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Independence Day: O Ressurgimento | Segredos do set

Omelete visitou os bastidores da ópera de destruição de Roland Emmerich

25.06.2016, às 10H00.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H40

A grandeza de Independence Day: O Ressurgimento não se limita às destruições, que já se tornaram assinatura do seu diretor Roland Emmerich. O Omelete teve a oportunidade de visitar o set do filme, em Albuquerque, no Novo México, e pôde testemunhar como o cineasta pretende mudou a escala da destruição apresentada no filme original.

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Se em 1996 a ideia era chocar com a queda de vários monumentos históricos dos EUA, agora o negócio é levar isso para diversas partes da Terra e do espaço. Sim, a Terra é pouco para o novoIndependence Day, que mais do que um filme de catástrofe e resistência, parece um longa sobre tecnologia e guerra espacial.

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Um novo futuro na hora certa

Nunca houve uma explicação exata para Independence Day não possuir uma sequência. Um dos maiores sucessos dos anos 1990, responsável por elevar a carreira de Will Smith, o longa tinha tudo para virar uma franquia. Enquanto estivemos no set no Novo México, conseguimos conversar com os criadores para entender o porquê da espera. E a explicação é das mais simples e sinceras.

Existe uma pressão muito grande por uma sequência desde o lançamento do primeiro. Nós escrevemos vários roteiros, mas nunca chegamos a um consenso. Nada que eu e Roland criamos foi satisfatório - e a Fox soube esperar”, disse Dean Devlin, roteirista dos dois longas da franquia, em uma conversa com o Omelete no meio do deserto de Albuquerque - o mesmo onde filmavam Breaking Bad. “Agora sim nós temos o argumento certo para continuar a história, em um ou mais filmes”, revelou.

Depois da primeira invasão, a Terra mudou e nada é como os dias atuais. A Applenão encanta o mundo com seus iGagdets, Osama Bin Laden não atacou as Torres Gêmeas e a internet não evoluiu do mesmo jeito que experimentamos hoje. A humanidade foi influenciada pela tecnologia alienígena deixada para trás, tanto no âmbito social quanto no militar - foi preciso mudar até a organização política mundial para seguir em frente.

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Nos preocupamos muito com os dilemas que os personagens vão enfrentar e, claro, com a história que vamos contar no filme inteiro. Quando chegamos a conclusão de mostrar esse futuro alternativo com uma nova invasão, mais forte e mais impactante, foi a hora de mostrar o projeto e voltar a filmar”, disse Devlin. Apesar do carisma dos personagens do original, ID ficou conhecido pela barreira quebrada nos efeitos visuais - a cena do Empire State, da Casa Branca e várias outras sequências estão na memória de boa parte do público quando o filme surge em alguma conversa.

Quando questionado, Devlin não nega essa preocupação em O Ressurgimento. “Nós sabemos disso também e não negamos que a tecnologia é uma das primeiras coisas que nos preocupamos. Com as possibilidades de agora podemos mostrar exatamente como seria esse futuro - com os humanos explorando o espaço e construindo uma guarda capaz de impedir novos ataques”, falou. De fato, ao passear pelos sets, fica claro como Roland quis criar uma nova espécie de exército espacial. A primeira locação visitada pelo Omelete mostrava naves, uniformes e várias armas que servem como alento para a iminente invasão.

Uma estação espacial no meio do deserto

A entrada no set não é menos impactante do que o que é visto no cinema. A Fox preparou o set inteiro para fazer uma coletiva, transmitida pelo Omelete à época, e depois deixou os jornalistas presentes passearem pela estação espacial da Defesa Terrestre. As duas naves que estavam no local foram construídas em tamanho real e faziam tudo menos voar. Ainda assim, era possível acreditar que elas voavam, pois até o cockpit de ambas estava em pleno funcionamento, com luzes acessas e muitos números nas telas. O tanque que o personagem de Liam Hemsworth usa foi construído dentro do estúdio e, infelizmente, não será visto ao vivo em nenhuma Comic Con, pois pesa 48 toneladas.

De imediato seria difícil dizer que aquele set se tratava de uma sequência de Independence Day - toda a direção artística do longa partiu para uma mescla de exército dos anos 2000, com camuflagens cinza, e o fluorescente mostrado pelos aliens no filme original. Não chega a ser algo como Star Trek, mas é como se a Guerra do Iraque encontrasse os primeiros aliens na Terra. Pouca cor, algumas luzes e muitas estruturas de ferro. O melhor exemplo da mistura era o jato-alien, que lembra imediatamente um avião militar, mas quando visto por trás remete a uma espaço-nave digna de Guerra nas Estrelas. Uma estranheza interessante e que parecia combinar com a proposta do filme.

Depois da coletiva e das entrevistas, foi a hora de acompanhar uma cena sendo gravada de fato. Nela, Jesse Usher encontraria uma piloto chinesa que acabara de chegar de uma missão. E como em qualquer dia comum dentro do set, a cena que dura quinze segundos foi gravada exaustivamente - acompanhamos pelo menos dez takes, todos com o mesmo diálogo e movimento dos atores. O mais interessante foi acompanhar como o monitor que ficava ao lado do diretor assistente (Emmerich estava rodando outra cena ao mesmo tempo) já mostrava a estação espacial completa, com efeitos e tudo mais. E para a nossa surpresa, o cenário montado ali representava menos de um décimo da base que veremos no cinema. No filme, os humanos construíram um hangar gigantesco com sede na Lua - e pela pequena TV que ali estava, conseguimos um vislumbre do que seria revelado no primeiro trailer de O Ressurgimento.

Estes foram apenas alguns momentos do primeiro dia da nossa visita aos bastidores de Independence Day: O Ressurgimento. Confira também a lista dos 9 fatos que descobrimos sobre o filme, o nosso veredito no OmeleTV (veja aqui) e, abaixo, a nossa entrevista com o elenco, diretamente do set:

Independence Day: O Ressurgimento já está em exibição nos cinemas.

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