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Festival Varilux 2018 terá a presença do ator belga Jérémie Renier

Ele estará no Brasil para divulgar O Amante Duplo

03.06.2018, às 11H41.
Atualizada em 05.06.2018, ÀS 20H00

Com passagem para o Brasil marcada para terça-feira (5), o belga Jérémie Renier, elogiado por sua aposta em cineastas autorais, adora filmar fora de casa. Ele acaba de ser escalado para contracenar com Marisa Tomei e Greg Kinnear, nos EUA, no drama A Family Vacation, rodado pelo diretor americano Ira Sachs com base no roteiro do brasileiro Mauricio Zacharias – mesma dupla de O Amor É Estranho (2014) e Melhores Amigos (2017). Renier também já filmou na Argentina com Ricardo Darín (Elefante Branco), já integrou as tropas inglesas ao lado do escocês James MacAvoy (em Desejo e Reparação). E a vinda dele ao Rio de Janeiro, no dia 5, é para divulgar um thriller à moda francesa incluído no Festival Varilux de 2018: O Amante Duplo, de François Ozon.

“É bom explorar novos ambientes e novas situações ao lado de diretores que têm algo a dizer sobre a existência, sobre as fragilidades humanas”, disse Renier ao Omelete em Cannes, onde L’Amant Double (título original) concorreu à Palma de Ouro. “Estamos diante de um suspense sobre afirmação de identidade, onde o importante é brigar por aquilo que acreditamos ser”.

Renier é o convidado mais ilustre desta edição do Festival Varilux. A maratona anual de longas franceses em território nacional este ano vai de 7 a 20 de junho, em 63 cidades brasileiras. Há 21 atrações novas e um clássico de 1969 (Z, de Costa-Gavras, em cópia nova) no pacote do evento.

“Ozon é uma grife de surpresa e sensualidade”, define Renier, hoje com 37 anos, famoso por suas múltiplas parcerias com os irmãos Pierre e Jean-Luc Dardenne, donos de uma filmografia coroada com duas Palmas douradas, por Rosetta (1999) e A Criança (2005), do qual o astro é o protagonista. “Os Dardenne são uma casa pra mim”.

Em O Amante Duplo, que estreia em circuito brasileiro no dia 21 de junho, Renier vive o Dr. Paul, o médico que cai de amores por uma paciente, Chloé (Marine Vacht), sem se dar conta do quão perturbadora é sua psiquê. Chloé é funcionária de um museu que, abalada por conflitos internos, busca a ajuda de um psiquiatra a fim de parar de somatizar (com dores de estômago) suas angústias. Suas primeiras sessões com o Dr. Paul são ótimas até que ele se apaixona por ela. O amor é mútuo e rende um namoro feliz... até ela saber que ele tem um irmão gêmeo - ainda mais sedutor. Aí começa uma sequência de cenas de mistério com toques de Freud.

“A psicanálise entra aqui como um caminho para nos aprofundarmos nos segredos que estão por trás de nossas aparências e convenções”, explicou Renier. “É uma espécie de metáfora para a própria arte de interpretar”.

Na lista de atrações imperdíveis do Varilux 2018, destacam-se ainda:

A Noite Devorou o Mundo: Raro exemplar do cinema francês de terror, este filme de zumbi foi dirigido por Dominique Rocher a partir da literatura de Martin Page com um ritmo narrativo frenético, mas capaz de aliar tensão e reflexão moral. Durante 93 minutos, Sam (Anders Danielsen Lie) terá de lidar com uma Paris lotada de mortos que andam, famintos por carne fresca... ;

Gaugin – Viagem ao Taiti: Edouard Deluc dirige Vincent Cassel nesta biografia do pintor Paul Gauguin (1848-1903) que revê a jornada do artista plástico pela Polinésia, em busca de transcendência estética, às voltas com um novo amor;

A Raposa Má: Le Grand Méchant Renard et Autres Contes (no original) é um desenho animado baseado nas HQs educativas de Benjamin Renner, que codirigiu a produção com Patrick Imbert. Foi o filme vencedor do César (o Oscar francês) de melhor animação. Sua trama se desenha na forma de uma peça teatral na qual um bando de bichinhos encena problemas de identidade.

 

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