Jonathan Majors está no Emmy, na Marvel e em todo lugar. Sorte a nossa.

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Jonathan Majors está no Emmy, na Marvel e em todo lugar. Sorte a nossa.

Grande astro do episódio final de Loki também foi indicado ao maior prêmio da TV por Lovecraft Country

Omelete
3 min de leitura
14.07.2021, às 11H57.
Atualizada em 19.07.2021, ÀS 11H31

Até meados de 2019, pouquíssima gente sabia quem era Jonathan Majors. O norte-americano, natural de Lampoc (Califórnia), estava prestes a completar 30 anos de idade quando estrelou The Last Black Man in San Francisco, drama independente que tomou o Festival de Sundance de assalto, vencendo um prêmio especial do júri e um troféu de direção com sua história de um jovem negro (Majors) que encontra dificuldades para continuar na cidade onde sua família mora há gerações por causa da gentrificação.

A partir daí, foi um pulo para uma série de projetos que o colocaram no radar também da audiência mainstream: primeiro, o papel coadjuvante de David em Destacamento Blood, épico da Netflix dirigido por um dos maiores cineastas vivos, Spike Lee; depois, o protagonista Atticus Freeman em Lovecraft Country, terror histórico da HBO que lhe rendeu sua primeira indicação ao Emmy na tarde de ontem (13); e, por fim, a aparição como Aquele Que Permanece no episódio final de Loki, série da Marvel no Disney+, lançado hoje (14) na plataforma.

Como o capítulo deixa claro, Majors deve se tornar parte importante do MCU daqui para frente. Embora Aquele Que Permanece não deva aparecer novamente (veja spoilers aqui), variantes dele prometem invadir a franquia - incluindo aquela que os fãs de quadrinhos conhecem como Kang, o Conquistador, papel para o qual Majors já foi anunciado em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, marcado para lançamento em 2023. Isso se a segunda temporada de Loki não chegar antes, é claro.

Enquanto isso, apesar de Lovecraft Country ter sido cancelada, em decisão polêmica, pela HBO, o ator conta com outros projetos para se manter em evidência. Ainda este ano, ele será um dos protagonistas de Vingança & Castigo, faroeste com elenco majoritariamente negro da Netflix, que conta com produção de Jay-Z e uma lista invejável de astros, incluindo Idris Elba, Regina King, Zazie Beetz, LaKeith Stanfield e Delroy Lindo.

Já em 2022, ele deve enfrentar Michael B. Jordan nos ringues em Creed III, continuação da franquia de boxe iniciada 45 anos atrás com Rocky: Um Lutador. Dessa vez, o próprio Jordan vai dirigir o longa, que ainda terá os retornos de Tessa Thompson e Phylicia Rashad - mas não contará com Sylvester Stallone em frente às câmeras.

Com seu charme ligeiramente excêntrico (importante para a performance em Loki) e sua presença imponente em tela (essencial em Lovecraft), Majors é mesmo uma adição valiosa ao panteão de estrelas de Hollywood. Além dos projetos citados acima, vale conferir suas atuações intensas em When We Rise, série sobre a história do ativismo LGBTQIA+ em que ele interpreta uma figura real, Ken Jones; e no thriller de ficção científica A Rebelião, uma pérola do gênero que foi bem menos vista do que deveria.

Como um todo, nada mal para o cara que, quando entrou na faculdade de teatro de Yale, estava morando no próprio carro e trabalhando em dois empregos para conseguir fazer suas refeições - e que declara em entrevistas, até hoje, que “tem problemas com instituições como Hollywood”. “Eu sou movido à emoção, à impulsividade, à necessidade de me conectar com as pessoas. Só quero estar no mundo, ser parte dele”, comentou ao THR em 2019.

Bem-vindo ao mundo, Jonathan. É um prazer conhecê-lo.

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