Paul Rudd dificilmente seria o primeiro nome sugerido por qualquer diretor de elenco na hora de escolher o protagonista de um filme de ação. Mas, se em 2013 a escalação dele para Homem-Formiga foi considerada “interessante” pela imprensa por se tratar de um ator tradicionalmente atrelado à comédia e não aos embates físicos, hoje, às vésperas do lançamento de Homem-Formiga e a Vespa, ele é praticamente uma unanimidade no papel.
Marvel Studios/Divulgação
O próprio Rudd admite que a combinação funciona. “Acho que faz sentido. Scott Lang parece ser uma pessoa muito normal, que tem defeitos, comete erros e se sente sobrecarregado com esse papel de ser um super-herói. Me sinto um pouco desse jeito”. Ainda assim, ele não descartaria completamente a possibilidade de assumir a identidade de outro herói do MCU. “Thor faria sentido. Deixaria que pintassem as minhas sobrancelhas de novo. Não me importo”, brinca.
A verdade é que a personalidade não é a única semelhança que Rudd tem com seu personagem. Do mesmo modo que Scott Lang, o ator tem uma filha fascinada pelo herói e esta foi sua principal razão de preocupação nesse novo filme. “Antes de Homem-Formiga, nenhum dos meus filhos tinham assistido a algo que fiz. Estava nervoso com o modo como ela reagiria ao me ver sendo ‘paternal’”.
Com a participação de Cassie sendo mais frequente, o ator deixou pequenos segredos espalhados pelo filme para que Darby, sua filha de verdade, os encontre, uma maneira de garantir que ela se sinta parte da história. “Também digo ‘você é a Cassie da vida real. Quando faço essas cenas, estou pensando em você’. E ela fica muito animada. Ela realmente se vê no filme”, explica.
A paternidade é justamente o ponto focal de Scott na sequência. Depois de ficar em prisão domiciliar por quase dois anos pelo seu envolvimento em Capitão América: Guerra Civil, ele não quer cometer os mesmos erros que Hank Pym no passado, deixando sua filha em segundo plano para salvar o mundo. “O grande conflito do Scott é como ele pode ser um super-herói e ainda ser um bom pai. E essas são duas coisas difíceis de conciliar.”