A Rolling Stone publicou hoje (19) uma reportagem indicando que a campanha para o lançamento do Liga da Justiça de Zack Snyder foi alimentada desproporcionalmente por contas faltas e bots no Twitter.
A revista teve acesso a relatórios de mídia social encomendados pela WarnerMedia. Os textos mostram que 13% das contas engajadas no movimento #ReleaseTheSnyderCut eram inautênticas ou operadas por robôs, bem acima dos 3-5% normalmente visto em hashtags que chegam aos Trending Topics no Twitter.
A Rolling Stone contratou três firmas que lidam com mídias sociais para corroborar a informação. As três (Q5ID, Graphika e Alethea Group) chegaram à conclusão de que havia atividade inautêntica dentro do movimento pelo lançamento do filme entre 2018 e 2021.
Snyder negou que tenha contratado bots ou agências de publicidade para mobilizar as redes sociais ao seu favor. "Se havia alguém 'manipulando as marionetes', era a Warner, que tentou usar a minha fanbase para aumentar a base de assinantes de seu novo serviço de streaming [a HBO Max, onde o Liga da Justiça de Zack Snyder foi lançado]", disse ele à Rolling Stone.
A matéria da revista reconta muitos detalhes já sabidos dos bastidores de Liga da Justiça, incluindo os conflitos entre Snyder e executivos da Warner pela duração e tom do filme, que levaram à contratação de Joss Whedon para refilmagens. Meses depois, Snyder se afastou definitivamente da produção por causa da morte de sua filha.
A Rolling Stone ainda alega que Snyder e Ray Fisher, que interpretou o Ciborgue em Liga da Justiça, coordenaram uma campanha para acusar executivos da Warner, como Geoff Johns e Jon Berg, de racismo e negligência. O diretor estaria enfurecido com os dois por perder o controle criativo de Liga, e exigindo a Warner que tirasse os nomes deles dos créditos do Snyder Cut.
Snyder confirmou que pediu à Warner para que retirasse os nomes dos produtores, mas negou qualquer coordenação com Fisher, que também acusou Whedon de comportamento ausivo no set - nesse caso, alegações corroboradas por Gal Gadot e Charisma Carpenter, entre outros.
"Nem eu nem a minha esposa [Deborah Snyder, produtora dos filmes de Zack] falamos nada negativo sobre Johns e Berg em entrevistas ou nas redes sociais. A remoção dos nomes deles era algo importante porque este não era o filme em que eles acreditavam, que eles desenvolveram ou que ajudaram a fazer", declarou.
O diretor ainda acrescentou que, "como artista, foi recompensador finalmente ver sua visão levada à fruição" no Snyder Cut, especialmente depois de "passar por um momento tão difícil em sua vida". "Eu me sinto grato aos fãs e à Warner por permitirem que isso acontecesse. Continuar remoendo a negatividade e os rumores não serve a ninguém", completou.
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