Zé Ricardo, o curador e diretor artístico do Rock in Rio, participou de um painel no Rio2C e falou sobre as críticas que recebeu por criar o Palco Favela no Rock in Rio 2022. Segundo ele, muitas pessoas não queriam que o espaço fosse criado no festival de música.
Zé Ricardo falou que chegou a ser questionado sobre como ele faria para ocupar o palco no dia do rock. “Eu respondi que colocaria uma banda de rock da favela”, disse ele, que revelou que a pessoa que fez pergunta ficou constrangida com a resposta. “As críticas que vinham eram de pessoas que nunca tinham pisado em uma favela”, continuou.
Ao lado dele, estavam a atriz e apresentadora Regina Casé e o empreendedor social Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas. Zezé complementou a fala de Ricardo explicando que as pessoas que vivem fora das comunidades não compreendem a profundidade cultural desses locais e que não conhecem o volume de produção cultural nas favelas. “Hoje o pessoal briga para tocar no Palco Favela, mas quando lançamos, apanhamos para caramba”, disse Zezé.
O trio falou ainda sobre economia criativa nas favelas e como a nova geração está reinventando modelos de negócios em um mundo cada vez mais digital. Segundo o Data Favela, do Instituto Locomotiva, o Brasil tem 13,6 milhões de pessoas morando em comunidades, gerando e movimentando R$ 120 bilhões por ano.
*O repórter viajou a convite do Rio2C.
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