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Oscar 2020 | Tudo sobre Era Uma Vez em… Hollywood

Longa de Quentin Tarantino concorre em 10 categorias

Omelete
1 min de leitura
22.01.2020, às 09H32.

Era Uma Vez em… Hollywood, novo filme de Quentin Tarantino, é um dos destaques do Oscar 2020. A produção está entre as mais indicadas, com 10 categorias, incluindo itens principais como Melhor Filme, Ator, Direção, etc. 

O projeto foi anunciado em 2017 e já chegou cheio de expectativa, por ser um longa de Tarantino que contaria uma história clássica de Hollywood e ainda abordaria Sharon Tate e a seita de Charles Manson. A jovem atriz, que era casada com Roman Polanski, foi assassinada grávida de nove meses pelos seguidores da seita de Manson. Isso gerou muito curiosidade nos fãs sobre como Tarantino abordaria uma história real tão sangrenta e triste. Além disso, o cineasta afirma que o longa pode ser um de seus últimos, já que ele pretende encerrar sua carreira de diretor com 10 filmes. 

O anúncio do elenco também não deixou a desejar: Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Bruce Dern, e Margot Robbie no papel de Tate. O longa já foi premiado no Globo de Ouro e no SAG Awards, este último para Brad Pitt, e promete ser um dos grandes destaques do prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Em preparação para a cerimônia que acontece em 9 de fevereiro, reunimos abaixo as principais informações sobre o longa. 

Sinopse

Imagem de Era Uma Vez em Hollywood
Era Uma Vez em Hollywood/Divulgação

A história é situada em Los Angeles, em 1969, época em que o cinema está passando por algumas mudanças. Nessa realidade, o astro de TV Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) e seu dublê Cliff Booth (Brad Pitt) tentam fazer suas carreiras em uma indústria que eles não conseguem mais reconhecer. Ao mesmo tempo, a jovem atriz Sharon Tate (Margot Robbie) começa a alcançar o sucesso e um grupo de jovens se reúne ao redor de um líder chamado Charlie (Damon Herriman).

Trailer

Elenco principal

Cartaz de Era Uma Vez em Hollywood
Era Uma Vez em Hollywood/Divulgação

LEONARDO DICAPRIO é Rick Dalton | Astro da série de faroeste Bounty Law, Rick Dalton é um astro de Hollywood que está tentando se adaptar às mudanças da indústria. Ele foi inspirado em astros clássicos do cinema americano que continuaram suas carreiras até a década de 60, como Ty Hardin. Até mesmo a série ficcional que ele estrela é inspirada na produção Procurado Vivo ou Morto, protagonizada por Steve McQueen

BRAD PITT é Cliff Booth | Booth é o dublê oficial de Rick Dalton e seu grande amigo. A relação dos dois é inspirada na amizade entre Burt Reynolds e seu dublê Hal Needham. Cliff é um veterano da Segunda Guerra e é considerado alguém com várias habilidades de luta, o que justifica seu trabalho como dublê. Vários nomes reais de Hollywood inspiraram a criação de Booth, como Gary Kent, que foi dublê em um filme feito no Rancho Spahn enquanto a Família Manson estava lá. 

MARGOT ROBBIE é Sharon Tate | A atriz interpreta um dos papéis reais mostrados na produção. Tate era uma jovem atriz que tentava sua ascensão em Hollywood. Ela era casada com o cineasta Roman Polanski e, no filme de Tarantino, é vizinha de Cliff Booth. Durante os anos 60, Tate trabalhou em papéis pequenos na TV e no cinema e ficou mais conhecida profissionalmente principalmente após o lançamento de O Vale das Bonecas, em 1967. 

DAMON HERRIMAN é Charles Manson | Citado no filme apenas como “Charlie”, Charles Manson foi criminoso e líder da seita conhecida como Família Manson. Ele teve uma infância conturbada e chegou à vida adulta com uma grande necessidade de chamar a atenção e provar seu valor. Carismático, ele reuniu várias pessoas que acreditavam em suas ideias e foi o idealizador do ataque que resultou na morte de Sharon Tate, conhecido como o caso Tate-LaBianca. Manson também tentou uma breve carreira musical, chegando a lançar o álbum Lie: The Love and Terror Cult, em 1967. Herriman também interpretou Manson na série Mindhunter, da Netflix.

RAFAL ZAWIERUCHA é Roman Polanski | Na década de 60, Polanski era um cineasta em ascensão. Ele lançou A Faca na Água em 1962 e encerrou a década com O Bebê de Rosemary (1968), um de seus maiores sucessos. Polanski não aparece muito em Era Uma Vez em… Hollywood, sendo mostrado mais por seu relacionamento com Sharon Tate

MIKE MOH é Bruce Lee | Por mostrar uma Hollywood clássica, o filme tem a participação de algumas figuras importantes da época, como Bruce Lee. O astro é interpretado por Mike Moh, que chamou a atenção pela semelhança com o astro. A participação, no entanto, foi cercada de polêmicas, por retratar um Lee arrogante, que arruma briga com o dublê Cliff Booth. 

TIMOTHY OLYPHANT é James Stacy | Outro papel baseado em um personagem real. Stacy trabalhou na série de TV Lancer e o longa faz uma referência ao acidente que marcou a vida do astro. Stacy sofreu um acidente de moto em 1973, que resultou na amputação de um braço e uma perna e na morte de sua namorada na época, Claire Cox. A última cena de Olyphant no filme é de seu personagem deixando o set em uma moto. 

BRUCE DERN é George Spahn | O personagem, também inspirado na vida real, é um fazendeiro quase cego que alugava seu rancho em Hollywood para a gravação de filmes. Burt Reynolds faria o papel originalmente, mas ele morreu antes do começo das filmagens. Spahn também é conhecido por permitir que a Família Manson ficasse em sua propriedade. Ele teria sido persuadido por Manson para deixar seus seguidores no local. No filme, Cliff Booth fica preocupado com o estado de saúde de Spahn e chega a pedir para vê-lo para ter certeza de que ele está bem.

DAKOTA FANNING é Squeaky Fromme | Outra baseada em uma pessoal real, Lynnette ‘Squeaky’ Fromme era integrante da Família Manson. A jovem era responsável por cuidar da propriedade de Spahn e se relacionava com o dono do local para garantir que a Família continuaria lá.

Direção e Roteiro

Bastidores de Era Uma Vez em Hollywood
Era Uma Vez em Hollywood/Sony Pictures/Divulgação

O longa foi escrito e dirigido por Quentin Tarantino e é o nono projeto do diretor, que afirma que encerrará sua carreira na 10ª produção. Tarantino é um nome consagrado em Hollywood. Como roteirista, ele começou a carreira na década de 80, fazendo alguns curtas. Seu primeiro roteiro de longa foi My Best Friend’s Birthday, de 1987. De lá para cá, ele escreveu vários projetos de sucesso, como Um Drink no Inferno (1996), Jackie Brown (1997) e Bastardos Inglórios (2009).

Tarantino também é acostumado a fazer a dobradinha de direção/roteiro em vários projetos. Ele fez isso nos já citados My Best Friend’s Birthday, Jackie Brown e Bastardos Inglórios, além de Cães de Aluguel e Kill Bill.

Quentin Tarantino já venceu dois Oscars, ambos por roteiro: em 1995 por Pulp Fiction: Tempo de Violência e em 2013 por Django Livre.

Onde assistir

Imagem de Era Uma Vez em Hollywood
Era Uma Vez em Hollywood/Sony Pictures/Divulgação

Era Uma Vez em Hollywood já encerrou sua passagem pelos cinemas e está disponível nas plataformas digitais para aluguel ou compra:

  • Google Play (R$ 11,90 para aluguel e R$ 29,90 para compra)
  • YouTube (R$ 11,90 para aluguel em SD, R$ 14,90 para aluguel em HD, R$ 29,90 para compra em SD e R$ 44,90 para compra em HD)

Bilheteria

Imagem de Era Uma Vez em Hollywood
Era Uma Vez em Hollywood/Sony Pictures/Divulgação

Lançado nos cinemas em julho de 2019, Era Uma Vez em… Hollywood soma a bilheteria mundial de US$ 373 milhões, para um orçamento estimado em US$ 90 milhões.

Prêmios que já recebeu

Imagem de Era Uma Vez em Hollywood
Era Uma Vez em Hollywood/Sony Pictures/Divulgação

Globo de Ouro: vencedor nas categorias de Melhor Filme de Musical ou Comédia; Melhor Ator Coadjuvante, para Brad Pitt e Melhor Roteiro para Quentin Tarantino.

AFI Awards: vencedor da categoria Filme do Ano.

Critics’ Choice Awards: vencedor nas categorias de Melhor Filme; Melhor Ator Coadjuvante para Brad Pitt; Melhor Roteiro Original para Quentin Tarantino e Melhor Design de Produção. 

SAG Awards: vencedor na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, para Brad Pitt

Indicações ao Oscar 2020

Imagem de Era Uma Vez em Hollywood
Era Uma Vez em Hollywood/Sony Pictures/Divulgação

O filme concorre em 10 categorias do Oscar 2020. Confira abaixo:

MELHOR FILME | O longa concorre na categoria com outros oito indicados: Ford vs Ferrari, O Irlandês, JoJo Rabbit, Coringa, Adoráveis Mulheres, História de Um Casamento, 1917 e Parasita. Caso vença, quem subirá ao palco para receber o prêmio principal são os produtores David Heyman, fundador da Heyday Films e conhecido pelos filmes de Harry Potter; Shannon McIntosh, produtora conhecida por trabalhar com Tarantino em projetos como Os Oito Odiados (2015), Django Livre (2012), entre outros; e o próprio Quentin Tarantino, que já produziu longas como Planeta Terror (2007), O Albergue (2005) e Um Drink no Inferno (1996).

MELHOR DIREÇÃO | Como dito anteriormente, Tarantino nunca levou um Oscar por sua direção, apesar de ter feito grandes clássicos do cinema, como Cães de Aluguel (1992), Pulp Fiction: Tempo de Violência (1994), Jackie Brown (1997), Kill Bill (2003 e 2004), Bastardos Inglórios (2009), entre vários outros. Até agora ele foi indicado ao prêmio da Academia de Melhor Direção por Pulp Fiction: Tempo de Violência e Bastardos Inglórios.

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL | Apesar de se inspirar em várias histórias de Hollywood, a história do longa é uma criação original de Tarantino e por isso concorre nesta categoria. O cineasta já venceu dois Oscars por roteiro: em 1994 por Pulp Fiction: Tempo de Violência e em 2013 por Django Livre.

MELHOR ATOR: Leonardo DiCaprio | Concorrendo com nomes como Antonio Banderas, Adam Driver, Joaquin Phoenix e Jonathan Pryce, DiCaprio tenta sua segunda vitória no Oscar, após levar o prêmio por O Regresso (2016). Tal vitória, aliás, terminou um jejum de anos em que o ator tentou vencer o prêmio da Academia. DiCaprio recebeu indicações ao Oscar desde 1994, com Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador; em 2005, por O Aviador; em 2007, por Diamante de Sangue e em 2014, por O Lobo de Wall Street.

No longa de Tarantino, ele interpreta um ator em crise com seu ofício e isso gera momentos memoráveis, tanto quando o astro está confiante que vai estrelar seu próximo sucesso, tanto quando fica inseguro ao entregar uma cena. Um dos momentos mais lembrados é sua performance ao lado da jovem Trudi Fraser, em que DiCaprio vai da raiva à alegria no mesmo take.

MELHOR ATOR COADJUVANTE: Brad Pitt | Pitt é um ator veterano de Hollywood e também busca seu segundo Oscar, que seria o primeiro por atuação. Ele ganhou a estatueta em 2014 como produtor de 12 Anos de Escravidão, que levou a categoria de Melhor Filme. Em atuação, ele já foi indicado em 1996, por Doze Macacos; em 2009, por O Curioso Caso de Benjamin Button e em 2011 por O Homem Que Mudou o Jogo.

Em Era Uma Vez em… Hollywood, Pitt interpreta o dublê Cliff Booth, que tenta se adaptar às mudanças na indústria, ao mesmo tempo em que ajuda seu amigo e astro Rick Dalton. As sequências que mais chamam a atenção com Pitt são com os jovens da Família Manson e sua visita ao Rancho Spahn.

MELHOR FOTOGRAFIA | Robert Richardson assina a fotografia da produção. Ele é um veterano tanto do cinema, quanto da premiação, tendo recebido nove indicações antes dessa. Deste número, ele venceu três vezes: em 1992 por JFK: A Pergunta que Não Quer Calar; em 2005 por O Aviador e em 2012 por A Invenção de Hugo Cabret

Em 2019, ele recebeu um prêmio pelo conjunto de sua carreira da Sociedade Americana de Diretores de Fotografia. Ele também trabalhou com Tarantino em outras produções, como Bastardos Inglórios, Django Livre e Os Oito Odiados.

MELHOR FIGURINO | Arianne Phillips é responsável pelo figurino do longa, que reflete a transição dos anos 60 para os 70 e o movimento hippie. Phillips começou sua carreira na década de 90, em produções como O Corvo (1994) e O Povo Contra Larry Flint (1996). Ela já foi indicada ao Oscar em 2005 por Johnny & June e em 2011 por W.E.: O Romance do Século

Além de seu trabalho no cinema, que inclui entre os projetos recentes Kingsman: Serviço Secreto (2014) e Animais Noturnos (2016), Phillips é conhecida por trabalhar ao lado de Madonna em vários clipes, como “Frozen”, “Don’t Tell Me”, “Miles Away” e “Girl Gone Wild”.

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO | O prêmio de design de produção é dividido entre os profissionais de design de produção em si e de decoração de set. No caso de Era Uma Vez em… Hollywood, Barbara Ling assina o primeiro e Nancy Haigh, o segundo.

Esta é a primeira indicação de Ling ao Oscar e também seu primeiro trabalho com Tarantino, que já está rendendo frutos. Ela foi premiada pelo longa em eventos como Critic’s Choice Awards, o Florida Film Critics Circle Awards e a Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles.

Nancy Haigh é uma veterana de indicações ao Oscar, sendo nomeada desde 1992. Ela venceu em tal ano por Bugsy, sua única vitória até então. Em seu currículo estão produções como Forrest Gump: o Contador de Histórias (1994), O Show de Truman (1998) e A.I.: Inteligência Artificial (2001).

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | Quem assina a edição de som do filme é Wylie Stateman. Este é mais um de seus trabalhos com Quentin Tarantino, após Bastardos Inglórios (2009), Kill Bill (2003 e 2004), entre outros. Stateman começou sua carreira na década de 80 e tem no currículo produções como Tron: Uma Odisseia Eletrônica (1982), Godzilla (1998), Troia (2004), entre outros. Stateman já foi indicado nove vezes ao prêmio máximo da Academia.

MELHOR MIXAGEM DE SOM | Três nomes assinam a mixagem do longa: Michael Minkler, Christian P. Minkler e Mark Ulano, sendo que todos já trabalharam com Tarantino anteriormente. Michael Minkler já foi indicado mais de 10 vezes ao Oscar e venceu em 2002 por Falcão Negro em Perigo; em 2003 por Chicago e em 2007 por Dreamgirls: Em Busca de um Sonho.

Mark Ulano venceu o prêmio da Academia em 1998, pelo clássico Titanic e foi indicado em 2010 por Bastardos Inglórios. Por último, Christian P. Minkler está em sua primeira indicação ao Oscar. Ele foi indicado ao BAFTA em 2007, por Babel.

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