Laverne Cox em cena de Feios (Reprodução)

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Entrevista

Feios | Laverne Cox se inspirou em lobo para interpretar vilã: “Está no livro”

Atriz contou que sempre quis um papel de antagonista, com “diálogos suculentos”

13.09.2024, às 06H00.
Atualizada em 13.09.2024, ÀS 16H16

Se você se pegou pensando, enquanto assistia Feios, que Laverne Cox estava se comportando de uma forma (digamos) animalesca em sua performance como a vilã Dra. Cable, não foi por acaso. Em entrevista ao Omelete, a estrela de Orange is the New Black disse que se inspirou em um lobo para interpretar a personagem - e que, inclusive, a ideia veio do próprio livro de Scott Westerfeld.

Scott descreve os olhos de Cable como ‘olhos de lobo’ no livro. A partir disso, eu e meu treinador de atuação nos alinhamos muito com esse animal, seus movimentos e sua mentalidade. Acho que não é incomum que atores usem animais para se inspirar em suas performances, e o lobo é interessante porque é simultaneamente um bicho predatório, mas também muito dedicado a cuidar daqueles ao seu redor, comentou ela.

De uma forma ou de outra, a oportunidade de interpretar uma grande vilã foi agarrada com unhas e dentes por Cox: Todo ator, eu acho, quer interpretar um desses. Os diálogos de uma vilã são sempre suculentos, ela diz cada coisa deliciosa! E as roupas são sempre divertidas. Sempre quis um personagem como esse, além de também sempre ter desejado trabalhar nesse gênero da ficção científica. Estou manifestando tudo isso há tempos!.

É claro que, como qualquer vilã, a Dra. Cable acredita que o seu caminho é o caminho certo. Ela acredita que não se pode confiar nos seres humanos para cuidar do planeta, então criou um mundo em que a igualdade e a preservação são os conceitos fundadores. Os atos dela para manter este mundo de pé, é claro, são questionáveis, mas a determinação com a qual ela se mantém no seu caminho é inquestionável. Não posso interpretá-la como maligna, porque ela não acredita que seja, completou.

Feios acompanha Tally e cia. em uma sociedade futurista onde todos os habitantes, aos completar 16 anos, são submetidos a cirurgias plásticas para se enquadrar aos padrões estéticos mais rígidos. Quando uma jovem se rebela contra a obrigatoriedade dessas cirurgias, a fachada utópica dessa sociedade começa a ruir.

O longa, dirigido por McG (As Panteras), já está disponível para streaming na Netflix.