, foi um símbolo de heroísmo dentro e fora da tela e, com certeza, será lembrado por muitas crianças como a primeira referência de um super-herói negro nos cinemas. A partida é irreparável, mas o legado continuará para sempre. “Wakanda Forever”.